Francisco Pantera: Viva... o oito de Março

Em referência ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de Março, Francisco Batista Pantera, poeta comunista, rende homenagem às mulheres do Brasil.

Por Francisco Pantera*, especial para o Vermelho

Nas lutas sociais pelo mundo
As mulheres assumem papel de protagonistas
Nas ruas, na politica, nas universidades...
A mulher vai quebrando os preconceitos da sociedade capitalista
Demostram sensibilidade e versatilidade
Contra essa perversa sociedade machista.

Em todo planeta
As mulheres lutam por uma sociedade mais decente
Que seja mais justa e, mais humana.
Suas bandeiras estão erguidas em todos continentes
Na luta por igualdade de gênero
Cada dia dar um passo à frente.

Pela primeira vez no Brasil
O povo brasileiro colocou uma mulher na Presidência
Vai demostrando capacidade
Conduzindo a Nação com prudência
O país vai avançando
No rumo de um projeto nacional de desenvolvimento com independência.

Ainda é recente no Brasil
A presença da mulher na politica nacional
Só a partir da década de 30 do século passado
É que a mulher vai ocupar espaço na vida politica social
Porém, a luta da mulher contra a opressão.
Vem desde a época do Brasil colonial.

A força do trabalho feminino
Está espalhado por todo o Brasil
Está no serviço publico, nas metalúrgicas...
Na selva Amazônica, no campo Brasileiro, na construção civil.
Desempenham o mesmo trabalho que os homens
No Brasil do século XXI, a sociedade tem esse perfil.

Embora no trabalho exerçam as mesmas funções que os homens
Na maioria das profissões recebem salários desiguais
Enfrentam muitas vezes a dupla jornada de trabalho
Na sua labuta são vítimas de assédios morais e sexuais
Porém, são dedicadas e decididas.
Organizadas são guerreiras colossais.

Na luta pela reforma agrária
São teimosas as trabalhadoras rurais.
Enfrentando a estrutura arcaica do latifúndio
Lutam por profundas mudanças sociais
A marcha das margaridas
É um exemplo dessas guerreiras geniais.

Apesar dos avanços da luta da mulher
Ainda se registra todo tipo de violência
No campo e na cidade
A mulher enfrenta a face cruel da indecência
Fruto de uma herança cultural maldita
Marcada por um machismo violento na sua essência.

A cada dia conquistam mais espaço
Tem amor, carinho, são ousadas, são irreverentes.
Trabalham desde puxar uma inchada
A exercer a tarefa de Presidente
No mundo do trabalho
Provam serem majestosas e competentes.

As mulheres sempre foram valentes
Na luta pela sua emancipação
Contra a opressão capitalista
Sistema perverso de exploração
Sonegadora de seus direitos
Preconceituosa por tradição.

Os avanços da luta da mulher
Não é ponto de chegada é apenas ponto de partida
Pra quebrar os grilhões dessa sociedade machista
Vão ser precisas muitas machas das Margaridas.
A vitória está no horizonte
Muitas batalhas vão ter que ser vencidas.

Viva o oito de Março!
Parabéns! Mulher... Mulher... Mulher...
Jamais tirei um Dez
“Sou forte mais não chego aos seus pés”
Avante! Guerreiras!...
As suas conquistas não tem revés.

*Francisco Batista Pantera  é professor, poeta, jornalista e militante comunista.