Evento paralelo à Flip mantém o compromisso de privilegiar a cultura local
Lia Capovilla trabalhava como fotógrafa em Paraty, em 2003, na ocasião da primeira Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). Na época, os produtores culturais locais ficaram insatisfeitos com a abordagem “de fora para dentro”, mas não conseguiram organizar um evento paralelo. No ano seguinte, um restaurante que já nem existe mais promoveu uma série de eventos. Era a semente da Off-Flip, que passou a existir oficialmente em 2005. Agora, Lia faz um balanço da atuação da Off. Para ela, embora a festa principal tenha absorvido algo da cultura local, o conceito e o objetivo iniciais do grupo paratiense não mudaram.
— É incrível como esse formato de evento permaneceu, a missão se fortaleceu. Porque cada vez mais sentimos que havia espaço para a cultura local e para escritores que não estão na linha de frente da mídia, mas são bons e podem estar em Paraty, interagindo com a cidade e outros escritores. O espaço precisava ser ocupado e foi — opina Lia, lembrando que os frutos aparecem de diversas formas. — A resistência da Flip foi se quebrando. E ainda bem que continuamos com nossos eventos, porque os artistas foram aprimorando o trabalho deles a ponto de serem aproveitados pela festa num momento mais maduro de suas carreiras. É o caso da Ciranda de Tarituba, que este ano participou do show de abertura.
A vida de quem faz a Off-Flip não é fácil. Desde 2006, ela é gerenciada por um colegiado formado por quatro pessoas, além de outros quatro assistentes. É esse grupo que organiza cerca de 80 atividades diferentes. Patrocinador é coisa rara, já que, como explica Lia, a Flip requer exclusividade. O único apoio financeiro da trupe vem da prefeitura de Paraty e, embora seja muitíssimo agradecida por ele, Lia diz que é muito pouco.
— A Off-Flip foi perdendo importância em termos de recursos, que só foram caindo. O problema é que a cidade não tem uma política para cultura. A Secretaria de Cultura foi criada há apenas dois anos. Antes, era um departamento ligado à Secretaria de Turismo. Esperamos que isso mude.
Essas perspectivas otimistas se refletem nos planos para o futuro. Responsável pela programação literária da Off, Ovídio Poli Junior adianta que, no ano que vem, o selo Off-Flip, criado em 2008, vai lançar seus primeiros livros em formato digital. Para ele, a grande vantagem do evento paralelo é ter um formato flexível e poder ampliar a programação literária oficial.
— Existia uma demanda muito represada na parte literária. A gente abre o evento para as pessoas compartilharem seu trabalho. A Off tem espaço para desde o artista mambembe até os autores que já estão participando da Flip. Procuro seguir três linhas: ampliar a programação literária, estimular a criação com, por exemplo, o prêmio Off-Flip, e ter um projeto editorial, com nosso selo.
— É incrível como esse formato de evento permaneceu, a missão se fortaleceu. Porque cada vez mais sentimos que havia espaço para a cultura local e para escritores que não estão na linha de frente da mídia, mas são bons e podem estar em Paraty, interagindo com a cidade e outros escritores. O espaço precisava ser ocupado e foi — opina Lia, lembrando que os frutos aparecem de diversas formas. — A resistência da Flip foi se quebrando. E ainda bem que continuamos com nossos eventos, porque os artistas foram aprimorando o trabalho deles a ponto de serem aproveitados pela festa num momento mais maduro de suas carreiras. É o caso da Ciranda de Tarituba, que este ano participou do show de abertura.
A vida de quem faz a Off-Flip não é fácil. Desde 2006, ela é gerenciada por um colegiado formado por quatro pessoas, além de outros quatro assistentes. É esse grupo que organiza cerca de 80 atividades diferentes. Patrocinador é coisa rara, já que, como explica Lia, a Flip requer exclusividade. O único apoio financeiro da trupe vem da prefeitura de Paraty e, embora seja muitíssimo agradecida por ele, Lia diz que é muito pouco.
— A Off-Flip foi perdendo importância em termos de recursos, que só foram caindo. O problema é que a cidade não tem uma política para cultura. A Secretaria de Cultura foi criada há apenas dois anos. Antes, era um departamento ligado à Secretaria de Turismo. Esperamos que isso mude.
Essas perspectivas otimistas se refletem nos planos para o futuro. Responsável pela programação literária da Off, Ovídio Poli Junior adianta que, no ano que vem, o selo Off-Flip, criado em 2008, vai lançar seus primeiros livros em formato digital. Para ele, a grande vantagem do evento paralelo é ter um formato flexível e poder ampliar a programação literária oficial.
— Existia uma demanda muito represada na parte literária. A gente abre o evento para as pessoas compartilharem seu trabalho. A Off tem espaço para desde o artista mambembe até os autores que já estão participando da Flip. Procuro seguir três linhas: ampliar a programação literária, estimular a criação com, por exemplo, o prêmio Off-Flip, e ter um projeto editorial, com nosso selo.
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