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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Marta levanta possibilidade de cultura receber parte dos recursos do pré-sal

Agência Brasil

A ministra da Cultura, Marta Suplicy, disse hoje (3) que todos os pedidos de mais políticas públicas feitos pelos grupos culturais que atuam no país são imprescindíveis. Ao abrir o Encontro Nacional de Culturas Populares e Tradicionais, a ministra destacou o papel desses grupos no fortalecimento da cultura e do patrimônio imaterial do país, mas admitiu que será uma luta colocar tudo em prática, porque os recursos destinados à pasta são sempre mais escassos do que para outros setores.
“Com essa união dos grupos, poderemos ter um avanço no Congresso Nacional", disse Marta, lembrando que é preciso ter uma boa estratégia. Segundo ela, a cultura geralmente é "o patinho feio", porque nunca sobram recursos. "No ano que vem, teremos menos, mas, para a cultura popular, vamos manter”, garantiu a ministra.
Marta levantou a possibilidade de pleitear no Congresso Nacional que seja destinada à cultura parte dos recursos do pré-sal. “A cultura é a identidade de um povo e, na medida em que oBrasil hoje tem outro papel internacional, precisamos de outra presença, além da identidade do futebol e do carnaval." A ministra explicou que a ideia de pedir mais dinheiro do pré-sal ainda é embrionária, mas ressaltou que, com o apoio da cultura de raiz, que é forte e desprezada financeiramente, há possibilidade de se obter uma fatia maior dos recursos.
Ela disse que deputados e senadores têm sensibilidade para isso. “Tanto é que temos conseguido aprovar todas as leis de que precisamos. Em um ano, aprovamos o Sistema Nacional de Cultura, o vale-cultura, a fiscalização do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), o Cultura Viva. Foi muita coisa, e havia itens tramitando há oito anos”, ressaltou.
Moradora da Ilha de Marajó, no Pará, a conselheira do Patrimônio Imaterial Edna Marajoara destacou que encontros como o de hoje são necessários para consolidar a cultura e para que grupos tradiconais apresentem aos gestores suas necessidades e garantam as condições de continuar mostrando seu trabalho. “O espaço para exibição da real cultura brasileira está muito pequeno atualmente. O governo tem inúmeros espaços físicos abandonados, e nós nunca conseguimos ter acesso a esses locais, que podem ser sedes dos grupos, disse ela.
Dirceu Ferreira Sérgio, conhecido como Dirceu do Congado, da Irmandade Nossa Senhora do Rosário de Justinópolis, em Minas Gerais, defendeu a preservação das tradições que essa comunidade de músicos, dançarinos e cantores preserva há 125 anos na região da GrandeBelo Horizonte. Dirceu contou que a entidade foi fundada por seu avô e que a tradição é passada de pai para filho, para que nada se perca no tempo.
“Assim como meus avós tinham aquele zelo de levar os filhos e os netos para a irmandade, para ocupar nosso tempo com algo que seria útil, nós temos esse cuidado também. Apesar de hoje ser diferente e de haver oferta de muita coisa no mundo, conseguimos levar as crianças e ensinar nossa cultura a elas”, disse Dirceu.
O Encontro Nacional de Culturas Populares e Tradicionais foi no Sesc Itaquera e contou com a participação de grupos de diversas partes do país que, além de mostrar sua arte, participaram de exposições, rodas de conversa, grupos de trabalho, mostra cultural e apresentações para recriar o ambiente das festas populares e tradicionais
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A ditadura 'mascarada' e a violência dos novos anos de chumbo


Jornal do Brasil


As cenas de violência e autoritarismo que chocaram a sociedade na última terça-feira, na Cinelândia, remetem a tempos sombrios da história do país. Repressão, truculência e projetos de lei aprovados a toque de caixa, contrariando a vontade de trabalhadores, são práticas de triste lembrança.
Nos últimos tempos, estas tristes lembranças têm vindo cada vez mais à tona com a diferença de que, hoje, quem reprime não mostra a cara.
As bombas da Cinelândia assustam, e nos remetem à bomba do Riocentro. Policiais militares espancam jovens, como fizeram nos anos 60 no Calabouço, num trágico confronto que culminou com a morte do estudante Edson Luís.
Imagens mostraram um policial militar supostamente forjando um flagrante contra o jovem manifestante na terça-feira. Ele aparece jogando morteiros no chão enquanto o rapaz era acusado de portar artefatos. O jovem, menor de idade, foi imediatamente detido, enquanto vândalos mascarados - mesmo após a criação da lei que os torna ilegais - arremessavam pedras e depredavam o patrimônio público na frente das câmeras. 
Por que estes não foram presos? Por que não são identificados? Por que continuam a agir seguidamente em manifestações sem que haja uma ação concreta de poder público contra eles? Estas perguntas continuam sem respostas.

