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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O músico e política de subjugação nacional





Rosa Minine
Bandolinista, letrista e compositor e de choro e samba, Pedro Amorim é acima de tudo uma pessoa convicta quanto à importância da música popular, aquela que tem função transformadora junto a uma população, trazendo em si suas referências culturais e a própria identidade de um povo, para uma sociedade.
Professor de Educação Física nascido no Rio em 20 de julho de 1958, Pedro estava ainda na faculdade quando começou a se envolver com música. Na época, era apenas um 'passatempo' para ele. Sem a menor intenção de se fazer músico profissional, ele se iniciou no bandolim em 1978. Autodidata, cinco anos depois se profissionalizava como instrumentista (bandolim, violão-tenor, cavaquinho, banjo e violão). Adotando o bandolim como instrumento principal, passou a integrar o grupo carioca de música instrumental Nó em pingo d’água, com o qual gravou João Pernambuco / 100 anos, seu primeiro disco.

— Eu nem sabia que tinha talento para a música. Um dia comprei, de um homem na rua, um bandolim horroroso. Encordoei e comecei a tirar músicas de ouvido. Nunca mais parei de tocar. Passei a compor tão logo comecei a tocar, sempre dentro do universo do choro, samba — explica.

Parceiro de Paulo César Pinheiro, Wilson Moreira, Nelson Sargento, Maurício Carrilho e Délcio Carvalho, Pedro ainda trabalhou quatro anos como professor de Educação Física, até se dedicar exclusivamente à música. Ao longo de 22 anos de carreira, ele tem se apresentado pelo Brasil e exterior — França, Dinamarca, Japão — e realizado pesquisas sobre a música brasileira, além de acompanhar importantes músicos e intérpretes, como: Elizeth Cardoso, Hermínio Bello de Carvalho, Ademilde Fonseca, Moacyr Luz, Olívia Hime e Chico Buarque.

Em 1.993, como solista da Orquestra Sinfônica Nacional, interpretou a suíte Retratos, de Radamés Gnattali, e em Paris gravou o CD O Trio, ao lado de Maurício Carrilho e Paulo Sérgio Santos. Esse disco, lançado no Brasil pelo selo Saci um ano depois, conquistou dois prêmios Sharp de Música: melhor CD e melhor grupo instrumental. Também em 1.994 lançou na Europa e no Brasil o CD Pedro Amorim toca Luperce Miranda. Em 1998 dirigiu e tocou no projeto Revendo Opinião, que reinaugurou o Teatro de Arena de Copacabana, no Rio. Em agosto de 2000, lançou no Japão o CD Arranca-toco, gravado com Maurício Carrilho, Jorginho do Pandeiro e Nailor Proveta.

Desde o ano 2.000 Pedro Amorim dá regularmente aulas gratuitas de choro na Escola Portátil de Música, no Rio de Janeiro, ao lado de Maurício e Álvaro Carrilho, Luciana Rabello e Celsinho Silva. Esporadicamente, leciona em eventos no Brasil e outros países. Ele fez parte do grupo de músicos:

— Cirley de Holanda, que na época era coordenadora de música da Funarte — recorda. Ofereceu-nos o espaço para que pudéssemos criar a Oficina de Choro. Mas logo em seguida pessoas ligadas à Diretoria fizeram uma 'molecagem' com ela, fazendo-a sair. Em solidariedade a Cirley, muitos funcionários também saíram. E nós, que ensinávamos choro, tomamos o mesmo rumo.

Em 2.001 a Oficina de Choro passou a funcionar na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em função de acordo com o diretor do estabelecimento. Porém houve mudança de diretoria, e os problemas nos levaram a nova mudança, em 2.004. Desta vez fomos ocupar um casarão histórico, no bairro da Glória, no Rio. Adotado o nome de Escola Portátil de Música, as Oficinas de Choro aumentaram. A ampliação do quadro de professores permitiu receber mais aprendizes: atualmente temos 400 matriculados e outros tantos à espera de vaga. O curso é inteiramente gratuito.

Pedro considera paradoxal o fato de grande número de jovens se interessar pelo estudo do choro em tempos nos quais jornais, rádio e televisão desprezam inteiramente esse gênero musical.

— Aquele que ouve o produto massificado que as emissoras de rádio ou televisão apresentam — seja pagode ou o nome que lhe for dado — , sofre uma lavagem cerebral e parece que ficará assim para sempre. Mas no primeiro momento em que tem acesso a música de qualidade, passa a ver que existe um outro universo além daquele, e parte em busca dessa boa música. Assim se formam os pequenos espaços onde a música popular brasileira tem sobrevivido e se expandido.

