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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Prefeitura de São Paulo lança Empresa de Cinema e Audiovisual

O setor audiovisual da capital paulista, incluindo cinema, TV, games e conteúdos audiovisuais para web, ganhou uma parceria de peso no desenvolvimento de suas atividades. Nesta quarta-feira (28), foi lançada a SPCine - Empresa de Cinema e Audiovisual de São Paulo.


Gustavo Serrate
O ministro Juca Ferreira esteve no lançamento da SPCine e destacou as ações culturais que pretende desenvolver no Ministério da Cultura O ministro Juca Ferreira esteve no lançamento da SPCine e destacou as ações culturais que pretende desenvolver no Ministério da Cultura
O ministro da Cultura, Juca Ferreira, esteve no lançamento da SPCine que foi concebida e planejada durante sua gestão como secretário de Cultura da cidade de São Paulo. Para o ministro, "é uma empresa porosa e aberta para os produtores culturais. O que fizemos na SPCine e na Secretaria de Cultura de São Paulo como um todo foi fruto de diálogo amplo".

A empresa atua como um escritório de desenvolvimento, financiamento e implementação de programas e políticas para o setor audiovisual. Nasce com o objetivo de reconhecer e estimular o potencial econômico e criativo do audiovisual paulista e seu impacto em âmbito cultural e social.

A SPCine é uma iniciativa da Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e o Ministério da Cultura (MinC), por meio da Ancine (Agência Nacional do Cinema). A gestão e os investimentos compartilhados entre as três esferas de governo é um de seus diferenciais.

Estiveram no lançamento, ao lado do ministro Juca Ferreira, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad; o presidente da Ancine, Manoel Rangel; o secretário nomeado de Cultura do município, Nabil Bonduki, o secretário interino de Cultura do município, Guilherme Varella; e Alfredo Manevy que foi apresentado, nesta noite, como diretor-presidente da SPCine.

Atuação


Entre seus eixos de atuação estão inovação, criatividade e acesso; desenvolvimento econômico; e integração e internacionalização.

Durante a cerimônia foram apresentadas, também, as áreas de atuação da empresa: a SP Film Comission será o escritório que viabilizará as filmagens na cidade de São Paulo; o Circuito SP vai buscar levar a experiência do cinema a todas as regiões da capital paulista; a Leia - Laboratório de Inovação e Experimentação Audiovisual buscará criar um ambiente propício a co-criação e ao desenvolvimento de novas ferramentas, produtos, soluções e modelos de negócio para o setor audiovisual; e a SP Bits será o conjunto de programas e ações para o mercado de games e cultura digital, vai estimular a produção nacional de jogos eletrônicos, incentivando o debate e implementando linhas de financiamento específica para impulsionar o desenvolvimento criativo e econômico da área.


Fonte: Ministério da Cultura

Forte de Copacabana abre programação dos 450 anos do Rio

O Forte de Copacabana abre o calendário de homenagens ao aniversário de 450 anos do Rio de Janeiro, comemorado em março, com programação especial. Em concerto gratuito no próximo sábado (31) a partir das 18 horas, a Orquestra Violões do Forte de Copacabana receberá a Orquestra Popular Tuhu, do projeto Villa-Lobos e as Crianças, para uma participação especial.


A Orquestra Violões do Forte de Copacabana é uma iniciativa do Instituto Rudá e do comando do Forte A Orquestra Violões do Forte de Copacabana é uma iniciativa do Instituto Rudá e do comando do Forte
Diretora executiva do Orquestra de Violões do Forte, Márcia Melchior informou que abrir a programação em homenagem aos 450 anos do Rio “é puro êxtase”. Do repertório, constam Bossa Nova e o melhor da música popular brasileira (MPB) de raiz. “É um repertório exclusivamente popular brasileiro. O público desfrutará de grandes obras de nossos melhores compositores, além de arranjos inéditos do jovem maestro Luiz Potter.”

A Orquestra Violões do Forte de Copacabana é uma iniciativa do Instituto Rudá e do comando do Forte. O projeto promove a inclusão social e cultural de crianças e jovens de comunidades do estado. Participam da orquestra 30 jovens. A coordenação musical é do músico Antonio Carlos, da dupla Antonio Carlos e Jocafi. Os arranjos são feitos por Flavio Goulart de Andrade e a regência, por Luiz Henrique Potter.

