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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Raiz de muito samba

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Rosa Minine   

Poetisa, cantora e compositora de samba, Maíra Santafé vem marcando presença como representante de uma nova geração que ama e luta pelo ritmo, sua cultura. Vencendo barreiras, como a que chama de 'um ambiente machista', e a falta de patrocínio, a sambista de Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, se prepara para gravar seu segundo disco, enquanto se apresenta a todo vapor em shows solo.

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Maíra foi muto incentivada por Noca da Portela
— Minha carreira musical é consequência da vivência que tive desde menina. Sou filha de um casal de jornalistas, cresci em uma casa onde o hábito da leitura sempre foi muito intenso. Logo me interessei por crônica e poesia, e comecei a escrever. Inclusive, meus pais e meu irmão também são poetas — conta Maíra.
— A partir de 2005, as letras das minhas poesias passaram a vir junto com melodias, tudo misturado na cabeça. Porém, antes disso, desde 1999, já trabalhava com música, participando de um grupo de amigos roqueiros como segunda voz. Também tive experiência de palco com o teatro, que fiz por muito tempo — continua.
— Mas o samba falou mais alto, até porque sempre fez parte da minha vida. Meus pais se separaram e tive um padrasto, o Miguel, que era compositor e tocava surdo na bateria da Mangueira. Fazia muitas rodas de samba no quintal da nossa casa. Me lembro até que eu queria tocar surdo também, mas era enorme e não conseguia segurar — comenta.
O primeiro CD de Maíra, Raiz de Samba, 2010, foi o ponto de partida para sua carreira solo.
— Tinha muitas músicas guardadas e decidi enfrentar a questão financeira e o machismo que existe no mundo do samba, por incrível que pareça até os dias de hoje, e mostrar meu trabalho em um disco autoral. No meio, eles até aceitam a mulher cantando, mas compondo é meio complicado — declara.
— Não estou dizendo que todos são machistas, mas sim que é um ambiente bastante machista. Basta lembrar que Dona Ivone Lara no início da carreira teve que usar pseudônimos, e seu primo, Mestre Fuleiro, assinou músicas suas, porque mulher não podia ser compositora de samba. E tem outros casos semelhantes — continua.

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