De acordo com Renata Lima, no site da Secretaria Estadual de Cultura do RJ, em sua última entrevista ao Jornal do Brasil, Mário Lago afirmou que estava certo de que viveria até os 100 anos de idade, pois o tempo selara com ele o acordo de não persegui-lo incessantemente. Não foi assim. Morreu em 2002, poucos meses depois dos 90 anos, mas deixou um legado imortal.
Em homenagem a este artista completo – que atuou na música, no teatro, no cinema e na escrita – a exposição Lago eu sou – Um homem do século 20 entrou em cartaz , com curadoria de Mário Lago Filho.
Uma foto de Mário Lago fichado pela polícia foi incluída na exposição. “Na mostra, deixamos que Mário Lago se apresente através das frases e versos sobrepostos às fotos”, explica o curador.
O objetivo é mostrar como ele estava inserido na sociedade e como ajudou a construí-la. Como ele mesmo costumava dizer: “o que importa é minha moldura... eu só existo com os lugares em que me inseri”.
Mário Filho sintetiza o trabalho: “Conduzimos a montagem em diferentes níveis sensoriais – afetivo, político, linha do tempo – de forma que as pessoas estejam livres para compreendê-lo. Não queremos induzir o visitante a interpretações, até porque eu já tenho uma imagem do meu pai. Quero que o público me diga o que entende do Mário Lago”.
Fonte: Direto da Redação
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