Já o Villa-Lobos e as Crianças oferece oportunidades profissionais para jovens talentos de classes sociais menos favorecidas. A base são os ensinamentos pedagógicos do maestro e compositor Heitor Villa-Lobos. Neste conceito, foi criada a Orquestra Popular Tuhu – apelido de Villa-Lobos quando criança. O projeto é coordenado por Maria Clara Barbosa, cavaquinista formada pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), com direção musical de Turíbio Santos.

A Orquestra Popular Tuhu é apoiada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), pela Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage, pelo Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro (Iserj) e pela Academia Brasileira de Música. A iniciativa tem patrocínio da Petrobras e da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor).

O Forte de Copacabana fica na Praça Coronel Eugênio Franco, Posto 6, Zona Sul da capital Fluminense. Informações podem ser obtidas pelo telefone 21- 25211032.

Rio promove 450 tours gratuitos

A Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Turismo e da Riotur, irá oferecer, 450 passeios guiados por alguns dos locais mais belos da cidade até o dia 1° de março no projeto Rio Walking Tour em comemoração dos 450 anos. São seis roteiros, sendo três naturais (com capacidade de atender até 20 pessoas por vez) e três históricos-culturais (para até 30 pessoas).

Os roteiros naturais exploram o Parque Nacional da Tijuca, o Morro da Urca e as Cachoeiras do Horto, enquanto os de perfil histórico-cultural levam cariocas e turistas a conhecerem a Zona Portuária e Pequena África , (passado e futuro do Porto Maravilha), Rio 450 anos (no Centro, entre o Saara e a Cinelândia, com destaque para arquitetura) e Rio Cultural (no Centro, entre a Candelária e a Praça XV, com destaque para igrejas, centros culturais e construções históricas).

Os passeios acontecem de terça a domingo até o dia 1° de março. Os roteiros detalhados e as inscrições (que podem ser feitas até às 20h do dia anterior ao passeio desejado) estão disponíveis na Internet.

Esta é a segunda edição do projeto “Rio Walking Tour”, lançado durante a Copa do Mundo no Brasil e que levou 689 pessoas de 35 países diferentes a participar dos tours gratuitos, oferecidos em três bairros da cidade, nos dias em que não ocorreram jogos da seleção brasileira ou partidas no Maracanã.

Também estão previstas na programação da trezena visitas a instalações do Departamento Geral de Ações Sócio-Educativas (Degase), ao complexo penitenciário de Bangu, ao Quartel-General da Polícia Militar, ao Maracanã, ao Cristo Redentor e a diversos hospitais, asilos, cemitérios e igrejas da cidade.

Programação completa aqui.

Fonte: Correio do Brasil

Mostra ‘Mestres do Samba’

Visitantes poderão conferir 17 capas de artistas renomados que marcaram época e popularizaram o ritmo brasileiro

Samba: Visitantes poderão conferir 17 capas de artistas renomados que marcaram época e popularizaram o ritmo brasileiro
Resende

O Carnaval está chegando e até a arte já está no clima da festa. Em Resende, no mês da folia, o projeto Arte na Capa terá o samba como tema, com a exposição “Mestres do Samba”. A exposição, que todo mês retrata o trabalho artístico das capas dos antigos discos de vinil, é uma realização da Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda, por meio do Museu da Imagem e do Som (MIS). Se você é fã no vinil e adora um bom samba, anote na agenda! A exposição ficará aberta à visitação entre os dias 2 e 27 de fevereiro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. E a entrada será gratuita.
Segundo o diretor do MIS, Guilherme Rodrigues, os visitantes que comparecerem à exposição poderão conferir 17 capas de artistas renomados que marcaram época e popularizaram esse ritmo brasileiro. O material da exposição faz parte do acervo do MIS e conta com discos de artistas do passado como Cartola, Roberto Silva, Paulo Freire, Moreira da Silva, Os difusores do Samba, Os Originais do Samba, Os Crioulos da Paulicéia, as Eternas Cantoras do Rádio; e de hoje, como Beth Carvalho, Arlindo Cruz e Paulinho da Viola, entre outros.
E o melhor! Durante a visita, o público poderá, inclusive, ouvir as faixas musicais dos discos.
- O Carnaval é uma das festas mais importantes do país e o samba tem uma contribuição enorme para a sua popularização. Por isso, resolvemos com esta exposição prestar uma homenagem a esses artistas que com seu trabalho contribuíram para o fortalecimento do nosso samba – destaca Guilherme Rodrigues.


Serviço


A exposição ‘Mestres do Samba’ ficará aberta à visitação entre os dias 2 e 27 de fevereiro, no Museu da Imagem e do Som, em Resende, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. A entrada é gratuita.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Por que as crianças francesas não têm Déficit de Atenção?

