Rosa Minine |
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Empenhado na valorização da música regional, o gaúcho Gilberto Monteiro é um dos mais importantes tocadores da gaita de oito baixos, nome gauchesco da sanfona do Nordeste e parte de São Paulo, e do acordeon dos demais estados brasileiros. Compositor, Gilberto é o autor da famosa Milonga para as missões e participa do projeto Sonora Brasil — Sotaques do Fole, ajudando a divulgar a música popular cultural brasileira.
— Sou natural de Santiago do Boqueirão. Parte da minha família é oriunda do Uruguai e se mesclou aqui com a família brasileira. Eles eram músicos também. Minha bisavó paterna tocava piano para gente importante na época, 1860/70. Minha avó e outros familiares também tocavam piano, mas não profissionalmente. Era uma gente totalmente voltada a vida no campo — fala Gilberto.
— Acabei sofrendo influência e automaticamente, desde piá, com cinco anos de idade, comecei a manusear meu instrumento. Além da gaita de oito baixos, sempre gostei do violão e faço algumas coisas nele também. Mas meu sonho era ser piloto de avião, por isso nunca me imaginei que seria profissional de música um dia —comenta.
— E até acabei voando mesmo, mas foi um dia que andava a cavalo e meu irmão puxava no laço, e acabei voando um pouquinho (risos). Mas foi coisa de piá, de guri mesmo — brinca, acrescentando que o piá e guri significam menino na região sul do Brasil.
Tocando informalmente, Gilberto acabou convidado para representar o Rio Grande do Sul em uma festa de música no Parque Anhembi, em São Paulo.
— Foi meu primeiro contrato profissional. E fui seguindo minha carreira tocando e compondo também, sempre muito tranquilo, caseiro, porque não gosto de muita farra. Aprecio mais ficar em casa, fazer um mate e receber meus amigos —confessa.
— A primeira música que compus foi uma milonga, a Milonga para as missões, hoje gravada por Renato Borghetti e muitos outros músicos do Rio Grande do Sul e outros estados. Tenho também uma canção, que se chama Para ti guria, e outra chamada Prelúdio para um beija-flor, outro tema bem cancioneiro — define.
— Tenho também muitas outras que são bem conhecidas. Componho na gaita e no violão também, e toda hora estou compondo alguma coisa. As letras, prefiro que alguém coloque para mim — diz.
Em suas apresentações, Gilberto costuma levar dois violonistas e um percussionista.
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terça-feira, 2 de outubro de 2012
A música gaúcha no fole
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