Pedro lembra que a redescoberta do samba e do choro na Lapa, no Rio, a partir da década de 90, deu-se por acaso: um pequeno grupo de amigos passou a se encontrar lá, para rodas de samba e choro, todos os fins de semana:

— Sem qualquer pretensão, juntávamo-nos num botequim da Lapa. Mas a notícia foi se espalhando. Chegou gente de toda a parte, e o botequim virou ponto de referência. Um comerciante achou bom negócio abrir uma casa no local, e o samba e choro na Lapa virou febre. Tudo sem apoio oficial. Naquela época, a Prefeitura abandonara totalmente a Lapa.

A música que transforma
Pedro Amorim estabelece grande diferença entre a música que o povo canta por imposição do monopólio dos meios de comunicação, mas que nada representa culturalmente, e a que tem raízes culturais, sendo integrante da própria história.

— O monopólio da comunicação pode transformar qualquer coisa em popular. Apresenta um monte de besteiras como única opção e a população, sem saída, passa a cantar aquilo. Assim têm surgido esses subgêneros inventados. Uma análise do pagode, por exemplo, definirá uma balada ianque com instrumentação de samba misturado. Não tem nada a ver com samba. Existe uma outra vertente do pagode, a partir do samba de roda da Bahia. Mas também essa está completamente desfigurada.

— A música popular verdadeiramente cultural é muito forte — observa Pedro. A pessoa escuta e se reconhece no que está ouvindo. Essa música representa culturalmente um país, como o tango para a Argentina, o fado para Portugal. Por isso, quando existe uma invasão cultural como a que acontece no Brasil há muito tempo, por parte do USA, a primeira coisa que os invasores fazem é desfigurar a música, a cultura, porque a forma mais fácil de se invadir é acabar com a cultura de um lugar, que fica sem referência e sem resistência, podendo ser ocupado muito facilmente — continua o músico.

— A música popular que integra a cultura é modificadora. Já aquela imposta pelo monopólio dos meios de comunicação, é imobilizadora; seu efeito é justamente o contrário: alienante. E quando aliena, imobiliza. Mas a música popular integrante da cultura brasileira, o samba, o choro, o calango, o jongo, o maracatu, o frevo, é muito forte. São ritmos que surgiram espontaneamente no meio do povo, brotando de manifestações populares. E muitos são um cadinho, uma mistura, sendo difícil às vezes de se chegar aos ingredientes da formação deles — acrescenta.

Viramos um quintal deles
Pedro diz que a invasão cultural do Brasil pelo USA começou com a Segunda Guerra Mundial e acentuou-se na década de 50:

— A invasão começou ao tempo da política de Boa Vizinhança de Roosevelt, na Segunda Guerra Mundial, quando se consolidou o imperialismo ianque. Com ela, as alianças com os países vizinhos possibilitaram a infiltração da cultura ianque em detrimento da cultura local. Tudo muito bem planejado, e viramos um quintal do USA. Creio que é saudável um contato entre culturas diferentes, de países diferentes, mas quando se destrói a cultura de um país para impor-lhe a cultura de outro, em prol do lucro, os invadidos ficam inteiramente desabrigados.

Pedro entende que mesmo Carmem Miranda (1.909 — 1.955), conhecida como divulgadora do Brasil no exterior nas décadas de 40/50, foi uma arma que eles usaram para deturpar a cultura brasileira:

— Carmem representava o Brasil que eles queriam. E até hoje é assim: artista brasileiro, para trabalhar no USA, item de cantar em inglês, fazer o arranjo que eles acham melhor. Carmem Miranda fazia uns passinhos de rumba e umas coisas para compor a imagem do Brasil que eles queriam mostrar. Não o Brasil do jeito que é.

O bandolinista conta que o compositor e instrumentista genial que fazia os acompanhamentos musicais nas apresentações de Carmem Miranda, Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto, representava o Brasil, mas não aparecia:

— Ele a acompanhava naqueles sambas, naquelas marchas que ela gravava, tocando violão tenor, cavaquinho, violão e banjo, mas a imagem que ficava era a da Carmem Miranda. A imagem do Garoto ficava somente para quem era músico ou conhecesse de música. O grande público não sabia nem da sua existência. Enfim, o samba era o samba, mas a imagem da Carmem Miranda não era a do Brasil. Só que o que aparecia era a imagem da Carmem Miranda.

O personagem Zé Carioca, criado por Walt Disney, em 1.941, para simbolizar o Brasil de acordo com a política da Boa Vizinhança também foi, segundo Pedro, instrumento de deturpação da cultura brasileira.

— A Carmem Miranda e o Zé Carioca — afirma convicto representam o Brasil, capital Buenos Aires, que existe até hoje graças aos ianques, que passaram essa imagem para o mundo.

Para Pedro, a invasão cultural ianque intensificou-se durante a ditadura militar (1964 — 1984), que fechou todo o espaço no rádio e na televisão para a música genuinamente brasileira.

