Jairo Junior *
A decisão ocorreu durante a 9ª sessão do Comitê para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da agência. A Capoeira nasceu da luta contra a escravidão no Brasil e por isso simboliza a resistência negra no nosso país não só no período da escravidão. Seu reconhecimento como patrimônio mundial reforça o valor da herança cultural afro-brasileira.
Esta vitória histórica é na verdade resultado direto de outra conquista, a época pouco valorizada em termos de mídia, por conta de ser sido obtida durante o segundo mandato do governo do Presidente Lula! Em 2008 sob a égide do governo do Presidente Operário, a Capoeira foi reconhecida como patrimônio cultural brasileiro pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
É inquestionável que foi sob os auspícios de governos democráticos e progressistas que a Capoeira sempre obteve vitórias. Umas mais relevantes outras menos, entretanto sempre proporcional aos que suas lideranças conquistaram de unidade, conscientização e articulação política. Foi assim durante o período final da monarquia, foi assim no inicio do século passado e foi assim quando foi reconhecida por Getúlio Vargas como único, naquela época, esporte nacional.
A capoeira, assim como o carnaval, o samba e o futebol faz parte do conjunto dos grandes ícones contemporâneos representativos da identidade cultural brasileira. Cada um deles possui uma história própria de ascensão, inclusão e/ou tensão em seu processo formativo como símbolo nacional.
A capoeira é oriunda da experiência de luta contra a opressão sofrida pelos africanos e seus descendentes no Brasil. Conta em sua trajetória histórica a força da resistência contra a escravidão e a síntese da expressão de diversas identidades étnicas de origem africana. Se o carnaval, o futebol e o samba, este último, também, já tombado como patrimônio cultural, alcançaram um alto nível de representação da identidade nacional. Ao longo do século 20, qual lugar terá a capoeira junto a essa mesma perspectiva no século 21?
Tal como o futebol, a capoeira está presente em praticamente todos os lugares do mundo, do Japão ao Canadá. Ao mesmo tempo, como acontece com o carnaval e o samba, ela é uma rica expressão da cultura afro-brasileira, tanto no Brasil como no exterior.
Entretanto a Capoeira engatinha na busca de condições legais e estruturais para fortalecê-la. Sua enorme força e abrangência se debatem diante das limitações “políticas” de suas lideranças que gastam interminável tempo discutindo questões pra lá de secundárias e localistas. Enquanto isso parece não perceber que as conquistas futuras e o fortalecimento de sua prática dependem, sobretudo, da capacidade de seus praticantes, adeptos e lideres de construírem uma unidade mínima para que em tornos das bandeiras principais e irrefutáveis possam construir um novo amanhã. Afinal a Capoeira que já foi crime, é patrimônio imaterial da humanidade nos “ensinando” que para chegarmos onde precisamos é necessário que saibamos o que queremos.
No dia 24 de novembro de 2014 a expressão cultural descrita, como luta, dança jogo acrobático e modalidade esportiva, a roda de Capoeira, foi declarada como patrimônio imaterial da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
A decisão ocorreu durante a 9ª sessão do Comitê para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da agência. A Capoeira nasceu da luta contra a escravidão no Brasil e por isso simboliza a resistência negra no nosso país não só no período da escravidão. Seu reconhecimento como patrimônio mundial reforça o valor da herança cultural afro-brasileira.
Esta vitória histórica é na verdade resultado direto de outra conquista, a época pouco valorizada em termos de mídia, por conta de ser sido obtida durante o segundo mandato do governo do Presidente Lula! Em 2008 sob a égide do governo do Presidente Operário, a Capoeira foi reconhecida como patrimônio cultural brasileiro pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
É inquestionável que foi sob os auspícios de governos democráticos e progressistas que a Capoeira sempre obteve vitórias. Umas mais relevantes outras menos, entretanto sempre proporcional aos que suas lideranças conquistaram de unidade, conscientização e articulação política. Foi assim durante o período final da monarquia, foi assim no inicio do século passado e foi assim quando foi reconhecida por Getúlio Vargas como único, naquela época, esporte nacional.
A capoeira, assim como o carnaval, o samba e o futebol faz parte do conjunto dos grandes ícones contemporâneos representativos da identidade cultural brasileira. Cada um deles possui uma história própria de ascensão, inclusão e/ou tensão em seu processo formativo como símbolo nacional.
A capoeira é oriunda da experiência de luta contra a opressão sofrida pelos africanos e seus descendentes no Brasil. Conta em sua trajetória histórica a força da resistência contra a escravidão e a síntese da expressão de diversas identidades étnicas de origem africana. Se o carnaval, o futebol e o samba, este último, também, já tombado como patrimônio cultural, alcançaram um alto nível de representação da identidade nacional. Ao longo do século 20, qual lugar terá a capoeira junto a essa mesma perspectiva no século 21?
Tal como o futebol, a capoeira está presente em praticamente todos os lugares do mundo, do Japão ao Canadá. Ao mesmo tempo, como acontece com o carnaval e o samba, ela é uma rica expressão da cultura afro-brasileira, tanto no Brasil como no exterior.
Entretanto a Capoeira engatinha na busca de condições legais e estruturais para fortalecê-la. Sua enorme força e abrangência se debatem diante das limitações “políticas” de suas lideranças que gastam interminável tempo discutindo questões pra lá de secundárias e localistas. Enquanto isso parece não perceber que as conquistas futuras e o fortalecimento de sua prática dependem, sobretudo, da capacidade de seus praticantes, adeptos e lideres de construírem uma unidade mínima para que em tornos das bandeiras principais e irrefutáveis possam construir um novo amanhã. Afinal a Capoeira que já foi crime, é patrimônio imaterial da humanidade nos “ensinando” que para chegarmos onde precisamos é necessário que saibamos o que queremos.
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