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Rosa Minine |
Grupo paulistano de teatro de rua e circo, o Núcleo Pavanelli se utiliza de música ao vivo, linguagem circense e intensa dramaturgia voltada para apresentações em praças e espaços alternativos. Circulando com espetáculos novos, antigos ou intervenções, a trupe passa sua mensagem de forma crítica e incentiva o público a dar uma resposta, gerando debates. ![]() — Iniciamos nossas atividades em 1998 com o objetivo de pesquisar e apresentar espetáculos feitos especialmente para as ruas. Antes disso, Marcos e Selma Pavanelli, que são irmãos, fizeram por dois anos uma oficina de circo com a tradicional família Medeiros. Inclusive, nosso nome tem influência desse tempo, porque é comum as famílias circenses colocarem o sobrenome em seus circos — fala Simone Brito Pavanelli, atriz e esposa de Marcos. — Depois, o Marcos fez uma oficina com o ator, diretor e teatrólogo Amir Haddad, descobrindo o teatro de rua. Percebeu então que dava para juntar as duas coisas. Fez mais oficinas, foi se aprimorando, e foram surgindo outras pessoas, uma rotina de ensaio, treinamento circense e assim nasceu naturalmente o primeiro espetáculo — continua. — Montamos: O Básico do circo, Pinta de palhaço, Os domadores, O casamento na roça, que é uma quadrilha de perna de pau, e dentro desses espetáculos éramos uma trupe de palhaços. A crítica ao sistema ou as questões sociais estavam embutidas, porque o palhaço tem um pouco de crítico, despojado, podendo ser atualizado com o passar dos anos — expõe. Em 2007 o grupo começou o projeto 'Centro de Pesquisa Para o Teatro de Rua Rubens Brito', com orientação de dramaturgia do Calixto de Inhamuns. — Passamos a pensar temas que poderiam contribuir para uma discussão da sociedade. Queríamos conversar com as pessoas nas ruas, porque é um espaço muito democrático. O primeiro que montamos dentro do Centro foi Viva Malasarte, história de um povo de algum lugar, apontando problemas da nossa sociedade, um recorte cênico de uma maneira lúdica, dramática e cômica — fala Simone. |
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