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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Patrimônio histórico e arquitetônico deve passar por reformas

BARRA MANSA
Por Rebeca Ribeiro

Paredes descascadas, com infiltrações e mofo, janelas com estrutura e vidros quebrados e detalhes da fachada deteriorados fazem parte da descrição de alguns prédios históricos de Barra Mansa. O Palácio Barão de Guapi, onde funcionava a Câmara de Vereadores, e o Clube Municipal, que já recebeu a visita da princesa Isabel, estão marcados pelo tempo.

De acordo com o superintendente da Fundação de Cultura, Luiz Augusto Mury, um plano de restauração do Palácio Barão de Guapi está prestes a ser posto em prática. “Temos um projeto de restauração do prédio e dos canteiros, no entorno. Já temos a verba na Caixa Econômica, mas algumas exigências burocráticas devem ser atendidas antes de abrir a licitação”, informou, acrescentando que os itens pedidos pela instituição financeira devem ser respondidos ainda neste mês.
A verba para a reforma do palácio, que deve ser realizada sem modificar as suas características, segundo Mury, é de cerca de R$ 300 mil e vem do Ministério da Cultura, do governo federal.

Por alguns anos, o Clube Municipal esteve sob responsabilidade da prefeitura. Atualmente é administrado por um conselho de sócios presidido pelo ex-deputado Ademir Melo. Segundo ele, está em andamento um projeto na Secretaria Estadual de Cultura para restauração do casarão. “Estamos na fase inicial, mas já está adiantado. Queremos revitalizar tudo, mas é um processo demorado. Estamos fazendo o levantamento, porque a reforma tem que respeitar e manter as características do prédio. Com muita dificuldade, tentamos conservar e buscamos recursos para não deixar o Municipal morrer”, afirma.

Enquanto a reforma completa não começa, algumas obras de manutenção têm sido feitas. “Fazemos a manutenção com recurso próprio. Estamos tendo problemas com a parte interna, os encanamentos de água e esgoto, além do telhado”, diz.

De acordo com Ademir, cerca de três mil pessoas utilizam o clube, participando de atividades gratuitas, mas a intenção é atrair a população para conhecer a história do local. “A nossa ideia é colocar à disposição da sociedade a história, não só do Clube Municipal, mas de toda Barra Mansa”, conclui.

Apesar de não ser tão antiga quanto o palácio e o clube, ambos construídos no século XIX, a Ponte dos Arcos (Ataulfo Pinto dos Reis) parece castigada pelo tempo. Segundo a Superintendência de Obras e Serviços Públicos (Susesp), a iluminação da ponte havia passado por manutenção há pouco tempo, mas teria sido prejudicada pela chuva de granizo, no dia 9 de abril. Em nota, a autarquia garantiu que fez o pedido de compra e está aguardando a chegada das lâmpadas importadas, específicas para o local. Quanto à pintura da ponte, a Susesp afirmou que está preparando a licitação para contratação de empresa executante.

Um pouco de história

Palácio Barão de Guapi

Foi construído entre 1857 e 1865 para abrigar a Câmara Municipal de Barra Mansa, quando era presidente o comendador Joaquim José Ferraz de Oliveira, o Barão de Guapi. A partir de 1914, em seu pavimento térreo, passou a funcionar também a sede da prefeitura, que ficou lá até o início dos anos 80, quando se transferiu para o antigo Moinho, onde está até hoje.
Hoje, o Palácio Barão de Guapi abriga a Biblioteca Municipal e o Museu da História de Barra Mansa. A câmara passou a funcionar no prédio do antigo Fórum.


Ponte dos Arcos

Popularmente conhecida como Ponte dos Arcos, a Ponte Ataulfo Pinto dos Reis foi construída quando era prefeito o engenheiro Leonísio Sócrates Baptista. Sem recursos para realizar a construção, Leonísio pediu ajuda ao então governador do Estado do Rio de Janeiro, Miguel Couto Filho. O Estado, na época, tinha dívidas com o município, e pagou com a construção da ponte.

A ponte foi inaugurada em 1º de maio de 1958, com a presença de várias autoridades, inclusive do governador, e teve a denominação de Ponte Engenheiro Salo Brand. Posteriormente, em julho de 1968, ganhou o nome que tem até os dias de hoje. Em 11 de maio de 1982, às 3 horas, seu vão central cedeu e teve que ser reconstruído. A obra foi concluída e entregue à população em 17 de junho de 1984, quando era prefeito Luiz Amaral, com a presença do então governador, Leonel de Moura Brizola.

Igreja Matriz

Começou a ser construída em 1839, por Antonio Marcondes do Amaral, um grande benfeitor de Barra Mansa e doador de muitas terras, a exemplo de Custódio Ferreira Leite, o Barão de Ayuruoca. Sua construção terminou somente 20 anos depois, em 1859. Cem anos depois, em 1959, passou por uma reforma que mudou muito o seu interior, em especial, o altar-mór.

Fazenda da Posse

Marco do surgimento do município, o casarão conhecido como Fazenda da Posse foi erguido em 1764. Construído em estilo colonial, foi totalmente restaurado e hoje abriga um Centro Cultural, onde são realizados cursos e exposições de arte.

Antiga Estação Ferroviária

Com grande produção cafeeira, Barra Mansa teve na construção da ferrovia um marco em sua história urbana. Além de conferir agilidade ao escoamento da produção agrícola, facilitou a comunicação com os outros núcleos regionais e com o Rio de Janeiro. Posteriormente, colaborou – como tem colaborado – com o setor industrial.

Em 1996, parou de circular o famoso Trem Mineiro, que por muitos anos foi uma das principais ligações entre Barra Mansa e Minas.
Inaugurada em 1871 pela princesa Isabel e seu marido, o conde D’Eu, após sobreviver a um incêndio e passar por restauração, passou a abrigar o Centro Cultural Estação das Artes.

Fonte: Academia Barramansense de História, presidente Rozan Silva.

2 comentários:

  1. Muito interessante o blog, seu trabalho. Muito bom mesmo! Convido-o a conhecer o http://misteriosdovale.blogspot.com
    Paz e bem!

    Sônia Gabriel

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  2. Obrigado Sônia, Já conhecemos e postamos várias matérias de seu precioso blog (com permissão? rsrsrs), essa parceria em prol da cultura do Vale do Paraíba é muito importante, abraços.
    Francis M.

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