Como é que a epidemia do Déficit de Atenção, que tornou-se firmemente estabelecida em vários países do mundo, foi quase completamente desconsiderada com relação a crianças na França?

por Marilyn Wedge, em Psichology Today Tradução: Equilibrando
Nos Estados Unidos, pelo menos 9% das crianças em idade escolar foram diagnosticadas com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), e estão sendo tratadas com medicamentos. Na França, a percentagem de crianças diagnosticadas e medicadas para o TDAH é inferior a 0,5%. Como é que a epidemia de TDAH, que tornou-se firmemente estabelecida nos Estados Unidos, foi quase completamente desconsiderada com relação a crianças na França?
déficit atenção crianças
Déficit de Atenção em crianças francesas é inferior a 0,5% (Foto: Ilustração)
TDAH é um transtorno biológico-neurológico? Surpreendentemente, a resposta a esta pergunta depende do fato de você morar na França ou nos Estados Unidos. Nos Estados Unidos, os psiquiatras pediátricos consideram o TDAH como um distúrbio biológico, com causas biológicas. O tratamento de escolha também é biológico – medicamentos estimulantes psíquicos, tais como Ritalina e Adderall.
Os psiquiatras infantis franceses, por outro lado, vêem o TDAH como uma condição médica que tem causas psico-sociais e situacionais. Em vez de tratar os problemas de concentração e de comportamento com drogas, os médicos franceses preferem avaliar o problema subjacente que está causando o sofrimento da criança; não o cérebro da criança, mas o contexto social da criança. Eles, então, optam por tratar o problema do contexto social subjacente com psicoterapia ou aconselhamento familiar. Esta é uma maneira muito diferente de ver as coisas, comparada à tendência americana de atribuir todos os sintomas de uma disfunção biológica a um desequilíbrio químico no cérebro da criança.
Os psiquiatras infantis franceses não usam o mesmo sistema de classificação de problemas emocionais infantis utilizado pelos psiquiatras americanos. Eles não usam o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ou DSM. De acordo com o sociólogo Manuel Vallee, a Federação Francesa de Psiquiatria desenvolveu um sistema de classificação alternativa, como uma resistência à influência do DSM-3. Esta alternativa foi a CFTMEA (Classification Française des Troubles Mentaux de L’Enfant et de L’Adolescent), lançado pela primeira vez em 1983, e atualizado em 1988 e 2000. O foco do CFTMEA está em identificar e tratar as causas psicossociais subjacentes aos sintomas das crianças, e não em encontrar os melhores bandaids farmacológicos para mascarar os sintomas.
Na medida em que os médicos franceses são bem sucedidos em encontrar e reparar o que estava errado no contexto social da criança, menos crianças se enquadram no diagnóstico de TDAH. Além disso, a definição de TDAH não é tão ampla quanto no sistema americano, que na minha opinião, tende a “patologizar” muito do que seria um comportamento normal da infância. O DSM não considera causas subjacentes. Dessa forma, leva os médicos a diagnosticarem como TDAH um número muito maior de crianças sintomáticas, e também os incentiva a tratar as crianças com produtos farmacêuticos.
A abordagem psico-social holística francesa também permite considerar causas nutricionais para sintomas do TDAH, especificamente o fato de o comportamento de algumas crianças se agravar após a ingestão de alimentos com corantes, certos conservantes, e / ou alérgenos. Os médicos que trabalham com crianças com problemas, para não mencionar os pais de muitas crianças com TDAH, estão bem conscientes de que as intervenções dietéticas às vezes podem ajudar. Nos Estados Unidos, o foco estrito no tratamento farmacológico do TDAH, no entanto, incentiva os médicos a ignorarem a influência dos fatores dietéticos sobre o comportamento das crianças.
E depois, claro, há muitas diferentes filosofias de educação infantil nos Estados Unidos e na França. Estas filosofias divergentes poderiam explicar por que as crianças francesas são geralmente mais bem comportadas do que as americanas. Pamela Druckerman destaca os estilos parentais divergentes em seu recente livro, Bringing up Bébé. Acredito que suas idéias são relevantes para a discussão, por que o número de crianças francesas diagnosticadas com TDAH, em nada parecem com os números que estamos vendo nos Estados Unidos.
A partir do momento que seus filhos nascem, os pais franceses oferecem um firme cadre – que significa “matriz” ou “estrutura”. Não é permitido, por exemplo, que as crianças tomem um lanche quando quiserem. As refeições são em quatro momentos específicos do dia. Crianças francesas aprendem a esperar pacientemente pelas refeições, em vez de comer salgadinhos, sempre que lhes apetecer. Os bebês franceses também se adequam aos limites estabelecidos pelos pais. Pais franceses deixam seus bebês chorando se não dormirem durante a noite, com a idade de quatro meses.
Os pais franceses, destaca Druckerman, amam seus filhos tanto quanto os pais americanos. Eles os levam às aulas de piano, à prática esportiva, e os incentivam a tirar o máximo de seus talentos. Mas os pais franceses têm uma filosofia diferente de disciplina. Limites aplicados de forma coerente, na visão francesa, fazem as crianças se sentirem seguras e protegidas. Limites claros, eles acreditam, fazem a criança se sentir mais feliz e mais segura, algo que é congruente com a minha própria experiência, como terapeuta e como mãe. Finalmente, os pais franceses acreditam que ouvir a palavra “não” resgata as crianças da “tirania de seus próprios desejos”. E a palmada, quando usada criteriosamente, não é considerada abuso na França.
Como terapeuta que trabalha com as crianças, faz todo o sentido para mim que as crianças francesas não precisem de medicamentos para controlar o seu comportamento, porque aprendem o auto-controle no início de suas vidas. As crianças crescem em famílias em que as regras são bem compreendidas, e a hierarquia familiar é clara e firme. Em famílias francesas, como descreve Druckerman, os pais estão firmemente no comando de seus filhos, enquanto que no estilo de família americana, a situação é muitas vezes o inverso.