Cartaz resume o sentimento dos professores após protestos de terça-feira
Cartaz resume o sentimento dos professores após protestos de terça-feira

A truculência se repete não apenas em confrontos durante protestos. Nas favelas, moradores também enfrentam a violência de policiais militares que impõem sua ordem e sua vontade.
O pedreiro Amarildo, desaparecido desde julho, teria sido barbaramente torturado com choques elétricos e asfixia, segundo inquérito da Divisão de Homicídios da Polícia Civil. Práticas antigas dos tempos da ditadura que entre outras vítimas levaram Vladimir Herzog e deixaram cicatrizes profundas na história do país. O corpo do morador da Rocinha até hoje não foi encontrado, como o de Stuart Angel, outra vítima dos anos de chumbo cujo desaparecimento não deixou rastros.
A diferença daqueles tempos para os de hoje é que se sabia quem eram os generais que davam as cartas. Hoje, quem dá as ordens não mostra a cara. Pode estar mais próximo dos ditadores de países vizinhos, como Pinochet que levou milhões de dólares para o exterior, do que de nossos antigos generais.
Naquele mesmo tempo, o decreto-lei 477 foi baixado e, em seu artigo 1º, determinava: "Comete infração disciplinar o professor, aluno, funcionário ou empregado de estabelecimento de ensino público ou particular que alicie ou incite a deflagração de movimento que tenha por finalidade a paralisação de atividade escolar ou participe nesse movimento." Na prática, estabelecia um rito sumário contra quem se opusesse.
Hoje, professores veem aprovado entre as quatro paredes da Câmara de Vereadores, onde a população foi impedida de entrar, um projeto de lei apresentado pela prefeitura e que não atende a categoria. Parlamentares, eleitos pelo povo, ignoraram apelos e protestos, e deram seu 'sim' indiferentes aos gritos dos trabalhadores.
Em 69, o decreto-lei 477 foi considerado ao AI-5 das universidades. Hoje, essa repressão sanguinária que se esconde por trás dos muros do poder público pode enfrentar, nos próximos dias, uma passeata conflagrada em praça pública com mais de um milhão de pessoas. Estas sim, com a cara e a coragem.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Pré-canditadatura majoritária de Jandira empolga PCdoB-RJ

Os comunistas estão animados com a pré-candidatura da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) a um posto majoritário nas eleições de 2014. Cerca de 20 presidentes de comitês municipais do partido, todos de cidades com mais de 100 mil habitantes, relataram, durante reunião com dirigentes estaduais nesta segunda-feira (26), na capital fluminense, que a iniciativa está estimulando filiações de peso à legenda em seus municípios.


A novidade também ampliou a mobilização do partido para a sua 18o Conferência Estadual, que se realizará de 11 a 14 de outubro. Durante o processo, lideranças de movimentos sociais e até de outros partidos estão sendo convidadas a ingressarem no partido comunista. O objetivo é envolver os novos filiados nas conferências municipais e contruir chapas competitivas para as disputas de deputado estadual e federal para 2014. 

“A fase nossa agora é de filiação. Além disso, vamos fazer grandes atos políticos na abertura das conferências municipais em todo o estado. O campo de esquerda está sendo chamado a debater propostas para compor uma plataforma política que coloque o Rio de Janeiro no rumo do projeto nacional de desenvolvimento. A Jandira é um nome importante neste cenário e pode ser nossa candidata tanto ao Senado quanto ao governo do Estado”, afirmou o presidente estadual do PCdoB, João Batista Lemos.

A data fatal no calendário eleitoral para novas filiações é 5 de outubro de 2013, prazo máximo para que os candidatos aos cargos eletivos do ano que vem defiram a sua filiação no âmbito partidário. Já 3 de outubro é o prazo final para desfiliações partidárias. A meta do PCdoB é eleger três deputados estaduais com chapa própria e dois deputados federais em coligação.

Durante o encontro, Batista refletiu sobre o impacto dos protestos de junho no processo da conferência estadual e nas eleições do próximo ano. “A melhor resposta às manifestações de junho é a realização de reformas estruturais que gerem mais desenvolvimento, mais democracia e mais progresso social. É necessário que o Brasil dê uma virada. Por isso, nas teses do congresso, o partido coloca a necessidade de se formar um amplo bloco de forças de esquerda. Sem mudar a correlação de forças na assembleia e no Congresso, dificilmente teremos reformas”, prevê.

