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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Braguinha foi o arquiteto das músicas de carnaval
Há cinco anos perdíamos um dos grandes compositores na música popular brasileira. João de Barro ou Braguinha foi autor de grandes clássicos do carnaval.
Por Marcos Aurélio Ruy*
Braguinha em copacabana, Rio de Janeiro / foto: Guto Costa
Quando em 1931 Carlos Alberto Ferreira Braga entrou para o curso de arquitetura da Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro adotou o pseudônimo de João de Barro, justamente o pássaro arquiteto. O apelido foi adotado também para não desgostar ao pai que não desejava ver o nome da família vinculado ao ambiente da música popular, na época visto como um ambiente de marginais, malandros, negros, pobres. Mas os tempos mudaram, embora o racismo persista.
Braguinha nasceu em 26 de março de 1907, no Rio de Janeiro e viveu a adolescência em terras de Noel Rosa, na Vila Isabel, portanto, a música popular atingiu cedo o garoto que se transformaria no “poeta do carnaval” brasileiro. Integrou o Bando dos Tangarás, ao lado de Noel Rosa, Alvinho e Almirante. Tornou-se célebre e emplacou grandes sucessos nos carnavais das décadas de 1930 e 1940. Foi ele também que, em 1937, escreveu a poesia para o samba-choro “Carinhoso”, feito 20 anos antes por Pixinguinha. Gravado inicialmente por Orlando Silva, “Carinhoso” se transformaria numa das canções mais executadas da MPB em todos os tempos.
Em suas cerca de 500 canções gravadas há inúmeros clássicos inesquecíveis que são executadas ainda hoje, principalmente no carnaval. Quem nunca entoou “As Pastorinhas”, composta em parceria com Noel Rosa em 1934, também uma das músicas mais executadas e conhecidas da MPB. Outros grandes clássicos do autor estão na memória popular como: “Pirata da Perna de Pau”, “Chiquita Bacana”, “Touradas de Madri”, “A Saudade Mata a Gente”, “Balancê”, “Turma do Funil”, “O Amor é um Bichinho” e inúmeros outros clássicos. Também fez músicas infantis.
Sua primeira gravação consta de 1929 e a última de 2000. João de Barro ou Braguinha morreu em 24 de dezembro de 2006, três meses antes de completar 100 anos de uma vida dedicada à música e a cultura popular. O “poeta do carnaval” vive, porém, na memória dos brasileiros, apesar da indústria cultural favorecer apenas o imediato suas obras insistem em permanecer como símbolos de uma resistência. Muitos cantores gravaram suas músicas como Dick Farney, Lúcio Alves, Paulinho da Viola, Caetano Veloso e Gal Costa, Elizeth Cardoso, Silvio Caldas, Orlado Silva, Marisa Monte, entre muitos outros.
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