Na noite desta segunda-feira (7), dois atos, um no Rio de Janeiro e outro em São Paulo, tiveram como motivo apoio à greve dos professores no Rio e contra a truculência da polícia carioca. Milhares de pessoas saíram às ruas em protestos que começaram pacíficos, mas culminaram em atos violentos.
Pablo Vergara/Brasil de Fato
Em São Paulo, os protestos ocorreram na Avenida Paulista e em frente ao Teatro Municipal, no Centro; os manifestantes apoiavam ainda a greve de alunos da USP, que defendem eleições diretas para reitor. O ato, segundo o Diretório Central dos Estudantes (DCE) Livre, faz parte de um calendário de mobilização, que prevê manifestações até quinta-feira (10), quando será realizada outra assembleia de estudantes.
Sindicalistas, estudantes e representantes de movimentos sociais se juntaram aos professores na mobilização do Rio de Janeiro.
De acordo com informações das agências de notícias, os manifestantes cantavam paródias contra os governadores Geraldo Alckmin de SP e Sergio Cabral, do Rio.
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Em São Paulo, a confusão começou quando manifestantes jogaram bombas contra policiais. Alguns ativistas atearam fogo em objetos e fizeram barricadas na Avenida Ipiranga e na Rua Barão de Itapetininga. Até o fim da noite, destruíram orelhões, bancas de jornal e agências bancárias. Também houve depredações contra ônibus e viraram um carro policial. Alguns ativistas mascarados usaram pedras, metais e madeira para quebrar vidraças de agências bancárias e lojas. A polícia interveio e dispersou a manifestação. Ao todo, sete pessoas se feriram (quatro delas PMs) e nove acabaram detidas, conforme apurou a Agência Brasil. Ato a favor de professores pretende reunir 1 milhão no Rio
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Manifestação no Rio
Já no Rio de Janeiro milhares de pessoas seguiram o protesto dos professores estaduais e municipais, que lutam por melhores estruturas no plano de carreira e condições de trabalho. Eles reivindicam também aumento salarial e salários unificados. A manifestação também foi crítica em relação à truculência da Polícia Militar, que na última semana agiu com violência contra os educadores.
Os professores do Rio estão em greve desde o dia 8 de agosto. A categoria também é contrária à proposta de reajuste do governo. Estima-se que a greve conta com uma aderência de 81% das escolas da rede municipal.
Sindicalistas, estudantes e representantes de movimentos sociais se juntaram aos professores na mobilização, que começou na Praça da Candelária e reuniu cerca de 10 mil pessoas, de acordo com a PM. Cifra que muda bastante segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ), que estimou mais de 50 mil pessoas na manifestação.
A marcha terminou em confusão após a tentativa de um grupo de pessoas de invadir a Câmara dos Vereadores. Por volta das 20 horas, manifestantes mascarados tentavam arrombar a entrada lateral da Câmara Municipal. Nesse momento, o protesto estava divido em dois: um movido pelos professores, em frente à casa legislativa. Outro, por ativistas Black Blocs, que tentavam invadir o prédio. Após o início do tumulto, professores deixaram a Cinelândia por não concordarem com o protesto violento.
Durante a Conferência Municipal do PCdoB no Rio de Janeiro, no último final de semana, o Partido aprovou uma moção em apoio à greve dos profissionais da educação, destacando os ataques à democracia e à luta do povo.
Da Redação do Vermelho,
Com informações de agências de notícias
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