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domingo, 3 de novembro de 2013

Berço do samba, Madureira é sinônimo de alegria e de tradição cultural


Bairro cantado em verso e prosa por diversos nomes daMPB é classificado como rico quando o quesito é cultura. Seja na vocação para berço do samba ou para ser o segundo maior polo comercial da cidade, Madureira carrega o verdadeiro espírito do subúrbio carioca. 

Confira o roteiro para você curtir os pontos mais importantes do bairro:
Escolas de Samba
Em 1910, Madureira já respirava carnaval e alguns blocos já faziam parte do cotidiano da região. Na década seguinte, o bairro ganhou sua primeira escola de samba  -Prazer da Serrinha-, que mais tarde, em 1947, se tornaria a atual agremiação Império Serrano. Hoje a sede da escola fica na Avenida Ministro Edgard Romero, umas das mais movimentadas da região, bem ao lado da Estação Mercadão de Madureira. O Império Serrano é uma das escolas mais tradicionais da cidade e já foi campeã do carnaval carioca nove vezes. Belíssimos sambas coroam a história da verde e branca como “AquarelaBrasileira”, “Heróis da Liberdade” e “Bumbum Paticumbum Prugurundum”.
Outra escola natural do bairro é a Portela, conhecida como “A Majestade do Samba”, é uma das escolas que deram origem ao carnaval carioca. Foi fundada em 1923, em Oswaldo Cruz, e só em meados da década de 1930 passou a se chamar Portela; com o tempo também se mudou para Madureira onde está até hoje. Na quadra da azul e branca você se sente em casa, mas chegue cedo. A feijoada e os ensaios da escola, que é a maior vencedora do carnaval carioca com 21 títulos, são bastante concorridos. 
Jongo da Serrinha
Antes mesmo do samba nascer e se popularizar, o Rio de Janeiro já era presenteado com outro ritmo. Em 1920 o Jongo chega à comunidade da Serrinha, quando famílias vindas de áreas rurais onde se praticava a dança – oriunda de regiões africanas - ocuparam o morro, trazendo ainda mais diversidade cultural a Madureira. Em pouco tempo, o jongo era o ritmo mais tocado no alto dos morros da cidade. Era comum os antigos sambistas das velhas guardas das escolas de  samba realizarem rodas de jongonas suas casas e vice-versa. Diferente do samba, o jongo era restrito ao ambiente familiar, por isso foi pouco divulgado.
Hoje, o morro da Serrinha é o único do Rio que conseguiu preservar e transmitir a tradição jongueira.
Muito desta preservação se deve ao grupo Jongo da Serrinha, responsável por levar o ritmo aos palcos cariocas. O grupo faz um trabalho de resgate da sua memória. Hoje eles se apresentam em diversas casas de shows da cidade como o Trapiche Gamboa e lançaram o segundo CD do grupo no Centro Cultural Justiça Federal. O “Vida ao Jongo” conta com participações de diversos cantores como Zeca Pagodinho e Sandra de Sá e tem composições de Paulo César Pinheiro, Wilson Moreira e diversos compositores do jongo, além de direção musical de Paulão 7 Cordas.
Baile Charme do Viaduto de Madureira
O hip hop e a black music também têm lugar em Madureira. No dia 19 de maio de 1990 acontecia o primeiro Baile Charme do Viaduto Negrão de Lima. Na primeira edição, os DJs residentes Markin New Charm, Kally e Loop recebiam os DJs Malboro, Fernandinho e Corello. Nesse dia, iniciava-se a história de um dos movimentos mais marcantes da cultura do bairro, assim como as escolas de samba da região e o jongo. O Viaduto Negrão de Lima, mas conhecido como Viaduto de Madureira, tornou-se centro de difusão da cultura popular negra na Zona Norte. Após 23 anos, o evento continua fiel à tradição, mas agora ao som dos DJs Michel, Fernandinho e Guto. Esse ano, o baile ganhou o título de “Bem Cultural de Natureza Imaterial” da cidade.
Feira da Yabás
Como diz Arlindo Cruz, Madureira “é bem perto de Oswaldo Cruz...”, e é por lá que acontece a Feira das Yabás. “Yabás”, “tias”, “barraqueiras”. Assim são chamadas as 16 cozinheiras que fazem parte do time. Desde 2008, a tradicional feira oferece gastronomia e roda de samba, na Praça Paulo Portela, em Oswaldo Cruz. O evento, que é mensal, acontece no segundo domingo do mês. A iniciativa foi do sambista Marquinhos de Oswaldo Cruz, que depois de promover o Trem do Samba e a Feijoada da Portela, decidiu juntar samba de raiz com comida negra carioca, e assim, nasceu a Feira das Yabás. O nome Yabá significa Mãe Rainha e define todos os orixás femininos. As mulheres são as principais figuras do evento, e nas 16 barracas espalhadas pela praça, elas preparam deliciosos pratos da cozinha brasileira, mas que levam uma pitada da culinária africana. É um convite à experimentação. 
Mercadão de Madureira 
Outra vertente expressiva de Madureira é o comércio. Passear pela mistura de cores e cheiros dos corredores do Mercadão de Madureira é ter a certeza que irá se surpreender com a quantidade de produtos dos mais variados tipos que se encontra por lá. É uma verdadeira experiência para os sentidos e não pode ficar de fora do seu roteiro. Ele é um ponto de encontro bem no coração do bairro e carrega o espírito carioca. O Mercadão de Madureira, além de ser um dos mais tradicionais e maiores do país, é considerado o mais completo da cidade e a sua história se confunde com a própria história do bairro. Em 2014 chega aos 100 anos. O polo de compras foi inaugurado como ponto de vendas de produtos agrícolas e, hoje, recebe cerca de 80 mil pessoas por dia. Elas vêm de todos os cantos e chegam cedo para aproveitar cada produto que o lugar oferece. São cosméticos, roupas, ervas, alimentos e muito mais. Perto de completar um século, o Mercadão tornou-se o mais novo Patrimônio Cultural do Povo Carioca, reconhecendo o espaço como uma das principais atrações da cidade.
Parque Madureira
Há pouco mais de um ano, Madureira e seus moradores receberam um presente. O Parque Madureira atrai cada vez mais visitantes para o bairro, que hoje conta com a terceira maior área verde da cidade. Durante a semana famílias inteiras vão ao lugar para fazer um simples piquenique na grama ou se refrescar nos chafarizes. As apresentações culturais também ganharam vez, artistas se apresentam na Arena Carioca batizada de Fernanda Torres e na Praça do Samba. A atração que mais chama o público para o Parque Madureira, talvez seja o esporte. Além das ciclovias, academias para idosos e das quadras poliesportivas, o parque conta com a melhor pista de skate do país. Batizado com o nome de um dos pioneiros do skate carioca, Jorge Luiz Souza, o Tatu. O Skate Park é o segundo maior do Brasil e conta com quase 4.000 metros quadrados, atendendo quase todas as vertentes do esporte. A pista foi feita pelos padrões nacionais e internacionais de skate e tem todas as credenciais para receber grandes eventos esportivos. Cada modalidade tem seu espaço, uma ladeira para os praticantes de Downhill, uma ampla área para street, com escadas, corrimãos e outros elementos urbanos que são utilizados como obstáculos pelos skatistas. Uma pista Bowl, em formato de piscina arredondada também foi construída no parque, que recebe em um mesmo lugar gente de todas as regiões e tribos com uma única finalidade: a diversão. 

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