Ao lado do PT, PDT, PSB, entidades e movimentos sociais, o PCdoB tem construído um fórum político e social fluminense. Nesta quinta-feira (29), às 11h, no auditório do Centro Acadêmico da Faculdade de Direito da UFRJ, o fórum, a partir da UNE e da OAB, fará um debate sobre a reforma política. Em 12 de setembro, o fórum também realizará um seminário sobre o mesmo tema, agregando a questão da mídia.

Posicionar o partido

Para a deputada Jandira Feghali, a pré-candidatura majoritária reposiciona o partido no Estado. “Para nós as eleições são importantes, mas não são a única frente em que atuamos. Nós temos trabalhos em entidades dos movimentos sociais e isso é fundamental para um partido comunista. Agora, a sociedade enxerga a força dos partidos pelo seu número de votos e candidatos eleitos. Por isso, posicionar o partido neste momento é decisivo.”

O momento de que Jandira fala é muito confuso no Rio de Janeiro. Após a onda de mobilizações que fez a avaliação de Sérgio Cabral (PMDB-RJ) despencar de melhor para pior governador do Brasil, o PSB está dividido sobre o apoio ou não ao candidato de Cabral ao Palácio Guanabara, o também peemedebista Luiz Fernando Pezão. O PDT, outro partido da base da presidenta Dilma Rousseff, é mais um entre os divididos sobre a situação política no Estado. Já o PT não decidiu ainda se fica ou sai do governo Cabral e mesmo a candidatura do senador Lindberg Farias ao governo do Estado não está dada como certa dentro do partido. 

Nesta conjuntura o PCdoB pode ocupar com ousadia um espaço político importante. Tendo eleito três prefeitos em grandes cidades, Belford Roxo, Barra Mansa e Rio das Flores, 26 vereadores, a deputada estadual enfermeira Rejane e a deputada federal Jandira, além de dirigir sindicatos de metalúrgicos, correios, e diretórios centrais e centros acadêmicos de universidades públicas e privadas, o partido se coloca como alternativa viável na disputa majoritária de 2014.

“Quando eu falo que a Jandira é pré-candidata à governadora, o pessoal se emociona. Teve até gente que chorou. Ela é uma figura muito querida, muito amada mesmo pelo povo do Rio. Nós temos que aproveitar esta oportunidade. Não podemos ficar em cima do muro”, defendeu o recém filiado de Nilópolis, Alberto Ferreira Araújo, gerente de operações da empresa Topmix, ao final da reunião desta segunda.

Agenda

O encontro ainda reforçou a mobilização para o jantar de arrecadação de fundos para o 13o Congresso Nacional do PCdoB. O evento acontecerá na cidade do Rio, dia 20 de setembro, a partir das 20h, na churrascaria Estrela do Sul, no Shopping Casa Gourmet (Rua General Severiano, 97- Loja A/Botafogo). Os convites podem ser adquiridos pelo valor de R$ 200, R$1.000 e R$ 5.000. 

Quem aderir ao jantar terá direito ao rodízio completo, chopp e refrigerante à vontade. Os comitês municipais que venderem ingressos ficarão com 20% do valor arrecadado. Os convites podem ser adquiridos em horário comercial com a comissão de finanças: (21) 3070-5185.

O próximo encontro com os presidentes municipais das cidades com mais de 100 mil habitantes está marcado para 2 de setembro, a partir das 10 horas, na sede do Comitê Estadual. Os prefeitos, vereadores e pré-candidatos a deputado estadual e federal estão convocados. A pauta dará continuidade a esta primeira reunião, além de somar para a mobilização das conferências municipais e estadual. 

Por Carla Santos,
Da cidade do Rio de Janeiro 

MinC apresenta projeto Música no Museu em outubro

Com o apoio do Ministério da Cultura, via Lei Rouanet, o projeto Música no Museu inicia o mês de outubro dedicando-se à música instrumental e vocal , destacando-se o piano, os instrumentos de corda, as vozes solistas e os corais.



Só neste mês serão apresentados 37 concertos, dos quais 31 no Rio de Janeiro, 4 em São Paulo, 1 em Porto Alegre e outro em Buenos Aires.