— Nessa época surgiu o jabá, expressão usada para suborno de emissoras e funcionários para a difusão de músicas de maior interesse comercial. As gravadoras pagam para a difusão daquilo que bem entendem. Ora, isso é corrupção, crime de lesa-pátria e lesa cultura, que vai reduzindo a capacidade de pensar de uma população inteira.

O bandolinista crê que o espaço ocupado pelo monopólio estrangeiros dos meios de difusão cultural, de onde, há muito, vem sendo expulsa a música genuinamente brasileira e seus músicos, é problema da alçada do Ministério da Cultura do Brasil, mas entende que não há interesse em mudar o quadro atual:

— O cargo de ministro da Cultura deveria ser entregue a alguém que tivesse preocupação com a cultura brasileira. O titular, Gilberto Gil, nunca teve essa preocupação. Eu mesmo lembro uma entrevista na qual disse a um jornal : 'Eu não gosto de samba. Eu gosto é de reggae'.

Pedro Amorim acrescenta que, participando da comemoração do Dia Nacional da Cultura, na Petrobrás, o ministro Gilberto Gil, chamado a apresentar-se, pegou o violão, cantou uma música mexicana e foi-se embora. Para a solução de todo o problema, há que incluir a música popular no currículo das escolas de nível básico, desenvolvendo-se estudo sobre figuras representativas como Pixinguinha, Ernesto Nazaré, Anacleto de Medeiros, Chico Buarque etc., etc.

— Com isso — ressalta o instrumentista — as crianças que chegam na sala de aula com a cabeça cheia de 'lixo', depois de ter assistido programas do tipo Xuxa e genéricos, teriam uma verdadeira opção. Fiz, recentemente, uma experiência pava avaliar o conhecimento de adolescentes quanto à música popular brasileira. Verifiquei que muitos não sabem quem é Chico Buarque. Isto porque nunca ouviram falar, ou já ouviram algum dia, mas não conhecem nada da sua obra. Esses jovens estão crescendo sem lastro cultural musical nenhum.

Para a população não gostar
O instrumentista denuncia o boicote a que o choro é submetido pelas emissoras de televisão, que só o apresentam associado a coisas do passado, embora esse gênero esteja mais vivo do que nunca:

— Se observarmos os grandes compositores brasileiros, desde Villa-Lobos, todos ou vieram do choro ou passaram pelo choro. O Hermeto Pascoal, por exemplo, começou em um conjunto regional, tocando sanfona, e é um compositor de choro magnífico. Tom Jobim foi compositor de choro também, embora muitas pessoas não saibam. Fazem questão de esconder essas informações.

Pedro Amorim destaca que a sabotagem do choro evidencia-se com o acontecido a Raphael Rabello, um gênio do violão que, quando começou a fazer sucesso no rádio e na TV, contratou uma equipe de divulgação, e esta lhe recomendou que jamais pronunciasse no ar a palavra choro, embora todos gostassem daquilo que ele tocava.

— Raphael Rabello tinha um talento incrível para a música instrumental. Nas décadas de 80 e 90 realizou uma série de trabalhos marcantes na história da MPB, e ficou conhecido pela sua habilidade de passear por vários estilos musicais: o choro, o samba, a bossa-nova, o erudito. Mas sua formação era essencialmente em choro. Raphael faleceu prematuramente aos 32 anos de idade, em abril de 1995.

Pedro diz que, como nos dias atuais tudo que é representativo da cultura brasileira sofre censura, mutilação, ou ocultamento, sobra espaço para o trabalho alienante de muita gente. E que há várias maneiras de destruir os músicos brasileiros, numa guerra extremamente desigual, onde muitos músicos desconhecem sua função, o papel tão importante que devem cumprir em defesa da verdadeira música brasileira, popular ou erudita, a começar pelo próprio significado de ser músico brasileiro:

