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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

“E o mundo não se acabou”

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Algumas previsões supersticiosas espalham o temor por aí trombeteando que o mundo vai acabar em 2012, tem até filme de Hollywood mostrando cenas aterrorizantes da catástrofe final. Quem sabe ? Pode ser, pode não ser, ninguém sabe quando....
Eu sei é que desde criança na década de 50 do século passado, já ouvia na rua a boataria que o mundo ia acabar dia X, e saía desabalado para lamuriar num canto lá de casa na Boa Sorte, lamentando a minha curta existência.

[É oportuno lembrar um trecho do samba-chôro “E o Mundo Não se Acabou” de autoria de Assis Valente, gravado originalmente em 1938 por Carmem Miranda:
“Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar
Por causa disso minha gente lá de casa começou a rezar
E até disseram que o sol ia nascer antes da madrugada
Por causa disso nessa noite lá no morro não se fez batucada
...............................................................................................
Acreditei nessa conversa mole
Pensei que o mundo ia se acabar
E fui tratando de me despedir
E sem demora fui tratando de aproveitar
Beijei na boca de quem não devia
Peguei na mão de quem não conhecia
Dancei um samba em traje de maiout
E o tal do mundo não se acabou” ]

Voltando aos anos 50, pensava com meus botões: a Vida é tão boa, a minha família é legal, gosto de brincar, soltar pipa, jogar bola, pique-esconde e bandeirinha, de estudar (nem tanto) e por que tenho de morrer logo agora ? O tempo passou, cresci, formei-me, namorei, casei e tenho 3 filhos e 2 netos, trabalhei e continuo trabalhando bastante e ......... “o mundo não se acabou”.
Ufa ! 2012 chegou e espero que não acabe tão cedo, pois ainda tenho muita coisa a fazer e costumo programar que quero viver, no mínimo, 100 anos para usufruir: a paz e a prosperidade da Família, os filmes e a leitura de jornais/livros referências, as minhas aulas e a convivência rejuvenescedora com os Alunos e colegas Professores da UFF/EEIMVR, andar pela Vila Santa Cecília e curtir o GACEMSS / Livraria Veredas / Cine 9 de Abril, a regularização e a revitalização do Ponto de Ação Cultural = PAC, o Rio Paraíba e a paisagem & programação do SESC/BM, o chopp/churrasco do Gaia Grill e a pizza do Papabru no Ano Bom, as folias de reis da Vila Nova, os sertanejos da Vista Alegre, a ciranda/praias/peixes/flip de Paraty, a gentileza das pessoas e o Caminho Niemeyer de Niterói, a alegria carioca/carnavalesca/sambada da Cidade Maravilhosa, e um passeio pelos estados brasileiros que ainda preciso conhecer: Santa Catarina, Mato Grosso (Pantanal), Pernambuco, etc. Num horizonte próximo, estou planejando tirar o passaporte e, pela primeira vez, ultrapassar a fronteira do meu querido Brasil para peregrinar durante 1 mês nas terras da nossa origem latina: Portugal/Espanha/Itália/França (gostaria de receber dicas culturais para visitar nesse trajeto). Em fim, viver, criar e fazer as coisas boas no tempo que me resta.
Encerrando as minhas expectativas otimistas, quero ver a união exemplar e pioneira da centro-esquerda crescer e firmar-se, ganhar a eleição e fazer excelente administração em Barra Mansa; o mestiço Povo Brasileiro mostrar o seu valor e ajudar a salvar a economia combalida do 1º mundo europeu; e, é claro, o Vascão deixar de ser vice para assumir definitivamente a posição de Campeão do Mundo após ganhar de 4 x 0 do Barcelona, pois a esperança como o sentimento não podem acabar, nunca.
Um feliz futuro para os que chegaram até aqui e acreditam piamente que o mundo também não vai acabar logo ali na esquina. Aleluia ! Axé ! Mangalô três vezes !!!

MARCOS MARQUES
(Presidente do Ponto de Ação Cultural)

PS:
Depois de encerrar esta carta-crônica aos amigos leitores, saí de casa na noite de 23/12 e deparei-me, na praça ao lado do Palácio Barão de Guapy (prédio necessitado de restauração e onde funcionam a Academia Barramansense de História e a Biblioteca Municipal), com sensacional Roda-de-Samba comandada por Tico Balanço, mestre Claudinho, Elcio Duarte e mais 10 excelentes músicos, o Povo celebrando a alegria, cantando e dançando em harmonia e paz, sem a presença de policiais, ao som do batuque sincopado da autêntica música brasileira. Essa espontânea manifestação da Cultura Popular deveria ser incentivada e se estender em todas as praças e espaços públicos, mas infelizmente a Cultura que nasce na rua, oriunda da criatividade do povão e da identidade nacional, não conta com o apoio e os polpudos recursos que hoje são concentrados nas orquestras de música clássica e jazz pelo prefeito atual, orientado por uma visão elitista da Fundação de Cultura. Nos últimos anos tenho feito críticas neste sentido em vários ambientes, no conselho/fórum de cultura da prefeitura, na Câmara de Vereadores, na ACIAP, nas Conferências Livres do PAC, entretanto os ouvidos moucos do poder autoritário instalado continuam insensíveis às mudanças prementes.
Por isso, a partir de 2012, gostaria de ver a Política Cultural de Barra Mansa deixar de ser unilateral e se libertar dos grilhões do quartel do Parque da Cidade, se espraiar por todo o Município, ampliar a sua representatividade e diversidade, com os recursos aumentados e distribuídos de forma democrática e transparente para toda população. Depende de nós !

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