Inaugurado em 1997, o projeto tem vários objetivos, dentre eles, formar novas plateias, facilitando e incentivando a presença de crianças e jovens nos concertos que têm sempre entrada franca. Oferecer espetáculos de qualidade e incentivar a visita aos museus também figuram dentre os objetivos do projeto. Outra finalidade da iniciativa é difundir cultura e atingir públicos diferenciados.

Nesta terça-feira, 1º de outubro, às 12h30, no Clube de Engenharia (Av. Rio Branco, 124, no Rio), o músico Jorge Miguel Saraiva estará se apresentando com obras de Maurice Ravel, Francisco Mignone, Fréderic Chopin, Robert Schumann; e outros.

Dia 2, no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) - Av. Rio Branco, 199, Centro, RJ - a pianista Gloria Campaner vai se apresentar. O programa inclui Claude Debussy e Sergei Rachmaninoff. 

Miriam Grosman, no dia 3, também no MNBA, tocará músicas de Domenico, Scarlatti, Schubert, Ricardo Tacuchian, Ernesto Nazareth e Claudio Santoro.

A programação elaborada para o mês de outubro promete atrair o público, que terá a oportunidade de ouvir música de qualidade.

Entre no site do projeto e acesse a programação completa do mês.

Fonte: Ascom/MinC

MinC e CNPq selecionam projetos para apoio de até R$ 50 mil

Desde 26 de setembro está aberto o edital de Chamada pública para a seleção dos projetos de pesquisa na área da Economia Criativa que vão receber o apoio financeiro estabelecido pelo Termo de Cooperação entre o Ministério da Cultura (MinC) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).


 
Ao todo serão distribuídos R$ 2,5 milhões, valor oriundo do orçamento da Secretaria da Economia Criativa (SEC) do Ministério da Cultura.
Cada projeto selecionado receberá um financiamento de até R$ 50 mil e as propostas poderão requerer recursos para gastos a título de custeio, capital e bolsas. As inscrições são feitas na plataforma Carlos Chagas, no portal do CNPq, e poderão ser realizadas até 9 de novembro.

Ao todo serão distribuídos R$ 2,5 milhões, valor oriundo do orçamento da Secretaria da Economia Criativa (SEC) do Ministério da Cultura. O Termo de Cooperação firmado com o CNPq é uma das iniciativas da SEC/MinC para consolidar e expandir a temática no País e promover sua difusão por meio do Observatório Brasileiro da Economia Criativa (OBEC) e dos Observatórios Estaduais. Os projetos devem contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico e para a inovação dos segmentos criativos.

Podem candidatar-se pesquisadores vinculados a universidades públicas e confessionais que se enquadrem nos seis eixos temáticos definidos pela SEC: 1 - Marcos Legais para a Economia Criativa Brasileira (tributários, trabalhistas, previdenciários e administrativos); 2- Empreendedorismo cultural e criativo; 3 - Territórios criativos (Arranjos Produtivos Locais (APLs), cidades, bairros, polos etc.); 4 - Associativismo, cooperativismo e autogestão de empreendimentos e profissionais criativos; 5 - Capacitação técnica e gerencial dos profissionais e empreendimentos criativos; 6 - Inovação em cultura.

Os eixos temáticos das pesquisas devem estar articulados com as seguintes expressões do campo Cultural: Patrimônio Cultural; Arquivologia; Museus; Artesanato; Culturas Populares; Culturas Indígenas; Culturas Afro-brasileiras; Artes Visuais; Arte Digital; Dança; Música; Circo; Teatro; Audiovisual; Livro; Publicações e Mídias Impressas; Leitura e Literatura; Moda; Design; Arquitetura e Urbanismo; Gastronomia Regional e Turismo Cultural.

Texto: Comunicação Social/SEC
Fonte: Portal Ministério da Cultura

Luciana parabeniza pernambucano por representar Brasil no Oscar

 A deputada Luciana Santos (PCdoB-PE) parabenizou, em discurso no plenário da Câmara dos Deputados, o cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho, pela escolha do filme O Som ao Redor para concorrer a uma indicação ao Oscar 2014 na categoria melhor filme estrangeiro. O anúncio foi feito na última sexta-feira (27) pelo Ministério da Cultura, depois de seleção entre 14 filmes nacionais. 


 Luciana parabeniza pernambucano por representar Brasil no Oscar
A presença de uma milícia em uma rua de classe média na zona sul do Recife muda a vida dos moradores do local.  
Ela destacou a criatividade e originalidade do filme e disse que se sentia orgulhosa. “Esse é um bom exemplo do excelente momento que vive o audiovisual pernambucano, uma produção que nos enche de orgulho e nos garante ânimo novo para continuar nessa luta árdua de garantir mais investimento para fomentar a produção cultural brasileira”.

