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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Certificação estimula produção de cachaça


FOTO: IALE CLITIAS
A produção anual de cachaça gira em torno de 400 mil litros

PARATY
A cachaça, um dos mais autênticos produtos brasileiros, está certificado com o Selo de Origem. A conquista ajudou a impulsionar a atividade na cidade turística de Paraty.
O documento do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) está na porta do alambique do produtor Eduardo Mello dando boas-vindas aos clientes. A cachaça énegócio de família desde a geração do tataravô do produtor, que foi um dos pioneiros na atividade.
O selo, de fácil identificação, indica a procedência, que fica no gargalo da garrafa e serve para proteger a produção da cachaça dos tipos tradicional branca, ouro, prata e, no caso de Paraty, da aguardente azulada, bebida típica da região que leva na composição folhas de tangerina.
Para conquistar o selo os produtores tiveram que estabelecer um padrão. O desafio foi unir a tradição com a tecnologia, sem perder o aspecto artesanal da cachaça, uma das características que garantiram a certificação. A cachaça branca fica nos tonéis de aço inox, que conserva o sabor original da cana. A prata fica em tonéis de madeira brasileira, como amendoim ou jequitibá. Já para a cachaça ouro são reservados tonéis de carvalho francês ou bálsamo, que dá mais cor e aroma para a bebida.
A produção começou por causa de uma característica da região, onde o município tem uma média de chuva de 2,5 mil milímetros por ano. Com isso, a cana que nasce no lugar não produz um bom açúcar, mas a cachaça tem excelente qualidade. No século XIX, havia mais de 100 engenhos na região. Com a abolição dos escravos e sem mão-de-obra, a atividade entrou em decadência. Hoje, existem no lugar apenas sete produtores, que se uniram para aproveitar a vantagem de manter a tradição.
O próximo passo agora é o replantio dos canaviais. A produção anual de cachaça gira em torno de 400 mil litros. A maior parte disso é vendida em Paraty, que tem um mercado aquecido com a presença de turistas. Em julho, a cachaça de salinas, em Minas Gerais, também recebeu o selo do INPI.

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