Em tempos de livros e revistas online, uma pesquisa encomendada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) traz dados surpreendentes. O mercado literário brasileiro comercializou 470 milhões de livros no ano passado. O volume, considerado recorde, representa um aumento de 7% em relação ao número de vendas registrado no ano anterior.
Ricado Fernandes/DP/D.A Press
Esses números estão na pesquisa "Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro", divulgada nesta quarta-feira (11), em São Paulo.
Venda de livros bate recorde no Brasil
O professor e turismólogo Pedro Aníbal Brito é um frequentes comprador de livros. Todos os meses ele adquire de três a quatro livros, comprometendo cerca R$ 150 de seu salário nesse investimento.
"Como sou professor preciso estar sempre atualizado. Por isso invisto na compra de livros técnicos. Muitas vezes os leio simultanemente, fazendo, inclusive, comparações entre as publicações", explica Pedro Aníbal que revelou não ser fã de livros de ficção. "Para ver histórias prefiro ir ao cinema", comenta.
Esse aquecimento na procura por livros também é positivo do ponto de vista do faturamento desse nicho de mercado. A comercialização de livros atingiu a casa dos R$ 4,837 bilhões, um crescimento de 7,36% sobre o ano anterior.
De acordo com o levantamento, o que também chama atenção é a retomada no crescimento das vendas nas livrarias. Segundos os dados das pesquisas anteriores, esse hábito vinha perdendo espaço nos últimos anos. A pesquisa aponta que em 2011 a compra de livro em livrarias correspondia a 40,51% enquanto em 2012 esse número saltou para 44,9%.
Além das livrarias, as vendas das editoras para Igrejas e Templos (de 1,26% em 2010 para 4,03% em 2011), supermercados (de 1,47% para 2,4%) e bancas de jornal (de 0,36% para 2,21%) também ganharam espaço no período. A queda ficou com a venda porta-a-porta, que recuou de 21,66% de participação para 9,07%.
Com NE10
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