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terça-feira, 21 de maio de 2013

Jandira vai liderar Frente Latinoamericana sobre Cultura Viva


 A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), foi eleita presidenta da Frente Parlamentar Latinoamericana sobre Cultura Viva Comunitária que foi criada no 1º Congresso Latinoamericano que acontece, esta semana, em La Paz, na Bolívia. O evento, que começou no sábado (18) e prossegue até quarta-feira (22), discute políticas públicas que regulamentem formas de manutenção da cultura comunitária dos países latinos.


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Jandira vai liderar Frente Latinoamericana sobre Cultura Viva
Jandira anunciou para outubro o primeiro encontro do grupo.
Jandira, que também é presidenta da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, explicou que “seremos parlamentares e gestores dos 21 países da América Latina discutindo e promovendo este debate nos fóruns internacionais, tornando não só a política da Cultura Viva uma exigência para os gestores, mas dando também prioridade e protagonismo para essa pauta”.

E anunciou para outubro o primeiro encontro do grupo. “Queremos dar o próximo passo conjunto no Encontro Andino, que será realizado na Colômbia, no segundo semestre. Até lá teremos avançado em muitas pautas, a exemplo da própria Lei Cultura Viva, de minha autoria, que tramita na Câmara e espero vê-la aprovada no próximo mês. Isso com certeza nos ajudará a pressionar os países vizinhos a aprovar políticas similares e que garantam a sobrevivência de nossa cultura comunitária latina”, apontou Jandira.

Gestores e parlamentares presentes ao evento também fazem troca de experiência da atuação no setor de Cultura em seus países de origem. Jandira falou sobre a Lei Cultura Viva. “A realização do congresso nos permite trocar experiência ricas de todos os lados e apresentar nossas ações locais. Isso dá forma de defender a cultura latina contra o capital e contra todos os interesses econômicos que se colocam contrários”, afirmou a parlamentar.

Jandira também citou experiências criadas a partir do desmembramento das comissões de Educação e Cultura, na Câmara, e que possibilitaram maior espaço à pauta cultural. “Antigamente a Cultura tinha que pedir licença para ter vez, já que os assuntos da Educação sempre foram muito densos. Agora você consegue maior agilidade na apreciação de matérias exclusivamente da política nacional cultural, sem que ela se perca”, diz a deputada.

Ainda segundo a parlamentar, leis que resgatam tradições, como a Lei Griô e a oralidade, também de sua autoria, ganham celeridade neste processo: “São políticas que funcionam como ferramentas da sobrevivência cultural popular, pois garantem o reconhecimento desta metodologia, de repassar os valores culturais e de promover a articulação do ensino formal com ensino dos mestres griô”, explica.

A diretora da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECA-UFRJ), Ivana Bentes, fez coro à deputada: “É a integração da cultura oral, do livre fluxo, que está fora da universidade, do ensino superior. Contudo, as próprias universidades já se deram conta desse novo caminho. Ainda é difícil encontrar dentro dessas instituições a cultura oral, indígena, quilombola e até mesmo a cultura digital”, conta a gestora.

O congresso reúne representantes das redes de Cultura, Pontos de Cultura, mídia independente, ministros de Estado de Cultura da Bolívia e Venezuela, além de parlamentares e representantes do Poder Executivo dos 21 países da América Latina.

Da Redação em Brasília
Com informações da Ass. Dep. Jandira Feghali

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