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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Escritores brasileiros agradecem Prêmio Casa das Américas

Os escritores brasileiros Marcus J. M. de Carvalho, Flavio Gomes e João José Reis agradeceram hoje o prêmio Casa das Américas para sua obra O Alufá Rufino: Tráfico, escravatura e liberdade no Atlântico negro (1822-1853).


A obra, que narra a escravatura no Brasil e África, mereceu a máxima distinção na categoria de literatura brasileira do 53 Prêmio Literário Casa das Américas 2012, recentemente efetuado em Cuba.

Em resposta à Prensa Latina via internet, os três escritores coincidiram em agradecer a distinção, e, particularmente, Marcus considerou "uma imensa honra receber este importantíssimo prêmio".

"Guardarei este momento com muito orgulho e carinho, pois é importante destacar que este livro foi em boa parte um fruto acadêmico da amizade pessoal e de respeito mútuo entre nós três", indicou.

Ele ressaltou que "por causa da pesquisa - que como aventura intelectual é também uma aventura pessoal - encontramos uma personagem (Rufino), cuja vida nos permitiu visualizar uma série de processos da história social do mundo escravista".

Marcus relatou a coincidência de que Rufino tenha estado em Salvador, onde vive João; no Rio de Janeiro, onde vive Flavio, e em Recife (Pernambuco), onde reside ele.

Por sua vez, Flavio afirmou que o prêmio Casa das Américas é muito significativo por sua dimensão, importância, prestígio e tradição literária, sobretudo para os países da América Latina e Caribe. "Estamos felizes e honrados", comentou.

"Através de uma investigação de mais de uma década, reunindo documentos de coleções e arquivos de vários países, nosso objetivo foi apresentar uma reflexão ampla sobre as experiências da diáspora africana a partir da escravatura, da liberdade e do trânsito atlântico dos navios negreiros", declarou.

"A história de Alufá Rufino clareia as possibilidades de entender ações, pensamentos, religiões, dilemas, identidades, opções e conflitos dos africanos escravizados nas Américas no século 19", afirmou Flavio.

De seu lado, João manifestou que "foi com alegria que recebemos a premiação, a Casa das Américas representa uma das principais, senão a principal, instituição que se dedica à integração de intelectuais, escritores e acadêmicos da América Latina".

Exaltou que a instituição cubana realiza essa integração sem censura ideológica e política, e com um espírito de promoção da cultura dos povos latino-americanos. Segundo ele, "foi uma honra receber o reconhecimento por nosso trabalho e pelo que o prêmio representa".

De acordo com ele, a obra pretende apresentar e esclarecer a complexidade da escravatura no Atlântico Sul, em meados do século 19, usando como guia uma personagem muito original, um africano muçulmano, escravo no Brasil, que consegue comprar sua liberdade.

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