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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Mostra.de.Cinema.Mundo.Árabe

 
  Foto: Divulgação (Cena do documentário 5 Câmeras Quebradas)

Mostra de cinema Mundo Árabe ocorre em São Paulo e no Rio


A 8ª Mostra Mundo Árabe de Cinema apresenta produções que retratam a diversidade cultural, social e política dos países árabes e o diálogo entre os cinemas árabe e latino.


A seleção de documentários e ficções ficará em cartaz de 15 de agosto a 16 de setembro, no CineSesc e no CCBB, em São Paulo, e no CCBB, no Rio de Janeiro. Destaque para os egípcios “52/25”, de Ahmed Medhat, e “À Sombra de Um Homem”, de Hanan Abdalla, que virá ao Brasil para a Mostra, além do palestino “5 Câmeras Quebradas”, que concorreu ao Oscar de melhor documentário e cujo diretor, Emad Burnat, também marcará presença nesta edição, juntamente com seu filho, protagonista do filme. A Mostra trará ainda Edgardo Bechara, produtor executivo do Latin Arab Film Festival (LAIFF) em Buenos Aires, e o ator Nabil Asli, protagonista de “O Arrependido” e “Normal!”, além de promover a pré-estreia nacional de “A Última Estação”, de Marcio Curi, com a presença do diretor.

O Instituto da Cultura Árabe - ICArabe promoverá, de 15 de agosto a 16 de setembro, a 8ª Mostra Mundo Árabe de Cinema, apresentando produções que retratam a realidade política, social e cultural dos países árabes e filmes brasileiros e de outros países latino-americanos com temática relacionada à cultura árabe. São cerca de 20 títulos dos Emirados Árabes, Palestina, Argélia, Líbano, Egito, Marrocos, Kuwait, Qatar e Iraque, além de produções latinas da Argentina e da Espanha, entre outras.

Com curadoria de Soraya Smaili e Geraldo Adriano Godoy de Campos, Diretor Cultural do Instituto, a 8ª Mostra Mundo Árabe de Cinema está dividida em duas sessões especiais:

- “Sessão Mundo Árabe” – com a colaboração de parceiros como a Casa Árabe da Espanha e diversos festivais de cinema árabe. Esta seleção traz produções de grande repercussão nos festivais nos últimos dois anos, além de filmes clássicos e inéditos no Brasil. Emad Burnat, diretor do documentário palestino “Cinco Câmeras Quebradas”, indicado ao Oscar este ano, e seu filho Jibreel, protagonista do documentário, Hanan Abdalla, diretora do filme egípcio “À Sombra de Um Homem”, e o ator Nabil Asli, protagonista de “O Arrependido” e “Normal!”, virão ao Brasil para a Mostra.

“Sessão Diálogos Árabe-Latinos”- produções brasileiras e latino-americanas com temática relacionada à imigração árabe, aos países árabes e sua relação com o Brasil e outros países latinos, possibilitando a identificação de paralelos entre a cultura árabe e a sociedade brasileira e latina, por meio do entendimento das influências trazidas pelos imigrantes árabes. Esta é uma parceria com o CineFertil e com o Latin Arab International Film Festival (LAIFF - Buenos Aires). Edgardo Bechara, produtor do LAIFF, será o convidado especial.

Produção brasileira tem pré-estreia
Na “Sessão Diálogos Árabe-Latinos” será promovida a pré-estreia nacional do filme “A Última Estação”, de Marcio Curi, com roteiro de Di Moretti. O filme, uma coprodução entre Brasil e Líbano, abriu o 45º Festival de Brasília de Cinema Brasileiro no ano passado (assista ao trailer em http://www.youtube.com/watch?v=tjQbzabmSSQ). Será uma sessão especial, com exibição em 35 mm. O diretor Marcio Curi e o roteirista Di Moretti participarão de um debate aberto ao público.
A história é baseada na trajetória de vida do libanês Tarik. Em meados dos anos 50, juntamente com o irmão mais novo, Karim, eles vêm ao Brasil e, já no navio, iniciam uma grande amizade com outros meninos árabes e sírios, que ao desembarcarem em terras brasileiras, acabam seguindo caminhos distintos.

Os anos se passam e, em setembro de 2001, após perder sua esposa, o velho Tarik decide cumprir algumas promessas. O muçulmano abandona tudo e resolve atravessar o Brasil, na companhia da filha Samia, em busca dos meninos que fizeram com ele a travessia, 51 anos antes.

A 8a Mostra Mundo Árabe de Cinema é realizada com a as parcerias estruturais do Centro Cultural Banco do Brasil, do CineSesc e da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, com apoio da Cinemateca da Embaixada da França e da BrasilPrev e apoio institucional da Secretaria da Cultura do Município de São Paulo.

Em 2013, a Mostra Mundo Árabe de Cinema reafirma-se na cena cultural de São Paulo como o evento de maior representatividade da nova produção cinematográfica árabe. “Vivemos um momento em que o Mundo Árabe e o mundo passam por transformações e há enorme interesse da sociedade brasileira em conhecer esta cultura e a recente e inovadora produção cinematográfica destes países. Além disso, o Brasil se destaca pelas relações comerciais e culturais com os países árabes e pelo grande contingente de brasileiros descendentes que vivem aqui”, destaca Soraya Smaili, curadora da Mostra.

Para o curador e Diretor da Mostra, Geraldo Adriano Godoy de Campos, "a produção cinematográfica nos países árabes é um convite a conhecermos sociedades complexas e diversificadas, rompendo estereótipos e visões reducionistas. A Mostra pretende contemplar esta diversidade. Os processos de transformação no Mundo Árabe estão revelando o papel central da arte, não somente do cinema, mas do Graffiti, da música, com novas expressões estéticas de sociedades que estão buscando se redefinir".

