Agradecemos a marca de 1000 visitas

Agradecemos a marca de 40.000 visitas

No nosso blog: Brasileiros, Norte Americanos, Portugueses, Canadenses, Russos, Ingleses, Italianos, Eslovenos, enfim, todos que gostam da cultura Brasileira e que tem nos acompanhado.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Fomentando a arte de rua

Rosa Minine   
Misturando as traquinagens de palhaços com a arte do teatro de rua, surgiu a trupe Artes e Traquinagens dentro do universo do espetáculo potiguar. Usando elementos circenses, da Commedia Dell'Arte e dos folguedos populares do Rio Grande do Norte, o grupo segue no objetivo de retomar a prática de espetáculos em espaços abertos em Natal.
http://www.anovademocracia.com.br/107/12b.jpg
A Trupe Arte e Traquinagens leva espetáculos a ceu aberto pelas ruas de Natal, RN
— Formamos o Artes e Traquinagens em 2000 incorporando toda a experiência de uma longa trajetória no cenário do teatro aqui do estado, porque todos somos remanescente do Alegria, Alegria, um grupo de teatro de rua daqui, que durante as décadas de 80 e 90 foi formador de uma grande plateia para o teatro de rua no estado — conta João Pinheiro, um dos atuadores do grupo.
— O Alegria, Alegria ainda encontra-se em atividade, mas naquele momento essa arte estava meio estacionada por aqui, poucos grupos tinham a iniciativa de ir para a rua. Assim resolvemos sair e dar continuidade ao trabalho em outro grupo, ajudando na agitação no cenário por aqui — explica.
— Estávamos inquietos com a falta de uma política cultural que nos possibilitasse realizar um trabalho constante na prática do teatro de rua, e com muita vontade de avançar nas pesquisas para criar outras possibilidades para o teatro — continua.
http://www.anovademocracia.com.br/107/12c.jpg
O grupo começou investindo no teatro popular, trabalhando em cima das festas populares, folguedos.
— Nosso primeiro espetáculo As traquinagens de Mateus e Catirina, envolveu na sua temática o nosso folclore, que é o boi de reis, bem comum aqui. Esses personagens aparecem em manifestações diferentes, porque cada lugar tem o seu folclore, existe uma diversidade de festas populares — expõe João.
— Por exemplo, o Mateus e Catirina aparecem no maracatu de Pernambuco. Aqui não temos maracatu, o nosso é o boi de reis, o pastoril, os negros do rosário, e outros. O nosso boi de reis difere um pouco do boi de reis do Maranhão na sua musicalidade, historia e estrutura, e por aí vai. Nossa ideia era e é trabalhar com as coisas daqui, bem regional mesmo — continua.
http://www.anovademocracia.com.br/107/12d.jpg
— A partir desse primeiro montamos outros. Um deles foi o Xaranga do Riso, formado somente de palhaços, todos músicos e cantores. Fizemos uma retrospectiva das músicas infantis que hoje em dia não são mais tocadas nas televisões e nos rádios — conta.
Depois desse primeiro espetáculo a Xaranga do Riso acabou se tornando um musical permanente, dentro do Artes e Traquinagens.
— Existiam quatro componentes no grupo com formação de palhaço e por conta disso resolvemos fazer o espetáculo. Hoje são esses que tocam a Xaranga, sendo eu um deles, palhaço Xaréu. São quadros circenses e músicas. A outra parte do grupo faz o teatro em si, da Commedia Dell'Arte, dos bonecos, do nosso folclore e toda experiência que adquirimos na rua — relata João.

EXPERIMENTOS COM ARTE

— Não seguimos a risca uma linguagem especial, estamos sempre fazendo experimentos. Montamos o Dona Fauna da Silva Flora, falando sobre o meio ambiente, nossa preocupação com o tema. Entramos também na área da saúde com alguns espetáculos e esquete. Depois montamos A companhia burlesca de repertório, uma criação coletiva, com 1 hora de duração, totalmente voltada para rua — diz João.
— Fala da trajetória de um grupo itinerante de teatro de rua que nasceu nas artes circenses e Commedia Dell'Arte. É o nosso espetáculo atual, mas também apresentamos os outros quando nos convidam. Entre outras, participamos de festivais, congressos, seminários, caravana ecológica. E nos apresentamos com a Charanga do Riso em aniversários, sindicatos, atividades e eventos diversos —comenta.
http://www.anovademocracia.com.br/107/12e.jpg
O grupo é formado por: João Pinheiro, Kátia Dantas, Águeda Ferreira, Clara Pinheiro, Alex Ivanovich, todos da época da fundação, e Chicó do Mamulengo.
— Ocupamos por alguns anos um prédio, então abandonado, da Universidade Federal do Rio Grande Do Norte. Além de nós, muitos outros grupos também ocuparam o espaço, inclusive o Alegria, Alegria. Porém, em 2009 a universidade conseguiu junto à justiça que desocupássemos o espaço. A partir daí alugamos o espaço aqui no bairro do Alecrim — conta João.
— Passamos alguns perrengues por conta da antiga administração da prefeitura daqui que não investiu em cultura e não pagou as apresentações que fizemos para eles. Além disso, ganhamos uns editais do governo do estado e também não recebemos. Porém, atualmente conseguimos nos tornar o ponto de cultura 'Mão nas artes', o que tem nos ajudado — continua.
— Uma das finalidades do ponto é tentar contribuir com a formação artística dos cidadãos. Já conseguimos realizar uma oficina de iniciação de teatro de rua envolvendo a comunidade daqui do bairro do Alecrim, onde estamos instalados, um dos mais populosos de Natal, e esse ano estamos desenvolvendo uma oficina de bonecos. Também é nosso objetivo agora montar um novo espetáculo, já estamos estudando para isso — conclui João Pinheiro.
Os contato do grupo são artes_e_traquinagens@yahoo.com.br e (84) 3653-5628.

Nenhum comentário:

Postar um comentário