Exposição ‘Imaginário Religioso’ pode ser conferida até sábado em Barra Mansa

Divulgação
Mostra conta com aproximadamente 30 peças, dividas em fotografias, vídeos e objetos

Variedade artística: Mostra conta com aproximadamente 30 peças, dividas em fotografias, vídeos e objetos
A Fundação de Cultura de Barra Mansa e o Sistema Firjan estão apresentando a exposição "Imaginário Religioso", dos fotógrafos Gabriel Borges e Sérgio Fortuna. A mostra conta com 24 fotografias, no formato 30x40 e seis impressas em PVC. Além das fotos, os visitantes podem assistir vídeos do Clube dos Motociclistas, que mostram suas viagens à Aparecida do Norte. Os trabalhos ficam até sábado, dia 31, no Centro de Cultura Fazenda da Posse, em Barra Mansa.
De acordo com o superintendente da Fundação de Cultura, Cláudio Chiesse, as imagens relatam as manifestações religiosas no município.
- Na exposição podemos identificar a diversidade cultural e religiosa remanescentes em Barra Mansa - diz o superintendente, acrescentando ainda que a mostra conta com alguns objetos da procissão de barcos pelo Rio Paraíba do Sul, em alusão ao Dia de Nossa Senhora Aparecida, comemorado no dia 12 de outubro. "As imagens encantam, por ser o momento exato de captação da fé", afirma Cláudio Chiesse.
- A mostra nos dá uma autocrítica sobre o nosso trabalho, além de nos proporcionar um crescimento inestimável como profissionais - diz o fotógrafo Sérgio Fortuna. Segundo Gabriel Borges, um dos artistas, suas obras retratam a religiosidade tradicional de Barra Mansa. "As minhas fotografias são basicamente da Paixão de Cristo, que acontece em Rialto, consagrada como uma das festas mais conhecidas do município. Nosso intuito foi a divulgação da cultura municipal", enfatiza o fotógrafo.

Serviço

A mostra ‘Imaginário Religioso' pode ser conferida até sábado, dia 31 de janeiro, com entrada gratuita. As visitas acontecem das 11h às 17h. As escolas interessadas podem agendar atividades e visitas orientadas ao Centro Cultural. O agendamento pode ser feito pelo telefone (24) 3322-3855 ou pelo email (fazendadaposse@uol.com.br). O Centro de Cultura Fazenda da Posse fica na Rua Dario Aragão, n° 2, Centro.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Encontro discute formas de acelerar implantação do Cultura Viva

Representantes de 18 pontos de Cultura de 11 municípios fluminenses estão reunidos até este sábado (24) no distrito de Lumiar, em Nova Friburgo, região serrana do estado, para debater o trabalho que vem sendo feito e acelerar o processo de implantação da Política Nacional de Cultura Viva. O encontro faz parte da agenda do Fórum Estadual dos Pontos de Cultura, que se reúne mensalmente, de forma itinerante, nas diversas regiões fluminenses.

