PARATY
Acontece amanhã, o coquetel de abertura da exposição sobre a vida e obra de Zé Kleber, grande poeta, músico e ator. O coquetel será às 20 horas, o Silo Cultural fica na Rua Dr. Samuel Costa, 12, Centro Histórico (Em frente à Casa da Cultura. EWA entrada é franca e a classificação é livre, a exposição pode ser vista de segunda a sexta-feira das 9 ao meio dia e das 13 as 18 horas, até o dia 20 de fevereiro.
Esta exposição já esteve aberta em outras ocasiões, mas desta vez seus painéis serão acompanhados por objetos pessoais do homenageado, como fotos, manuscritos e troféu Casimiro de Abreu - II Torneio Nacional da Poesia Falada.
José Kleber é filho de antigas famílias de Paraty, as famílias Martins, Almeida e Cruz. Após passar parte de sua infância e juventude em outras cidades, formou-se advogado e mudou-se para Paraty, onde advogou direito cível e criminal, ocupando por um tempo a função de promotor público.
Deu aulas no Ginásio Paratiense, onde se tornou o ídolo daquela geração por sua inteligência e dinamismo. Em razão de suas ideias revolucionárias, foi perseguido após a Revolução de 1964, sendo inclusive processado, porém absolvido.
Durante toda a sua vida, foi um boêmio inveterado, amigo de serestas, bailes e grandes farras. Nestes encontros, travou conhecimento com expoentes da literatura, música e artes plásticas que frequentavam Paraty. Ainda jovem, publicou no Rio de Janeiro seu primeiro livro de poemas -Praia do Sono, em que destaca a bucólica Paraty que conheceu.
O Valhacouto, um bar que abriu em Paraty, foi o “point” dos turistas até seu fechamento, e reunia a “nata” da intelectualidade paulista e carioca que aqui vinha. Este é o período mais fértil de sua criatividade literária, como as Odes e Elegias, e as canções até hoje cantadas pelo povo.
Participou de diversos filmes rodados na cidade, como Azilo muito louco, Memórias do Cárcere, contracenando Leila Diniz em Mãos Vazias, quase todos rodados em sua fazendo na Itatinga. Por um tempo afastou-se da vida urbana e passou a residir nesta fazenda, onde reunia os amigos e os “loucos”, hippies do tempo “faça amor, não faça guerra” e “sexo, drogas e rock and roll”.
Dono de uma memória extraordinária e de uma voz envolvente, era fã declarado dos poetas portugueses José Régio e Fernando Pessoa, de quem declamava imensos e belos poemas, intercalados às suas canções e baladas. O hino extra-oficial da Cidade é de sua autoria. Nos carnavais ainda se executam suas marchas ranchos, conhecidas por todos
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