O músico, compositor e flautista brasileiro Altamiro Carrilho morreu nesta quarta-feira (15), aos 87 anos, em uma clínica no Rio de Janeiro, onde havia sido internado nesta semana para tratar de complicações pulmonares, disse a família dele.
Gravação de DVD no Teatro Municipal de Niterói, no Rio, em comemoração aos 80 anos de Altamiro Carrilho / Foto: AE
Carrilho, um virtuoso flautista transversal, considerado um dos mestres da música brasileira, fez carreira nacional em programas de rádio e de auditório e ganhou projeção internacional, produzindo mais de 100 discos e 200 canções. Também se apresentou em mais de 40 países.
"Ele ajudou a difundir a bossa nova e era um gênio, um virtuoso", disse o ex-parceiro e músico instrumentista Rubens Antônio da Silva, conhecido como Caçulinha. "Ele tocava vários instrumentos, era muito dedicado e estudava mais de duas horas por dia. Seu som tinha uma limpeza e uma qualidade ímpar, tanto que teve reconhecimento fora do Brasil também", acrescentou.
A família ainda não revelou onde será velado e sepultado o corpo do flautista. Há possibilidade de o enterro ser realizado na cidade onde ele nasceu, Santo Antônio de Pádua, no interior do Estado fluminense.
Filho de Lyra de Aquino Carrilho e do dentista Octacilio Gonçalves Carrilho, o músico tinha sete irmãos, incluindo o também flautista Álvaro Carrilho.
O primeiro disco de Altamiro foi "A bordo do Vera Cruz", de 1949. Nos anos seguintes, gravou trabalhos como "Choros imortais" (1964), "Clássicos do choro" (1979) e "Pixinguinha de novo" (1998). Em 1938, foi membro da Banda Lira de Arion, na qual tocava caixa. Quando passou a tocar flauta, foi destaque do programa de calouros de Ary Barroso.
Além da música, atou como farmacêutico e comprou uma flauta usada, com a qual começou a ganhar fama entre os apreciadores do choro. Em seu perfil no Twitter, o músico Ed Motta lamentou a morte do veterano flautista. "Altamiro Carrilho RIP [descanse em paz]", escreveu Motta, que também publicou uma foto do álbum "Altamiro Carilho e sua bandinha na TV nº 2", lançado em 1958.
Com agências
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