Reprodução
Encontro discute formas de acelerar implantação do Cultura Viva Encontro discute formas de acelerar implantação do Cultura Viva
Entidades sem fins lucrativos, que desenvolvem ações culturais continuadas em suas respectivas comunidades, os pontos de Cultura são os principais instrumentos de aplicação dessa política nacional, instituída em julho do ano passado pela Lei 13.018, que tem o objetivo de ampliar o acesso da população brasileira à cultura, mediante o fortalecimento das ações de grupos já atuantes na comunidade.

O encontro em Lumiar ocorre nos dois pontos de Cultura da comunidade, a Sociedade Musical Euterpe Lumiarense (Smel) e o Tesouros da Terra. Nesta sexta-feira, os participantes debateram, entre outros temas, a conjuntura nacional e estadual de políticas públicas do setor e a metodologia dos pontões – espaços ou redes regionais e temáticas que articulam os pontos de Cultura.

“A Euterpe é uma instituição centenária, que data de 1891, e mantém ao longo de todo esse tempo, uma banda de música com instrumentos de sopro. Por meio do Programa Pontos de Cultura, conseguimos revitalizar a banda, adquirindo novos instrumentos, e atualmente fazemos apresentações regulares na praça principal de Lumiar”, diz Sandra de Castro, coordenadora de projetos do Ponto de Cultura que abrigou os debates de hoje. No encerramento dos trabalhos do primeiro dia do encontro, os participantes assistiram a uma apresentação da banda.

Neste sábado, o Tesouros da Terra será sede do encontro. A pauta inclui uma conversa, às 11h, com a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Ivana Bentes. “O Tesouros da Terra se dedica à identificação, valorização e registro do patrimônio imaterial da medicina popular, ervas e danças da região”, explica Maria Luiza Borba, coordenadora do espaço.

O estado do Rio de Janeiro tem atualmente 490 pontos e pontões de Cultura, espalhados por 67 municípios. A meta do Plano Nacional de Cultura é chegar a 1.248 pontos e pontões até 2020.

Fonte: Agência Brasil

Urariano Mota: Crítica ao Plano Nacional de Cultura

Clicando no link do Ministério da Cultura, pode se ver que o Plano Nacional de Cultura (PNC) é um conjunto de princípios, objetivos, diretrizes, estratégias e metas que devem orientar o poder público na formulação de políticas culturais.


Por Urariano Mota*, especial para o Vermelho


   
Previsto no artigo 215 da Constituição Federal, o Plano foi criado pela Lei n° 12.343, de 2 de dezembro de 2010. Seu objetivo é orientar o desenvolvimento de programas, projetos e ações culturais que garantam a valorização, o reconhecimento, a promoção e a preservação da diversidade cultural existente no Brasil”.

Mas, de modo mais preciso, em as metas do PNC podemos ver o que parecia ser apenas um mau anúncio. O plano que temos para a cultura no Brasil é iletrado, desde a sua origem e concepção. Quero dizer, de modo mais claro: em Temas, a literatura nem aparece. “Mas não está proibida”, poderia nos conformar um raro conformista. O problema é que no conjunto das “tags” do Plano Nacional de Cultura o luxo da literatura é lembrado apenas uma vez em “Livro, leitura e literatura”. O diabo é que ao se abrir essa tag, a literatura não é mencionada em nenhum dos resumos de qualquer Meta. A não ser, claro, que a expressão maior da língua de um povo esteja disfarçada em metas do gênero:

“Aumento em 150% de cursos técnicos, habilitados pelo Ministério da Educação (MEC), no campo da arte e cultura com proporcional aumento de vagas...”

ou em

“Aumento em 100% no total de pessoas qualificadas anualmente em cursos, oficinas, fóruns e seminários com conteúdo de gestão cultural, linguagens artísticas, patrimônio cultural e demais áreas da cultura”.

É preciso proclamar o quanto o rei está nu, e quase ninguém viu, ou reclamou ou deu importância. A nudez do rei: não existe uma só linha no Plano Nacional de Cultura – uma só, de esmola, pelo amor de Deus – não há uma só que se dedique à literatura brasileira.

A pesquisa há de notar a palavra “literatura”, o substantivo, na Meta 22 – “Aumento em 30% no número de municípios brasileiros com grupos em atividade nas áreas de teatro, dança, circo, música, artes visuais, literatura...”.

E de passagem em “1.5.4 Estabelecer programas específicos para setores culturais, principalmente para artes visuais, música, artes cênicas, literatura, audiovisual, patrimônio, museus e diversidade cultural...”

