Roda de teatro de rua: espaço para a população falar sobre o que a aflige, e discutir essas questões
Coletivo pernambucano de teatro popular, há 32 anos o Vem Cá Vem Vê abre espaço para a população falar sobre o que a aflige, e procura discutir essas tais questões em seus espetáculos. Teatro de rua desde a sua criação, o grupo também se apresenta em outros espaços quando convidado, acreditando que o importante é fazer teatro e levá-lo para o maior número de pessoas, usando-o como lugar de conscientização da realidade e discussão do que se pode mudar.
— Teatro de rua é uma das manifestações mais antigas da cultura popular, algo bem próximo de povo. O grupo nasceu aqui na Vila do Buriti, que faz parte do bairro Casa Amarela, em Recife, a partir de uma organização de dez jovens inconformados com a situação política, social e econômica, tanto do país como da nossa cidade, envolvendo problemas de habitação, saúde, saneamento, tudo que havia aqui na Vila — conta Alexandre Menezes, ator e diretor do Vem Cá Vem Vê.
— O nome do coletivo surgiu na primeira apresentação, de forma espontânea, ao chamar as pessoas para nós, dizendo: 'vem cá vem ver, vem cá vem ver teatro'. Alguém questionou qual seria o nome do grupo e o ator que estava chamando o povo disse: 'Ah, o grupo é Vem Cá Vem Vê'. E acabou agradando a todos e ficando, até porque a vontade era e é mesmo essa: convidar a população para a arte, a discussão, o questionamento, a luta pelas mudanças — define.
— O coletivo se tornou um lugar de encontro, de amizades, um espaço para se falar o que pensa. Até porque na verdade sempre discutimos o que aflige a nós mesmos, porque também somos povo — fala, acrescentando que nasceu e mora até hoje em Guabiraba, comunidade que também faz parte do bairro Casa Amarela.
Segundo Alexandre, o grupo tem funcionado como uma espécie de escola de teatro.
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