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sábado, 2 de novembro de 2013

Fellini: há 20 anos o mundo ficava menos iluminado

Federico Fellini
Federico Fellini (1930-1993)

Em 31 de outubro de 1993, o universo perdia uma estrela e o mundo ficou menos iluminado. Federico Fellini deixou de viver, aos 73 anos de idade. Foi um grande cineasta; apresentou a alma dos italianos na telona ao mesmo tempo em que mergulhava profundamente na alma humana, levando o público a reflexões sobre o mundo, a sociedade, o indivíduo e tudo que se relaciona com a vida de todos. 


Por Marcos Aurélio Ruy


Fellini inovou a sétima arte com enquadramentos diferenciados e montagens antológicas. Por isso, sua obra jamais vai para o esquecimento, mas que permanece viva em diversos outros cineastas que influenciou. 

Os filmes de Fellini retratam a Itália e os italianos de maneira límpida e honesta. E por ser tão específico tornou-se universal e conquistou uma legião de fãs; sua magia, apresentada na telona, foram referência inclusive para filmes como o brasileiro O Palhaço (2011), de Selton Mello. Justamente na delicadeza demonstrada em observar a magia da vida na realidade específica, inserindo-a no contexto humano e universal.

Para o jornalista Goffredo Fofi ele “conseguia, sem esforço, transformar os nossos vícios em virtudes”. Já o também italiano Ítalo Calvino o definia como um “homem de múltiplas curiosidades intelectuais e humanas”, capaz de “relacioná-las para compor uma imagem do mundo com uma coerência interna e um sentido das causas do mistério”. E o crítico Gianni Volpi viu a obra de Fellini como o retrato de um mundo disforme, antes que deformado.

Fellini dirigiu obras que fazem parte da história do cinema e, mesmo 20 anos após sua morte, não perdem a atualidade. como Mulheres e Luzes (1950), Abismo de um Sonho (1952), Os Boas Vidas (1953), A Trapaça(1955), Noites de Cabíria (1957), A Doce Vida (1960), 8 ½ (1963), Satyricon (1969), Os Palhaços (1970),Amarcord (1973), Casanova (1976), Ensaio de Orquestra (1979), Cidade das Mulheres (1980), E la Nave Va(1983), Ginger e Fred (1985), A Voz da Lua (1990), entre tantos.... 

Marcaram a carreira de um dos maiores nomes do cinema mundial, que nasceu em Rimini, à margem do Adriático, em 20 de janeiro de 1920. “As cores da escuridão que vivem em mim, que vivem em nós”, disse Fellini sobre a sua obra, definindo o mergulho que empreendia no olhar do ser humano, mas com espectro do social nas vidas de todos. Pare ele, “a luz é tudo, o verdadeiro universo de expressão do cinema. É sentimento, ideologia, filosofia, adjetivação”. Essa assertiva muito presente em suas películas que se aproximavam da perfeição no casamento entre beleza estética e conteúdo, sempre preocupado em provocar reflexões. 

Federico Fellini, que foi casado com a também grandiosa atriz Giulietta Masina, sofria com as durezas da crise econômica da Itália e com a crescente concorrência exercida pela televisão e pelas novas tecnologias, que ameaçam o cinema. “Acho impossível aceitar que não exista mais, que seja fechada uma sala de exibição – onde as pessoas que saíram de casa se reúnem, se encontram, entram, sentam e aí a luz se apaga, um feixe luminoso parte e ilumina uma grande tela, e aparecem rostos enormes, que começam a falar”, reclamava. 

“Guerra” entre o tradicional e as inovações tecnológicas que, entretanto, é refletida em suas obras, que procuram um caminho para utilização das novas tecnologias, sem abandonar a Inteligência.



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