A
Procuradoria Especial da Mulher no Senado foi convidada a participar do
desfile de carnaval da Escola de Samba da Mangueira, do Rio de Janeiro
que, este ano, leva para o Sambódromo o tema “Empoderar Mulheres,
Empoderar a Humanidade, imagine!”. A iniciativa soma-se a ações do
movimento intitulado “O valente não é Violento”, da Organização das
Nações Unidas (ONU).
A procuradora da Mulher no Senado, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), saúda a iniciativa: “O tema do desfile mostra que o empoderamento da mulher ganha reconhecimento e se incorpora a uma das maiores expressões da identidade cultural brasileira que é o carnaval”.
Apoio masculino
Com o enredo “Agora chegou a vez, vou cantar: Mulher de Mangueira, Mulher Brasileira em primeiro lugar”, a escola inaugurou, em setembro de 2014, o Ano das Mulheres na Mangueira, que se estende até setembro deste ano com ações na comunidade. Com oficinas para educadores e formadores da comunidade, a Mangueira pretende incentivar o apoio masculino à igualdade de gênero e ao enfrentamento à violência contra mulheres e meninas.
“Acreditamos que o poder da Mangueira de emocionar, de apaixonar e de cativar as pessoas será um poderoso aliado para que o Brasil avance na visibilidade e na discussão sobre os direitos das mulheres e a igualdade de gênero”, disse Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres no Brasil.
“Esta é a união de duas grandes forças, e vai ser uma parceria de muito sucesso. A ONU Mulheres e a Mangueira vão caminhar juntas para demonstrar a importância das mulheres para todos nós”, disse o presidente da escola, Chiquinho da Mangueira.
Tradição e novas gerações
Nilcimar Nogueira é neta do compositor Cartola e de sua esposa Dona Zica, personagens históricos do samba no Brasil e na Mangueira em particular. Para ela, a parceria entre a verde e rosa e a ONU Mulheres tem uma importância especial: “O berço do samba é o matriarcado, e essa parceria vai fortalecer as mulheres que trabalham incessantemente nas comunidades, muitas vezes de forma invisível, mas que têm um papel fundamental na manutenção e na transmissão dessa cultura para as novas gerações”, afirmou.
Já o integrante da Velha Guarda, Pedro Paulo Lopes, está confiante na força do enredo. Com 75 anos, 56 deles dedicados à escola, ele acredita que a parceria com a ONU Mulheres pode ajudar a cativar o público. “Este é um tema universal, as mulheres têm problemas em todo lugar. E a Mangueira precisa de um enredo forte, que chegue às pessoas. A parceria veio em boa hora”, sorri ele.
Da Redação em Brasília
Com agências
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