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sábado, 20 de agosto de 2011

Memória: os 122 anos da poeta Cora Coralina











O Senado comemora nesta segunda (22), a partir das 14h, os 122 anos de nascimento de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Brêtas, a poeta e contista conhecida pelo pseudônimo de Cora Coralina. O requerimento solicitando a homenagem é de autoria do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).
Cora coralina nasceu na cidade de Goiás (GO), no dia 20 de agosto de 1889. Publicou seu primeiro livro - Poemas dos becos de Goiás e estórias mais - aos 76 anos de idade, embora tenha começado a escrever os primeiros textos aos 14 anos. Os escritos da adolescência e juventude eram publicados nos jornais da cidade de Goiás e também em outras cidades do estado. Naquele tempo, apesar de viver numa sociedade conservadora e machista, Cora era saudada como uma promessa literária.
A temática de seus escritos foi, desde os primeiros tempos, a história, os personagens e o cotidiano de sua região.
Depois da publicação dos Poemas dos becos de Goiás e estórias mais, em 1965, Coralina publicou, em 1976, Meu livro de cordel. Outras obras da autora são: Estórias da casa velha da ponte (contos); Meninos verdes (infantil); O tesouro da casa velha; A moeda de ouro que o pato engoliu (infantil); Vintém de cobre; e As cocadas (infantil).
Cora casou-se em 1910 com o advogado Cantídio Tolentino Bretas, com quem se mudou, no ano seguinte, para o interior de São Paulo. Passou 45 anos no estado, vivendo inicialmente no interior, em Avaré e Jaboticabal, e depois na capital, onde chegou em 1924. Nas primeiras semanas, teve que permanecer trancada num hotel em frente à Estação da Luz, uma vez que os revolucionários de 1924 pararam a cidade. Em 1930, presenciou a chegada de Getúlio Vargas à esquina da rua Direita com a praça do Patriarca. Um de seus três filhos participou da Revolução Constitucionalista de 1932, contrária a Getúlio.
Com a morte do marido, em 1934, Cora passou a vender livros como meio de sustentar os filhos. Em seguida, mudou-se novamente para o interior paulista. Na cidade de Penápolis, passou a vender linguiça caseira e banha de porco que ela mesma preparava. Transferiu-se em seguida para Andradina, até que, em 1956, retornou a Goiás, voltando a morar na casa velha da ponte, que habitaram em criança. Ali exerceu por muitos anos o ofício de doceira, pois pouco restara dos bens que sua família um dia havia possuído, até que uma queda limitou seus movimentos, obrigando-a a andar com o auxílio de uma muleta.

O mestre
Nessa casa, hoje um museu, Cora gostava de receber parentes, amigos e visitantes ansiosos por conhecê-la. Além da conversa amigável com a artista, os turistas se serviam sempre de algum doce ou quitute da casa, feitos sob a supervisão da própria doceira-escritora. Uma das frases que gostava de repetir a seus interlocutores: "Todos estamos matriculados na escola da vida, onde o mestre é o tempo".

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