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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Landseer, o pintor de animais

"Cães", Edwin Landseer
O pintor inglês Landseer
Edwin Henry Landseer, pintor inglês, nasceu no dia 7 de março de 1802 e morreu no dia 1º de outubro de 1873, há exatamente 141 anos. Ficou conhecido por suas pinturas de animais, especialmente cavalos, cães e veados. Mas suas obras mais conhecidas são esculturas de leões em Trafalgar Square, em Londres.


Landseer, filho do gravador de paisagens John Landseer, era uma espécie de prodígio cujo talento artístico foi reconhecido muito cedo na vida. Ele estudou com vários artistas, incluindo seu pai, e o pintor Benjamin Robert Haydon, que incentivou o jovem Landseer a realizar dissecções, a fim de entender completamente a musculatura dos animais e sua estrutura esquelética. A vida de Landseer foi entrelaçada com a Royal Academy. Na idade de apenas 13 anos, em 1815, ele expôs suas obras lá. Com 24 anos de idade, foi aceito como membro dessa Academia e, cinco anos depois foi nomeado cavaleiro. Em seguida indicado a presidente daquela entidade, mas recusou o convite.


Dos 30 anos e para o resto de sua vida, Landseer foi perturbado por crises de melancolia e depressão, agravadas pelo uso do álcool e drogas. No últimos anos de sua vida sua estabilidade mental era um grave problema, e, a pedido de sua família, foi declarado “louco” em julho de 1872.


Landseer foi uma figura notável na arte britânica do século XIX, e suas obras podem ser encontradas na Tate Britain, no Victoria and Albert Museum, na Kenwood House e na Wallace Collection, em Londres.
A popularidade de Landseer na Grã-Bretanha vitoriana era considerável, e sua reputação como um pintor de animais era muito grande. Uma parte de sua fama e de seus rendimentos deveu-se à publicação de gravuras de seu trabalho, muitos delas feitas pelo irmão Thomas.


"Dignidade e imprudência", Landseer
Sua produção artística cruzou as fronteiras de classe: reproduções de suas obras eram comuns em casas de pessoas mais pobres, da classe média, enquanto ele também era popular com a aristocracia. A rainha Victoria encomendou várias pinturas de seus animais de estimação, mas também encomendou um retrato de si mesma, como um presente para o príncipe Albert. Landseer também fez retratos dos filhos de Victoria quando bebês, geralmente na companhia de um cachorro. Uma de suas últimas pinturas foi um retrato equestre em tamanho natural da rainha, exibido na Royal Academy em 1873, feita a partir de esboços anteriores.


O pintor ficou tão popular como pintor de cães em serviço da humanidade, que seu nome veio a ser o nome oficial para a variedade do cão conhecido como Terra Nova, pois ele popularizou essa raça em suas pinturas, como aquelas onde cães resgatam pessoas.


Algumas das obras mais tardias de Landseer têm um carater um tanto pessimista: uma delas mostra dois ursos polares brincando com os ossos de mortos, enquanto outra mostra uma expedição ao ártico fracassada.


A morte de Landseer, em 01 de outubro de 1873, mexeu com a Inglaterra: lojas e casas fecharam suas portas, bandeiras foram hasteadas a meio mastro e grandes multidões foram às ruas para participar do cortejo fúnebre. Landseer foi sepultado na Catedral de São Paulo, em Londres.

Landseer deixou três pinturas inacabadas, em seus cavaletes em seu ateliê. Ele havia pedido que seu amigo, o também pintor John Everett Millais, terminasse o trabalho, o que foi feito. Diz-se que Landseer conseguia pintar com as duas mãos ao mesmo tempo, e era muito rápido em seu  trabalho. Mas quanto às encomendas, muitas delas levavam meses e até anos para o que o pintor se dispusesse a trabalhar nelas.

Mais alguns exemplos de pinturas de Edwin Landseer:

"Vida pobre", 1829, Landseer

"Vida rica", 1829, Landseer

"Tio Tom", Landseer

"A megera Tamed", ou "Cavalo encantado", 1861, Landseer

"Companheiros", Landseer

"Rei do vale", 1851, Landseer

"A salvo", Landseer

"Ligação", 1829, Landseer
"O choro do velho pastor", 1837, Landseer
"Gado selvagem de Chillingham", 1867, Landseer

"Falcão", 1837, Landseer

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