Agradecemos a marca de 1000 visitas

Agradecemos a marca de 40.000 visitas

No nosso blog: Brasileiros, Norte Americanos, Portugueses, Canadenses, Russos, Ingleses, Italianos, Eslovenos, enfim, todos que gostam da cultura Brasileira e que tem nos acompanhado.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Niemeyer: Paris influenciou a vida e o trabalho do arquiteto



Na semana em que Paris recebe a maior exposição já realizada sobre Oscar Niemeyer fora do Brasil, o jornal Correio Braziliense refaz os passos do mestre modernista na capital francesa para mostrar como a Cidade-Luz influenciou a obra do arquiteto no pós-Brasília. E para revelar como Oscar se transformou em um ícone que ainda influencia gerações de parisienses encantados com a genialidade de sua obra.

Por Helena Mader*


De um lado, a repressão da ditadura militar brasileira, que transformou um arquiteto declaradamente comunista em inimigo público. De outro, a liberdade e o liberalismo da Paris dos anos 1960. Festas, discussões existencialistas, debates aprofundados e sem censura nos cafés e nos boulevards.

Logo após o golpe militar, o coração de Oscar Niemeyer se dividiu entre esses dois mundos opostos. Pressionado pelos militares, ele partiu para um exílio da França em 1964. Mas o deslumbramento com a boa vida parisiense era sempre confrontado com a dura situação brasileira enfrentada por seus camaradas. Essa dualidade marcou a temporada de Oscar fora do país e influenciou sobremaneira sua vida e seu trabalho.



A exposição Brasília, meio século da capital brasileira, aberta ao público desde sábado (27) na sede do Partido Comunista Francês, é uma homenagem ao maior arquiteto brasileiro de todos os tempos. O belo edifício ao norte de Paris foi seu primeiro projeto no exterior — e talvez um dos mais reconhecidos fora do Brasil. A temporada de Oscar na França foi frutífera: ele projetou construções nos arredores de Paris e em outras cidades francesas.

A exposição Brasília, meio século da capital do Brasil foi dividida em sete setores. O primeiro é dedicado à Missão Cruls e tem fotos e textos sobre o trabalho do belga Luiz Cruls, ainda no século 19.



O segundo espaço é dedicado às fotos da construção de Brasília e o terceiro traz imagens de monumentos históricos da cidade, registradas pelo fotógrafo Fábio Colombini. O quarto setor é uma homenagem à JK, Lucio Costa e Athos Bulcão.

Um dos pontos altos da mostra é a maquete gigante de Brasília, feita por Antônio José Pereira da Costa. O trabalho revela a genialidade do Plano Piloto de Lucio Costa e mostra com clareza o formato de avião da cidade. A exposição tem entrada gratuita e ficará aberta até 30 de junho, na sede do Partido Comunista Francês, em Paris.

*Helena Mader é repórter do Correio Braziliense e viajou a convite do Partido Comunista Francês para acompanhar a exposição. (Fotos: Martin Bureaup/AFP)

Nenhum comentário:

Postar um comentário