Sintonia com as mudanças no Mundo Árabe
Em 2011 ocorreram diversos levantes populares nos países árabes que resgataram o sentimento de transformação e despertaram a atenção de todo o mundo. A chamada “Primavera Árabe”, que teve início na Tunísia, revelou um movimento de jovens de diversas nacionalidades ávidos por mudança, democracia e justiça, evidenciando a proximidade de expectativas da juventude árabe com as de outros países do Ocidente e Oriente.

Este movimento certamente influenciou a programação de diversas mostras de cinema realizadas no mundo. Entre elas esteve a 6ª Mostra Mundo Árabe de Cinema, promovida pelo ICArabe em 2011, que despertou grande interesse no público brasileiro. Durante o evento foi possível mostrar que o Cinema Árabe tem uma história longa e que continua em intensa atividade, lançando novas obras, diretores e movimentos.

Na 7ª Mostra Mundo Árabe de Cinema, em 2012, o ICArabe trouxe ao Brasil uma seleção de filmes que integraram a Mostra Mapeando a Subjetividade: cinema experimental árabe dos anos 60 até os dias atuais, sob curadoria de Rasha Salti e Jytte Jensen. Esta seleção foi composta filmes raros e atuais, além de produções premiadas em festivais árabes e internacionais, como o de Cannes, de Doha e de Abu Dhabi. Muitas apresentaram novos diretores cujo talento já é reconhecido pelo movimento intelectual dos países árabes. Grande parte desses filmes era desconhecida no Ocidente e comprovaram, em países como os Estados Unidos e o Brasil, o vigor do Cinema Árabe também em sua arte e o talento experimental.

Com a 8ª Mostra Mundo Árabe de Cinema, o ICArabe apresenta ao público brasileiro um panorama abrangente, neste momento em que os países árabes reafirmam seu desejo por mudanças e suas sociedades buscam reinventar-se. O espectador terá a oportunidade de conhecer produções realizadas durante o período das revoluções que vêm concentrando as atenções do mundo nos últimos anos e filmes produzidos no período em que esses movimentos estavam prestes a explodir, produções que retratam cenários que culminaram nessa ebulição social e reflexões acerca sobre o momento vivenciado. Destaque para o documentário egípcio “52/25”, de Ahmed Medhat, que será exibido no Brasil pela primeira vez. A produção, de 2013, foi selecionada para o Festival de Ismailia, no Egito. Compara 1952 e 2011 no Egito, sob a ótica dos acontecimentos políticos revolucionários e aborda o papel da Irmandade Muçulmana e do conselho militar.

Outra produção inédita é “À Sombra de Um Homem”, documentário da diretora Hanan Abdalla em que quatro mulheres de diferentes origens culturais e gerações, durante as mudanças no Egito em revolução, refletem sobre sua busca para determinar seus próprios destinos (assista o tralier http://www.dohafilminstitute.com/filmfestival/films/in-the-shadow-of-a-man).
E ainda o palestino “5 Câmeras Quebradas”, consagrado em diversos festivais do mundo, como o Sundance e o Festival de Jerusalém, e indicado ao Oscar de melhor documentário. Trata-se de um extraordinário trabalho de ativismo cinematográfico e político, um relato pessoal, em primeira mão, da resistência não-violenta na Palestina, feito por um agricultor palestino que comprou sua primeira câmera em 2005 e passou a usá-la como arma de protesto para tentar conservar suas terras contra o estabelecimento dos judeus israelenses.

Curadoria
Soraya S. Smaili
Reitora da Universidade Federal de São Paulo. Graduada pela USP, fez mestrado e doutorado pela Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Medicina e pós-doutorado na Thomas Jefferson University e no National Institutes of Health (NIH), EUA. Secretária Regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Já atuou em várias atividades científicas e culturais junto à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Participou da fundação do Instituto da Cultura Árabe tendo sido a primeira presidente. Desde 2005 passou a organizar e realizar a curadoria das mostras de cinema do Instituto da Cultura Árabe, entre outras atividades. Realiza a Curadoria Cultural das Mostras de Cinema Árabe e das Mostras de Fotografia.

Geraldo Adriano Godoy de Campos

Diretor Cultural do Instituto de Cultura Árabe. Professor do curso de Relações Internacionais da ESPM e membro do Grupo de Pesquisas sobre Mobilidades na mesma instituição. Mestre em Ciências Socias pela PUC-SP. Atua como produtor cultural.

Produção Executiva

André Albregard
Possui Graduação em Relações Internacionais, pela ESPM-SP (2007-2010), com Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) sobre a internacionalização da Música Popular Brasileira. Cursa o Filmworks (Curso Técnico em Direção de Cinema) da Academia Internacional de Cinema (AIC) e dirigiu curtas metragens independentes.
Atua na produção de eventos ligados a cinema, como mostras e exibições comentadas de filmes.

O cinema derrubando barreiras

A ideia de apresentar filmes e produções árabes e debatê-los permeia toda a trajetória do Instituto da Cultura Árabe, que questionou, desde seu início, onde estavam as produções de cinema árabes: inexistentes ou simplesmente ausentes do público brasileiro? Percebeu-se que se tratava da segunda alternativa. Havia diversos filmes, uma intensa produção cinematográfica e o ICArabe investiu na busca dessas produções.

As mostras do ICArabe são organizadas pelo Núcleo de Cinema do Instituto e vêm aproximando o público brasileiro da cultura árabe com exibição de filmes inéditos e encontros com convidados internacionais.

Fonte: Assessoria de Imprensa do ICArabe

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