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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Em estreia no Rio, Chico Buarque dedica show a Niemeyer

6 de Janeiro de 2012




Em seu primeiro show do ano e de estreia no Rio, Chico Buarque dedicou a apresentação a Oscar Niemeyer que assistiu ao espetáculo, inteiro, na primeira fila no Vivo Rio, na noite desta quinta-feira (5). A dedicatória do show ocorreu já ao fim da apresentação e arrancou aplausos de pé do público. As luzes chegaram a se acender e um foco de luz foi “disparado” sobre o arquiteto de 104 anos.

O show teve plateia cheia de estrelas como a atriz Fernanda Montenegro e sua filha, Fernanda Torres, além de Renata Sorrah, Andréa Beltrão, Hugo Carvana, Cacá Diegues e também parte do clã dos Buarque de Holanda, como Miúcha e a ministra da Cultura e irmã de Chico, Ana de Holanda.

Mas, o “foco” de Chico estava sentado bem à sua frente. Sua namorada, a cantora Thaís Gulin, dividiu a mesa, na frente do artista, com alguns membros da família.

Quem esperava um raro Chico falante ficou na decepção. As poucas palavras do artista foram logo na primeira música Velho Francisco, quando ele agradeceu com um “obrigado meu grande Rio” e depois somente na homenagem a Niemeyer.

Chico começou o show com 25 minutos de atraso e seguiu a risca o setlist já anunciado pelo próprio site do músico, com canções novas como Querido Diário, aquela que fala da enigmática “mulher sem orifícios”, Essa pequena, Tipo um baião, Se eu soubesse e Sem você 2.

Mas o público começou a cantar junto mesmo foi com Bastidores. Depois do refrão “cantei, cantei” a plateia não parou mesmo de cantar junto com Chico, que ouviu um “lindo!” entre uma música e outra. Sem se deixar levar pelas “cantadas” do público – em sua maioria feminino – Chico sorria e seguia com as canções, sem dar mais conversa à plateia.

Em Sou Eu e Teresa da Praia, Chico faz um dueto com seu baterista, o sambista Wilson das Neves, que estava de terno branco e sapato bicolor. Ao contrário de Chico, todo vestido de preto.

O show traz Geni e o Zepelim acompanhada de iluminação que interage com a música, dando um ritmo mais teatral à apresentação. Aliás, a iluminação, de Maneco Quinderé, e o cenário, com pinturas de Cândido Portinari, de Helio Eichbauer, fazem um espetáculo à parte.

Na penúltima música, Chico traz um Cálice incompreendido pela plateia, com letra do músico paulistano Criolo. Demorou um pouco até o público entender que “Pai, afasta de mim a biqueira, pai” substituiu “Pai, afasta de mim esse cálice, pai”.

O show terminou com Sinhá, mas Chico voltou para o bis com Futuros amantes e O Grande Circo Místico, que levou parte do público para a cabeceira do palco. Quem se aventurou em se debruçar no palco ganhou surpreendentes tapinhas nas mãos do tímido, mas já descontraído, Chico Buarque.

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