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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

ESPETÁCULO DE DANÇA: "CIRANDAS CIRANDINHAS"



Diferente e belo: Palco é montado como uma semi arena de circo e conta com uma tela de projeção


Roberta Caulo

Um belo espetáculo de dança contemporânea que tem como público alvo crianças e adultos de todas as idades, esse é o presente que o Sesc Barra Mansa dará amanhã ao público, em homenagem ao Dia das Crianças. Inspirado nas danças e cirandas populares brasileiras, o espetáculo de dança "Cirandas cirandinhas", pretende mexer com o imaginário do público, levando ao palco muita música e literatura em uma belíssima apresentação.

De acordo com Ana Vitória, diretora artística do espetáculo, coreógrafa e bailarina, ao todo serão apresentadas 11 músicas, todas com partitura musical do Villa-Lobos, inspiradas nas cirandas populares brasileiras.

- Após viajar pelo Brasil, o compositor Heitor Villa-Lobos decidiu eternizar melodias folclóricas destinadas às crianças no álbum "Cirandas", como forma de valorizar a música popular brasileira. Todas são obras de extrema poesia e beleza, executadas pelo músico Marcelo Szidon - adianta Ana Vitória.

Hoje, esses clássicos infantis servem de inspiração para o espetáculo de dança contemporânea "Cirandas cirandinhas", que será apresentado com ingressos a preços populares.

O espetáculo faz uma releitura das brincadeiras das crianças embaladas por canções como "Passa, passa, gavião", "Zangou-se o Cravo com a Rosa?" e "Carneirinho, carneirão".

O espetáculo é todo focado no gesto, na música e na estética visual, embarcando pelo universo lúdico das fábulas brasileiras, do faz de conta e da magia.

- A apresentação conta com quatro bailarinos, sendo dois homens e duas mulheres em cena, mas por trás das cortinas, existe muita gente que faz tudo funcionar da melhor forma possível - diz a diretora artística.

E para fazer com que a apresentação seja mais encantadora ainda, o palco é montado como uma semi arena de circo, colorida, com tecidos leves e esvoaçantes e com um desenho de luz muito bonito. E não pára por ai, o espetáculo, multimídia, inclui uma série de projeções, que servem para ambientar o público com a mensagem. O palco conta com uma tela de projeção onde as imagens gráficas são projetos de rara beleza e com um traço muito particular, bem brasileiro.

- A animação gráfica foi toda construída e inspirada nos desenhos da Odiléia, ilustradora dos livros de Monteiro Lobato - explica Ana lembrando que o projeto ganhou o prêmio Klauss Vianna pelo ineditismo e singularidade, pois a palavra não se faz necessária no espetáculo.

No palco, os quatro bailarinos vão pouco a pouco descobrindo suas possibilidades corporais, através de jogos e danças, interagindo com a plateia, horas falando, dançando e até mesmo cantando. Mas, sobretudo, buscando referências na história e memória da cultura brasileira.

- Criar um espetáculo de dança contemporânea infanto-juvenil. Eis aí um desafio que a convivência com a obra de Villa-Lobos me provocou. Villa-Lobos deixou-nos um legado de pai, uma responsabilidade pelo futuro, e ela está na educação para as crianças. Dançar para uma plateia absolutamente viva e pulsante, nossos reais e possíveis formadores de plateia, sem pré-conceitos, sem lugares estabelecidos. Minha admiração e encantamento por esse universo foi redescobrir o quanto precisamos estar em contato com o lúdico, com as nossas velhas ruas e cidades, nossos antigos brinquedos - comenta a diretora e coreógrafa.

E de acordo com ela, o público alvo são as crianças, mas, os adultos também se divertem e se emocionam muito.

- Falamos justamente da nostalgia dos tempos em que as crianças brincavam nas ruas, empinavam pipas, jogavam bola, pulavam corda, enfim, tudo com muito mais liberdade corporal. Hoje, as crianças ficam confinadas aos apartamentos, TVs, vídeo games e computadores, sem a possibilidade de trabalhar sua inteligência corporal - salienta.

De acordo com Ana, por se tratar de um belíssimo espetáculo e com um conceito muito atual e importante, desde sua estreia em 2008 ele não pára de circular, é uma obra atemporal, portanto, irá durar para sempre.

- Queremos transmitir mensagens boas com o espetáculo, e uma delas é a de que não devemos esquecer as nossas heranças cultuais, aquelas que nos constituem como brasileiros com identidade, valores e estética própria - diz.

Trajetória de sucesso

O espetáculo de dança é da Cia Ana Vitória Dança Contemporânea, que tem sua sede na cidade do Rio de Janeiro. Já os bailarinos e a própria coreógrafa são de outras cidades do país.

- Esse fator foi muito importante para a pesquisa gestual, pois são pessoas de culturas distintas - explica Ana lembrando que a companhia está completando 16 anos, com 20 obras compostas, sendo que ‘Cirandas cirandinhas' é a primeira voltada para o público infantil.

Ana Vitória explica que a ideia de montar o espetáculo surgiu depois que sua filha nasceu.

- Comecei a me preocupar muito com a qualidade dos espetáculos que queria que ela visse, e percebi que tínhamos muitos trabalhos comerciais, com propostas vazias, sem referências concretas e nada educativas - relembra.

E foi a partir daí, que resolveu se dedicar a pensar em como poderia criar esse espaço para investir na formação da futura plateia.

Ana conta que resolveu homenagear o compositor Heitor Villa-Lobos porque, segundo ela, Heitor é um dos maiores músicos eruditos e porque, sobretudo, ele dedicou grande parte da sua vida em resgatar e registrar a cultura, a música.

- Villa-Lobos apesar de artista era um ativista em prol da educação e das artes, um grande homem. Quem for conferir o espetáculo não vai se arrepender - convida Ana.

Serviço

O espetáculo de dança ‘Cirandas cirandinhas', será apresentado amanhã, dia 12, às 16h, no Sesc Barra Mansa, que fica na rua Tenente José Eduardo, 560. Informações: (24) 3324-2630.



Leia mais: http://diariodovale.uol.com.br/noticias/3,47330,Para-relembrar-e-encantar.html#ixzz1aab7qLAU

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