Contee aproveita o recesso de Carnaval – considerado uma das maiores manifestações culturais do país – para refletir sobre o papel da cultura na vida dos trabalhadores e trabalhadoras da educação. Naúltima sexta-feira (8), entrou no ar o programa da TV Contee do mês de fevereiro, que debate justamente, com uma entrevista exclusiva da ministra Marta Suplicy, o acesso às manifestações culturais e a conquista para os trabalhadores representada pelo Vale-Cultura.
A princípio os assuntos podem até parecer desconexos, uma vez que o Carnaval é uma festa popular, democrática, que acontece, em grande parte, nas ruas, pouco afetada pelas dificuldades de acesso aos equipamentos e eventos culturais, acirradas, principalmente, pelos obstáculos financeiros enfrentados pelos trabalhadores.
Mas é justamente por acreditar que a cultura, seja ela popular ou erudita, é fundamental para a formação educacional que a Contee traz este tema para a pauta: porque é preciso que os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros tenham direito ao lazer, à diversão, ao enriquecimento proporcionado pelas manifestações culturais durante todo o ano, e não apenas nestes próximos quatro dias de folia.
O recesso da Contee (que volta a funcionar normalmente no dia 14 de fevereiro) e das entidades filiadas durante esse período não significa, de forma alguma, um recesso da luta, uma vez que a formação, o trabalho e a batalha dos profissionais de educação são constantes e não param nem no Carnaval.
Um exemplo de como é possível se valer da irreverência e da sátira típicas desta época é o Bloco do Mestre do Sinpro-JF, que existe deste 1999. Este ano, o sindicato de Juiz de Fora (MG) pôs seu bloco na rua no último fim de semana, com o descontraído mas também crítico samba “Fim do mundo, convenção, Lei do Piso, animação”. Neste sábado (9), é a vez de o Sinpro Rio tomar a Praça do Professores, na capital fluminense, juntamente com o Cordão da Bola Preta.
Pegando emprestadas as palavras do Sinpro-JF, seja em relação ao Vale-Cultura, às negociações salariais, à luta pela regulamentação do ensino privado e pela valorização dos trabalhadores, ao PNE ou a tantas outras bandeiras, “nós educadores, que lidamos com as pessoas e seus sonhos, com a responsabilidade de preparar para o futuro as novas gerações, não podemos deixar o bloco passar sem participar”.
Fonte: Contee
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