O Som ao Redor é o primeiro longa-metragem do cineasta e crítico pernambucano Kleber Mendonça Filho, que dirigiu vários curtas. O filme foi incluído na lista dos dez melhores de 2012 do crítico A. O. Scott, do jornal americano The New York Times e recebeu prêmios em festivais de cinema de mais de 70 países.

A deputada (foto) também citou o excelente desempenho dos filmes pernambucanos no Festival de Brasília. “Foram 10 prêmios para o cinema pernambucano, o que nos enche de orgulho e alegria. Gostaria de parabenizar a todos esses indispensáveis construtores da arte e perpetuadores da cultura”, disse a parlamentar parabenizando cada um dos premiados. 

Originalidade e regionalidade

“A Comissão Especial de Seleção escolheu aquele que entendeu ser o mais representativo em termos de originalidade e expressão cinematográfica”, disse o secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura, Leopoldo Nunes, integrante da comissão que selecionou O Som ao redor para representar o Brasil.

“Acho muito simbólico pela regionalidade. É um filme pernambucano, de um ator pernambucano de altíssima qualidade, com uma reputação cinematográfica (internacional) que poucos filmes na história no Brasil tiveram”, destacou Nunes, lembrando que a obra recebeu críticas positivas em cerca de 70 países. 

“O filme tem muitos predicados e muitas qualidades. Esses foram os critérios de desempate e para chegarmos ao consenso”, acrescentou Nunes.

Entre os filmes incluídos na seleção para a indicação estavam Cine Holliúdy, Colegas, Cores, Elena, Faroeste Caboclo, Gonzaga de Pai para Filho e Meu Pé de Laranja Lima.

Agora, o filme brasileiro será apresentado à academia norte-americana, que o analisará junto com os indicados por mais de 70 países. Os cinco finalistas serão conhecidos no dia 16 de janeiro. 

Da Redação em Brasília
Com agências

Governo dá uma lamentável aula de desrespeito com os professores

Jornal do Brasil

Formador, doutrinador, guia, guru, líder, mentor... Todas estas palavras servem também para definir o professor. Aquele que não apenas ensina, mas serve de exemplo, transmite princípios, constrói os alicerces de toda uma sociedade.
Estes mesmos professores vivem, nos últimos dias, uma realidade bem distante do que deveria acontecer em sala de aula. Lutando por melhores salários, eles enfrentam não apenas a intransigência e o autoritarismo do poder público, mas também cassetetes e spray de pimenta para aplacar o inconformismo com décadas de descaso e desrespeito.
O mesmo Estado que trata educadores como delinquentes é aquele que determina a expulsão de sala de aula dos alunos que não se comportam de forma adequada. Seriam professores vândalos? Estariam eles justificando a truculência? Se estão, que sejam exonerados ou demitidos, mas nunca surrados.
Os mesmos professores que ensinam aos filhos dos policiais militares princípios de ética, respeito e solidariedade são os que agora apanham dos PMs porque  não abrem mão de lutar por salários e condições mais dignas de trabalho.
Professores são impedidos de avançar pelos policiais militares
Professores são impedidos de avançar pelos policiais militares
E esses mesmos professores que apanham da polícia são aqueles que, amanhã, voltarão para sala de aula para continuar a educar crianças. São os mesmos que deverão continuar a servir como líderes e guias. 
Como estes profissionais, depois de tamanha humilhação, depois de serem tratados como vândalos e delinquentes pelo Estado, poderão voltar às escolas e olhar de frente seus alunos? Como poderão continuar a servir de exemplo? Onde ficará sua dignidade, como permanecerá intacta a imagem do doutrinador, do mentor, não apenas de uma turma na escola, mas de toda a sociedade?
Professores ensinam aos engenheiros, aos advogados, aos médicos. Educar é um ofício sublimado. Ao tratar estes profissionais com violência desmoralizante, o Estado está contribuindo de forma decisiva para comprometer a própria formação da sociedade. E este mesmo Estado terá de explicar aos alunos por que seus professores estão merecendo ser tratados desta forma. 
Estado bater em professor é o mesmo que Vaticano bater em padres que cobram melhorias.
Quando opta pelo autoritarismo e pela truculência, o poder público não apenas mostra a sua total falta de educação, mas dá a toda a população uma lamentável aula de arrogância, prepotência e desrespeito.