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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Cinema Icaraí agora é oficialmente da UFF e de Niterói




Reitor e prefeitura compram imóvel, que vai abrigar sala de projeção, a sede da Orquestra Sinfônica Nacional da universidade e da nova Companhia de Dança

Foi assinado nesta terça-feira o convênio de colaboração entre a Prefeitura de Niterói e a Universidade Federal Fluminense (UFF) com a finalidade de transferir o Cinema Icaraí para a universidade. O local será a sede da Orquestra Sinfônica Nacional (OSN) da UFF e também da nova Companhia de Dança da Cidade de Niterói. Ainda ontem, foi divulgado o decreto de desapropriação do imóvel.

O acordo foi assinado pelo prefeito Jorge Roberto Silveira e pelo reitor da UFF, Roberto Salles. Segundo o chefe do Executivo municipal, a negociação foi finalizada definitivamente e cerca de R$ 17 milhões serão pagos ao proprietário do imóvel, a construtora Koppex, de Fernando Policarpo. Deste montante, R$ 10,6 milhões serão provenientes da UFF, que teve a quantia disponibilizada pelo Ministério da Educação (MEC), enquanto a Prefeitura de Niterói será responsável pelo pagamento de aproximadamente R$ 6,5 milhões, que segundo o prefeito, já estão disponíveis no orçamento do executivo municipal.

“Para mim é uma satisfação pessoal. Há cerca de 20 anos eu tombei o Cinema Icaraí. Nós vamos preservar um dos imóveis referenciais da nossa cidade. Niterói tem uma ligação afetiva com o Cinema Icaraí. O prédio é emblemático, tem uma história que não se apaga”, concluiu o prefeito.

De acordo com o reitor da UFF, o Cinema Icaraí será um complexo cultural multiuso. A expectativa é de que a sala de projeção seja modernizada e continue exibindo filmes, além de servir como um espaço de apresentações culturais, sobretudo música e dança. Segundo Roberto Salles, a recuperação do imóvel será imediata e em um primeiro momento deverá ser feita pela construtora Koppex, que deve entregar o prédio nas devidas condições de uso. Vigilantes já foram disponibilizados e deverão ficar em frente ao prédio para evitar que a população de rua continue se abrigando em frente ao imóvel e para que não haja mais depredação do agora prédio público.

“Eu fico muito feliz que o ministro Fernando Hadad tenha sido sensível a esta questão tão importante para a população de Niterói, de São Gonçalo e de outros municípios no entorno e tenha disponibilizado o dinheiro para a compra do cinema. O Cine Icaraí agora pertence à população. Quem ganha com isso é a sociedade, a cultura e a arte”, completou Salles.

O dinheiro disponibilizado pelo Ministério da Educação (MEC) teria que ser utilizado até o dia 16 de dezembro e o momento da desapropriação foi crucial para o negócio. Se a negociação não fosse finalizada até o prazo, o montante teria de ser devolvido e o cinema não poderia mais ser adquirido pela universidade.

Histórico

A luta para que o prédio, fechado desde 2006, voltasse a funcionar plenamente teve participação também do secretário de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Rodrigo Neves. Em março de 2010, Rodrigo Neves, enquanto deputado, enviou a Indicação Legislativa de nº 4814 para o ministro da Educação, Fernando Haddad, solicitando a desapropriação do prédio e a transformação em espaço cultural.

“O objetivo da Indicação Legislativa, enviada em 2010, era preservar e redimensionar o funcionamento de um dos mais tradicionais espaços culturais de Niterói, o Cinema Icaraí, e também dignificar uma das principais orquestras brasileiras, a Orquestra Sinfônica Nacional (OSN) da UFF, orgulho da Universidade e de toda a cidade, que até então estava sem sala de concertos própria. Sinto-me extremamente orgulhoso de ter feito parte desse processo”, comentou Rodrigo Neves.

O Cinema Icaraí foi construído em 1941, em estilo Art déco e hoje é o último exemplar do estilo na cidade. No prédio funcionava uma sala de cinema com 811 lugares. Em 2008, foi tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac). O fechamento aconteceu em 2006 e desde então o prédio foi abandonado e está deteriorado. Atualmente, a entrada do imóvel, coberta por marquise, servia de abrigo para moradores de rua.

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