— Muitos músicos e conjuntos musicais dizem que estão fazendo música popular brasileira, aparecem sempre na mídia, mas quando perguntados, sobre seus trabalhos, geralmente dizem que é samba, misturado com funk, maracatu e baião. Porém quando ouvimos, é o mesmo lixo, a mesma submúsica ianque.Do mesmo modo, afirmam ter adotado como exemplo gente como Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Geraldo Pereira, mas quando examinamos seu trabalho descobrimos que é rock, é funk, de efeito alienante. O sucesso é doce, e quase todo mundo quer faze-lo, quer ganhar dinheiro. Muitos desses músicos poderiam até realizar um excelente trabalho, porque realmente têm capacidade, conhecem de cultura, mas é mais fácil encostar e viver a sombra da fama, do que fazer um trabalho sério, mas sem espaço na mídia. O que acontece em muitos casos é que se o músico faz aquela música ruim, mas está ganhando dinheiro, sendo assim, continua a fazer. Porque fazer uma música que seja realmente importante, cultural, dá muito trabalho. Vemos esses programas de televisão de agora, do tipo `Big Brother`, e notamos quantas pessoas querem fazer parte dessa bobagem, para ter seus poucos minutos de fama e a possibilidade de ganhar dinheiro mole. Isso acontece porque o trabalho não é mais valorizado, e de alguma maneira passam para a população a idéia de que é melhor ganhar muito dinheiro com o menor esforço. Isso acontece também na música: trabalhar com música é um negócio muito sério e exige esforço. Só que isso não interessa para muita gente, porque chegam umas pessoas que sabem fazer três acordes com um instrumento, fazem uma submúsica abominável, conseguem sucesso e ganham milhões de dólares. Enquanto isso, aquele que trabalha, vendo que seu trabalho não tem importância, em alguns casos, fica desanimado.

O músico observa que, embora a música brasileira esteja atravessando um período dificílimo, ela tem resistido com toda força:

— Está crescendo a quantidade de gente envolvida com música popular genuína em todos os cantos do Brasil, mas como se fosse em guetos. São pessoas que estão compondo, tocando, e trabalhando com educação musical. Aqui no Rio, a Escola Portátil de Música, faz esse trabalho e já estamos vendo o resultado: jovens que estão compondo, tocando, participando da oficina como monitores, formando grupos de choro.

Apesar de trabalhar com uma educação musical que inclui a leitura de partitura, que é a escrita musical, Pedro diz que dentro das manifestações populares costuma acontecer de músicos geniais não conhecerem nada de partitura, mas que honradamente fazem parte do grupo de resistência da música popular de elevado nível cultural, não tendo menos importância do que aqueles que lêem partitura, porque estudaram teoria musical alguma vez na vida.

— Esse músico ocupa um lugar dentro da cultura musical popular, independente de ler ou não partitura, porque quando ele é bom, é bom. Assim também acontece com a poesia, por exemplo, se observamos um poeta de cantoria popular, que sabe improvisar os versos, vemos que ele possui um vocabulário muito extenso, rico. Tem a capacidade de criar, instantaneamente, versos de uma riqueza lírica, de uma beleza muito grande. Sendo assim, ele não é menos poeta do que o outro que estudou, mesmo que seja analfabeto. A poesia está viva nele. Conhece as palavras e sabe usá-las, assim como o músico que não lê partitura e sabe usar as notas musicais, melodias e harmonias, perfeitamente — explica Pedro.

— A nova geração do choro é composta, em sua maioria, por pessoas que lêem partitura, alguns até com formação universitária em música, mas grande parte dos músicos que tocam choro, até hoje, não conhece partitura. Muitos têm outras profissões para sobreviver e tocam em bares do subúrbio, nas pequenas rodas de choro, em encontros informais nos fins de semana. E isso faz parte da própria história do choro. Consta que os primeiros chorões, no início do século 20, eram funcionários públicos, que se encontravam para tocar com amigos — acrescenta.

— Existem músicos fabulosos que não conhecem partitura, ou conhecem muito pouco desse assunto. Dominguinhos do Acordeom, por exemplo, não conhece teoria musical, pelo menos profundamente, no entanto, ouvimos pessoas que entendem muito de partitura, que lêem e escrevem música maravilhosamente bem, falarem com admiração do seu trabalho, chegando a chamá-lo de gênio e profundo conhecedor de música. Seu trabalho é sempre inovador e de muita qualidade. Continua.

Segundo Pedro, o músico que não lê partitura pode e deve se sindicalizar, não subestimar os seus conhecimentos e ir à luta em defesa de sua categoria e das manifestações culturais verdadeiramente brasileiras e democráticas:

— No momento, o Sindicato dos Músicos do Rio de Janeiro não é forte, mas acredito que a culpa é nossa, dos músicos, porque não devemos abandonar o sindicato só porque ele não está atendendo às nossas questões, mas fazer uma chapa e tentar mudar essa situação. Ele, teoricamente, é um fórum para discussão de matérias ligadas ao músico e nós temos que nos fazer representar. O sindicato não é um 'paizão'. Nós mesmos é que temos que nos mobilizar para defendermos a nossa categoria —, defende.

No momento, além das aulas de choro e as apresentações pelo Brasil, Pedro prepara um disco com músicas que falam de aspectos da cultura afro-brasileira. Esse disco, que deverá sair até a metade deste ano, é resultado de uma parceria com Paulo César Pinheiro, nas letras e nas músicas.

— Eu acho que vou cantar a maioria das músicas, mas o Paulinho deverá cantar algumas também, explica.

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