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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Candidatura do Rio a Patrimônio da Unesco


Iphan apresenta versão completa do documento durante reunião no Palácio Gustavo Capanema

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) apresentou na terça-feira (12), pela primeira vez, a versão completa do dossiê da candidatura do Rio de Janeiro a Patrimônio Cultural da Humanidade, na categoria paisagem cultural urbana.
A candidatura será votada pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em São Petersburgo, na Rússia, no período de 24 de junho a 6 de julho.
O dossiê foi apresentado durante mesa redonda, no Palácio Capanema, no Rio de Janeiro, com a participação do presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida; da superintendente regional do Iphan no Rio, Maria Cristina Lodi; do arquiteto do Iphan Carlos Fernando Moura Delphin; e da diretora do Departamento do Patrimônio Imaterial do Iphan, Célia Maria Corsino.
A apresentação foi o primeiro evento da agenda do Iphan sobre o tema Patrimônio e Sustentabilidade para a Conferência Rio+ 20.
Cultura e natureza
A ideia que sustenta a candidatura é a de que o Rio desenvolveu, ao longo dos anos e de forma deliberada, uma interação única e excepcional entre homem, cultura e natureza . Este conjunto harmonioso torna a cidade singular como paisagem cultural urbana.
De acordo com o presidente do Iphan , “ser considerada pela Unesco Patrimônio Cultural da Humanidade é mais do que um título, é um desafio de gestão das políticas públicas”. Em sua opinião, “o Rio tem a melhor qualidade de construção do espaço público entre as cidades brasileiras, mas isto está se perdendo”.
Luiz Fernando de Almeida afirmou que a Convenção do Patrimônio Cultural da Unesco tem uma visão conservadora, eurocêntrica e linear do processo civilizatório e necessita de uma atualização conceitual que inclua novos olhares sobre o que é patrimônio. Segundo ele, a lista de bens tombados pela Unesco não pode ser considerada o único índice de qualidade no que se refere às políticas de patrimônio.
É numa nova visão de patrimônio como paisagem, onde o homem e o meio ambiente se interagem, que a candidatura do Rio se insere. Até agora nenhuma paisagem cultural urbana foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco. A primeira tentativa nesse sentido foi feita por Buenos Aires, que teve sua candidatura recusada.
O presidente do Iphan afirmou que as políticas públicas do setor devem levar em conta a gestão territorial, não se limitando apenas à preservação do patrimônio. E criticou a falta de articulação entre os órgãos públicos: “Não há transversalidade, os órgãos não dialogam entre si”. Ele lembrou as dificuldades surgidas durante a aprovação de licenças ambientais para diversas obras.
Dossiê
Coube à superintendente regional do Iphan, Cristina Lodi, a tarefa de detalhar o conteúdo do dossiê da candidatura do Rio. Ela destacou que a relação equilibrada entre homem e natureza deu à cidade um conjunto excepcional de áreas públicas de qualidade e esta interação determinou também a relação que a população tem com a cidade. O carioca faz do espaço público ponto de encontro e confraternização.
Lugares marcantes como o Parque Nacional da Tijuca, Parque do Flamengo, Jardim Botânico, Passeio Público, Pão de Açúcar, fortes históricos, a orla de Botafogo, Urca e Copacabana são elementos que estruturaram a paisagem cultural carioca.
O dossiê relaciona estes elementos à história da formação da cidade. Segundo Cristina Lodi, o documento é uma criação coletiva, que envolveu profissionais de diversas disciplinas e um olhar múltiplo sobre o Rio.
Em sua fala, o arquiteto Carlos Fernando Moura Delphin afirmou que o Rio não precisa da Unesco para ser um patrimônio mundial, mas a candidatura do Rio é uma boa oportunidade para a Unesco reformular sua visão de patrimônio.
Já a diretora do Departamento de Patrimônio Imaterial do Iphan, Célia Maria Corsino, destacou que o Rio é uma referência cultural nacional e enumerou o samba, o jongo e a capoeira como patrimônios imateriais do Estado do Rio.
(Texto: Heloisa Oliveira, Ascom RRRJ/MinC)
(Foto: Divulgação/Governo do Estado do Rio de Janeiro)

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