Esta sexta-feira (21) marca o início
de uma novo solstício de verão, no hemisfério Sul, e de inverno, no hemisfério
Norte. Na América Latina, o solstício de verão é motivo para festividades em
algumas culturas como Peru, Bolívia e Equador. Os presidentes e
vice-presidentes desses países, como Rafael Correa e Evo Morales, são esperados
em uma grande cerimônia que acontece tradicionalmente na Ilha do Sol, no lago
Titicaca hoje.
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Indígenas preparam cerimônia juntamente com grupo de turistas na Ilha do Sol / fotos: TeleSurTV
No solstício de verão a duração do dia é a mais longa do ano e no inverno a noite é mais longa. A palavra solstício deriva do latim "sol" e "sístere", que se traduz como permanecer quieto. É o momento em que o Sol antinge a maior declinação em altitude, medida a partir da Linha do Equador. O fenômeno acontece duas vezes por ano, em junho e dezembro. No solstício de dezembro, em especial nas culturas romana e celta, se festejava o retorno do Sol.
Na América Latina o solstício de verão é bastante comemorado e a data representa um marco no Calendário Maia, que gerou uma interpretação sobre o fim dos tempos, para as culturas originárias da região andino-amazônica representa um ciclo caracterizado pelo retorno ao equilíbrio e à relação harmônica com a natureza.
O calendário maia está ligado a um possível alinhamento astronômico, que faz referência ao solstício de inverno, segundo a qual em dezembro o Sol se alinharia ao centro da via láctea, uma alinhamento cósmico que se produz a cada 26 mil anos.
Desde o final do Império Romano, houveram 183 falsas previsões do fim do mundo, que se tornaram frequentes este ano pelo uso das redes sociais.
A Bolívia é um dos países que comemoram o Solstício de Verão com diversas cerimônias e debates sobre a cultura, sabedoria e religiosidade dos indígenas e sua importância como nova era para a humanidade em um evento internacional denominado “Encerrando o ciclo do não-tempo e recebendo o novo ciclo; tempo de equilíbrio e harmonia para a mãe terra”.
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“Este 21 de dezembro é o fim do medo, fim da divisão, do egoísmo e da inveja. É o começo da construção da harmonia, da esperança, da confiança”, afirmou o chanceler boliviano, David Choquehuanca. Como cultura, as interpretações são variadas. No Perú, no meio do ano é celebrada a Festa do Sol do Império Inca, uma apoteótica celebração do mundo andino do hemisfério Sul.
O imperador Inca, os sacerdotes e o povo agradeciam o Sol, que, segundo a tradição, fecunda a terra com seu calor e marca o início da época de plantio. Na cerimônia se sacrificava uma lhama, animal típico dos Andes.
Fonte: EBC
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