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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Festival do Cinema mescla diretores iniciantes e veteranos


A mostra competitiva do 46º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, marcado para acontecer entre 17 a 24 de setembro, segue dividida entre documentários e ficções (longas e curtas). A seleção competitiva, divulgada ontem, equilibra diretores veteranos, estreantes e representantes de vários estados brasileiros.


  Animação do filme "Deixem Diana em paz" (PE)
Os 30 filmes selecionados para competir no 46º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que ocorrerá entre 17 e 24 de setembro, foram anunciados, nesta quarta-feira (17) pela Secretaria de Cultura do Distrito Federal. Eles foram analisados por comissões de seleção durante o período de 8 a 13 de julho.

O Festival de Brasília terá mostras competitivas de longa e curta-metragem, tanto em documentário como em ficção e de curta de animação. Neste ano, o evento recebeu 478 inscrições, sendo 39 longas de ficção, 63 documentários, 239 curtas de ficção, 102 curtas de documentários e 35 curtas de animação. Do total de inscritos, 60 títulos foram produzidos no DF, a maioria, curtas de ficção.

Estão na competitiva de longas-metragens de ficção, a categoria que acumula o maior número de prêmios, duas produções do Rio de Janeiro, duas de São Paulo, uma da Bahia e uma do Ceará. As comissões resolveram selecionar apenas produções inéditas no Brasil. "Nós demos liberdade de escolha aos curadores e eles optaram assim", explicou o secretário de Cultura, Hamilton Pereira. "É bom frisar que todos os filmes foram assistidos integralmente", anunciou o diretor-geral do Festival de Brasília, Sérgio Fidalgo, espantando as desconfianças que povoaram as seleções de edições passadas.

As produções de Pernambuco, que em 2012 dominaram a competição, foram reduzidas à participação do curta de ficção Au revoir, de Milena Times; o longa documentário O mestre e o divino, de Tiago Campos; e animação Deixem Diana em paz, de Julio Cavani.

Na competitiva de ficção, há uma produção de época, dirigida pela dupla Cláudio Marques e Marília Hughes, Depois da chuva, representante da Bahia, já ganhou exibição especial no Festival de Cannes deste ano. O veterano Rosemberg Cariry concorrerá com a ficção cearense Os pobres diabos. O paulista Paulo Sacramento, diretor do documentário O prisioneiro da grade de ferro, apresenta o longa de ficção Riocorrente. Um estreante em ficção, o documentarista carioca Vicente Ferraz (Soy Cuba - Mamute siberiano, 2004) concorre com A estrada 47 (a montanha). O diretor uruguaio-israelense, radicado em São Paulo, é um estreante na direção de longas-metragens, com Avanti popolo. Encerra os selecionados, a ex-companheira de Glauber Rocha a francesa Paula Gaitán, com Exilados do vulcão.

Na seleção de longas documentais concorre um representante do Distrito Federal, Plano B, codirigido por Getsemane Silva e Santiago Dellape (ambos estreando na direção de longas). Assim como na competitiva de ficção, a seleção balanceou trabalhos de veteranos e de iniciantes de vários estados.

A documentarista Maria Augusta Ramos, conhecida por discutir questões sociais por meio do tratamento jurídico em Justiça (2004) e Juízo (2008), exibirá o novo Morro dos prazeres. Seguida pela produção capixaba Outro sertão, de Adriana Jacobsen e Soraia Vilela. A Bahia trouxe mais um representante com Hereros Angola, de Sérgio Guerra. O cineasta Silvio Tendler, velho conhecido deedições do Festival, desta vez, ocupará a tela de projeção como personagem. A arte do renascimento - Uma cinebiografia de Silvio Tendler, dirigida por Noilton Nunes está na seleção.

Fonte: Correio Braziliense

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