Para a palavra “escritores”, o plural, não há uma só ocorrência. Mas para “escritor” , o singular e raro, há muitas, sob a forma de “escritórios”. O que faz sentido.

Em algumas oportunidades, a literatura é chamada de “indústria cultural”, em outras, na maioria das vezes, aparece na frase “entre outras”, até o máximo do poder de síntese, quando a literatura surge na palavra “etc.”

Mas não pode haver má vontade, porque a arte literária aparece por um conteúdo implícito, quando se fala em “livros”. Sabemos todos, mas nunca é demais insistir, diante da diluição, má vontade ou ignorância que cerca a literatura: existem livros para tudo e para todas e todos, e nem todos são de literatura. Mas tentemos sair do cerne da confusão: façamos de conta que entre livros didáticos, técnicos, ou de boas maneiras, ou de receitas de cozinha e de como conseguir fortuna, amantes, fama e riqueza, façamos de conta que entre 100 best-sellers dos 50 tons venha 1 só livro de um poeta ou romancista cinzento. Então concedamos, olhemos a literatura como “livros”.

Vejamos. Na meta 20, fala-se em

“Aumentar para quatro a média de livros que os brasileiros leem por ano, fora da escola”

e daí se expressa um desejo:

“Para alcançar esta meta será necessário um esforço do poder público para esti¬mular o hábito da leitura no país. As ações deverão ser feitas por vários ministérios, em parceria com estados, cidades e organizações da sociedade civil”.

Onde se atinge a fronteira do ridículo, quando o desejo cai na seguinte tautologia:

“Em 2007, cada brasileiro com mais de cinco anos lia em média 1,3 livros por ano, por iniciativa própria, fora da escola.

Na pesquisa ‘Retratos da Leitura’ a metodologia para calcular a média de livros lidos foi alterada. Antes a média de leitura era medida ‘por ano’ e agora passou a ser medida ‘nos últimos três meses’. Segundo esta nova metodologia, a média de livros lidos fora da escola nos últimos 3 meses anteriores à pesquisa, realizada em 2008, foi de 1,05. Dessa forma, será necessário reformular o indicador da meta”. (Negrito tautológico meu)

Então ocorre uma luz de como a meta pode ser alcançada. Em outra meta (mé-ta) 32:

“100% dos municípios brasileiros com ao menos uma biblioteca pública em funcionamento - Ter pelo menos uma biblioteca pública ativa em cada cidade brasileira”

O diabo é que a Meta 32 vê as bibliotecas como “locais (que) contribuem para formar leitores e promover o hábito de leitura, e (que) são fundamentais para o acesso à informação e para a transmissão de conhecimentos”.

Menos, bem menos. Ou melhor, isso é um equívoco. Delega-se às bibliotecas uma finalidade impossível: a de formar leitores. Para quem as conhece, as bibliotecas apenas se mostram como um lugar passivo para o usufruto. O protagonismo, o ente fecundador vem da escola e da discussão que se estabeleça até fora da sala de aula com educadores públicos, mestres, escritores, e programas no rádio e televisão. Caso contrário, teremos bibliotecas como locais esplêndidos, com acervos fabulosos, mas lacrados, fechados, com um hímen sagrado que não tem força humana que o rompa.

Se a experiência de escritor serve para alguma coisa, eu lhes digo: não há uma genética para a leitura. E melhor ainda, para a literatura. Leitores não nascem. Leitores se formam antes da entrada em bibliotecas. Nas igrejas, rodas de amigos, encontros políticos, bares e cinemas. De um ponto de vista institucional, deveríamos ter a formação de leitores nas escolas, a partir do ensino fundamental até o médio. Leituras deveriam ser feitas por todos os mestres, de todas as especialidades. Leitura não é coisa de aula de português, não é exclusividade de professores de literatura. É da aula de química, de matemática, de história, de inglês, de espanhol, de educação física, da reunião de pais e mestres.

Enquanto não se articulam o Ministério da Cultura e o Ministério da Educação, o Plano Nacional de Cultura deveria ser fecundado por escritores e assimilar e aprender a experiência do Sesc em todo o Brasil, que mantém programas de encontros e palestras de literatura. Seria bom, para que o Plano fosse menos iletrado. Seria mais que bom, seria ótimo, se o Plano Nacional de Cultura superasse a confusão identidade que faz entre livros e arte literária. Isso, claro, quando não resume a literatura à genial síntese do etc.