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terça-feira, 20 de março de 2012

Plumária e etnografia Karajá










Exposição do Museu Nacional (no Rio de Janeiro) exibe peças inéditas da coleção de arte plumária, que abre para o público no dia 23.








Apresentar a beleza da coleção de arte plumária da tribo Karajá e a sua importância no cenário do estudo das populações indígenas. É com essas premissas que o Museu Nacional apresenta, a partir de 22 de março, Os Karajá: plumária e etnografia, com objetos que fazem parte da cultura material deste grupo, que habita as margens do Rio Araguaia nos estados de Goiás e Tocantins. Também serão expostas as tradicionais bonecas da cultura Karajá, que recentemente foram tombadas como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Iphan.

A programação do dia de abertura da mostra começa às 14h, com as palestras "A cultura material dos Karajá - Brasil Central", com o professor Manuel Ferreira Filho, da Universidade Federal de Goiás, e "Arte e Antropologia: a trajetória de Heloísa Fenelon", com João Pacheco, professor titular do Museu Nacional/UFRJ. Às 16h, tem início a cerimônia de inauguração, com a presença do reitor da UFRJ, Carlos Levi.

A mostra abre para público no dia 23 e, especialmente nos dias 24 e 25 de março, os visitantes poderão participar de oficinas com ceramistas Karajá e aprender sobre esta arte indígena.

Alguns dos destaques da exposição são os leques e adornos de cabeça que, pela sua flexibilidade e abertura, lembram a cauda de um pavão; e as máscaras de aruanã, indumentárias de dança utilizadas no ritual do mesmo nome, de grande significado simbólico para os Karajá. Esta festa ocorre durante a alta do rio Araguaia e representa o contato do homem com o cosmos e com os "seres" sagrados da natureza. As máscaras representam seres distintos, nem homem nem animal, que podem encontrar paralelo, mas não identidade, em espécies da fauna local, configurando a presença de um espaço simbólico imaginário.

Um bastão (chamado de Obi) da década de 40 utilizado pelos índios para afastar a chuva é outra curiosidade da mostra, que mescla a beleza das peças com o valor antropológico que as mesmas possuem, através de seus significados e utilização no dia-a-dia das aldeias.

Outro ornamento utilizado somente por homens casados e viúvos, a coifa ou lorilori, possui singularidade única, pois é feita de penas de emas e é considerada uma raridade entre os pesquisadores. A peça exposta foi produzida durante os anos de 1938 e 1939, período em que pesquisador norte americano William Lipkind, viveu entre os Karajá.

Há também, entre as peças do acervo, o chamado raheto, um grande cocar feito de penas de urubu, coelheiro branco e rosa e de periquitos, usado pelos homens solteiros na ocasião da festa de iniciação dos meninos, conhecida como Casa Grande ou Hetohoky. Na cosmologia dos karajás o sol era o raheto do urubu-rei que o herói mitológico (Kynyxiwe) feriu com uma flecha. Por isso, o sol anda devagar atravessando o céu durante o dia.

A mostra faz também uma homenagem à etnóloga Maria Heloísa Fénelon Costa (1927-1996), que coletou grande parte dos objetos expostos e que por mais de vinte anos exerceu a função de curadora do Setor de Etnologia e Etnografia do Museu Nacional. Serão apresentadas imagens da atuação da pesquisadora em campo, intercaladas às suas citações de como ocorreram os contatos com os grupos.

Segundo o antropólogo e curador João Pacheco, "mostrar aos visitantes do Museu Nacional algumas das belas peças da coleção Karajá formada por Heloísa Fénelon, compartilhando inclusive alguns instantâneos de sua etnografia, é uma maneira de lembrar, aos 15 anos de sua morte, a sua permanente dedicação à pesquisa etnológica e a sua enorme contribuição ao precioso acervo desta instituição."

Serviço:
Exposição: Karajás: plumária e etnografia
Aberta ao público - dia 23 de março
Horário: de terça a domingo, das 10 às 16h.
Entrada: R$ 3,00. Grátis para crianças até cinco anos e pessoas acima de 60. Crianças entre 6 e 10 anos pagam R$1.
Local: Museu Nacional - Quinta da Boa Vista, s/n, São Cristóvão, Rio de Janeiro.
Telefone: (21)2562-6042

Fonte: Ascom / Museu Nacional/UFRJ


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