Jandira Feghali *
O defensor de torturadores cultua o crime do estupro, ofende negros, homoafetivos e feministas a partir de uma linha de raciocínio frágil e débil, mas que levam ao delírio seus seguidores, igualmente intolerantes e saudosos do período de exceção.
Seu campo reacionário, alinhado a grupos pró-ditadura militar, fascistas e imbuídos de um sadismo doentio, resolveu romper o silêncio, apesar de minoritário. Não é à toa que se pode dizer que a Direita saiu do armário no Brasil. Forças neoliberais e conservadoras deram os braços e casaram-se num momento importante para o país.
E este enlace do atraso com o ódio tem sido abençoado pela Grande Mídia, que busca promover um sentimento anti-esquerda, contra tudo ligado às ideias progressistas. Bolsonaro se alimenta deste resultado para abocanhar eleitores. Uma relação simbiótica e oportunista, onde os ganhos que imaginam ter significam perdas para a democracia.
Ao dizer que não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT/RS) por ela “não merecer”, da tribuna da Câmara dos Deputados, o parlamentar atacou todas nós. Tenta acertar a atuação da Comissão Nacional da Verdade, mas acabou por atacar as protagonistas desta luta, mulheres, mães ou filhas, avós ou netas, chefes de família, estudantes e ativistas. Agrediu todas com sua virulenta expressão machista, misógina e criminosa. Arremessou o ódio incrustado em sua mente e em seu coração na direção de todas as mulheres, se autodeclarando um possível estuprador, naturalizando um crime hediondo da tribuna parlamentar. Absurdo!
Até as Organizações das Nações Unidas (ONU) se manifestaram, repudiando as declarações do deputado. Disse o que viemos afirmando: “uma ofensa não apenas para a deputada, mas também para a dignidade das mulheres e de todas as vítimas de abusos graves como violência sexual e estupro”.
Não, Bolsonaro. Nenhuma de nós merece ser estuprada. Seu “ato falho” diante da Nação só mostra o quanto o senhor é intolerante e preconceituoso com os mais variados grupos sociais do país. É lamentável que no debate de ideias, exigido para uma atuação séria no Parlamento, vossa senhoria se perca diariamente em ofensas.
O Partido Comunista do Brasil, junto do PT, PSB e PSOL já mostrou o caminho junto ao Conselho de Ética da Câmara e à sociedade: a cassação do mandato de Bolsonaro através do Conselho de Ética e Conduta Parlamentar da Casa. O documento está em trâmite, ao mesmo tempo que uma petição pública coleta agilmente 500 mil pedidos por sua saída. Vale lembrar que não é a primeira vez que o deputado é alvo do colegiado ou de instâncias externas por conta de suas ações ou declarações.
Bolsonaro não passará. A impunidade tornaria muito difícil a convivência e credibilidade do parlamento brasileiro. Seu ódio latente, sempre justificado como “oposição ao Governo”, pode ressoar para poucos, talvez até tomar forma como voto de protesto, mas jamais terá eco em nosso país. A caricata ironia com que prega a violência sexual será derrotada pelos órgãos de justiça e da corregedoria do Parlamento. Um Bolsonaro incomoda muita gente, mas para os indivíduos e grupos que pensam como ele, a nossa democracia incomoda muito mais.
“Não se amplia a voz dos idiotas”. Mesmo tendo como referência esta citação de Millôr Fernandes, é impossível, diante da reincidência e pelo espaço que ocupa, evitar o mesmo com Bolsonaro. Suas ofensas inaceitáveis, ditas ao bel prazer para deleite de uma meia dúzia sanguinária, põem à mostra os monstros internos do parlamentar viúvo da Ditadura.
O defensor de torturadores cultua o crime do estupro, ofende negros, homoafetivos e feministas a partir de uma linha de raciocínio frágil e débil, mas que levam ao delírio seus seguidores, igualmente intolerantes e saudosos do período de exceção.
Seu campo reacionário, alinhado a grupos pró-ditadura militar, fascistas e imbuídos de um sadismo doentio, resolveu romper o silêncio, apesar de minoritário. Não é à toa que se pode dizer que a Direita saiu do armário no Brasil. Forças neoliberais e conservadoras deram os braços e casaram-se num momento importante para o país.
E este enlace do atraso com o ódio tem sido abençoado pela Grande Mídia, que busca promover um sentimento anti-esquerda, contra tudo ligado às ideias progressistas. Bolsonaro se alimenta deste resultado para abocanhar eleitores. Uma relação simbiótica e oportunista, onde os ganhos que imaginam ter significam perdas para a democracia.
Ao dizer que não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT/RS) por ela “não merecer”, da tribuna da Câmara dos Deputados, o parlamentar atacou todas nós. Tenta acertar a atuação da Comissão Nacional da Verdade, mas acabou por atacar as protagonistas desta luta, mulheres, mães ou filhas, avós ou netas, chefes de família, estudantes e ativistas. Agrediu todas com sua virulenta expressão machista, misógina e criminosa. Arremessou o ódio incrustado em sua mente e em seu coração na direção de todas as mulheres, se autodeclarando um possível estuprador, naturalizando um crime hediondo da tribuna parlamentar. Absurdo!
Até as Organizações das Nações Unidas (ONU) se manifestaram, repudiando as declarações do deputado. Disse o que viemos afirmando: “uma ofensa não apenas para a deputada, mas também para a dignidade das mulheres e de todas as vítimas de abusos graves como violência sexual e estupro”.
Não, Bolsonaro. Nenhuma de nós merece ser estuprada. Seu “ato falho” diante da Nação só mostra o quanto o senhor é intolerante e preconceituoso com os mais variados grupos sociais do país. É lamentável que no debate de ideias, exigido para uma atuação séria no Parlamento, vossa senhoria se perca diariamente em ofensas.
O Partido Comunista do Brasil, junto do PT, PSB e PSOL já mostrou o caminho junto ao Conselho de Ética da Câmara e à sociedade: a cassação do mandato de Bolsonaro através do Conselho de Ética e Conduta Parlamentar da Casa. O documento está em trâmite, ao mesmo tempo que uma petição pública coleta agilmente 500 mil pedidos por sua saída. Vale lembrar que não é a primeira vez que o deputado é alvo do colegiado ou de instâncias externas por conta de suas ações ou declarações.
Bolsonaro não passará. A impunidade tornaria muito difícil a convivência e credibilidade do parlamento brasileiro. Seu ódio latente, sempre justificado como “oposição ao Governo”, pode ressoar para poucos, talvez até tomar forma como voto de protesto, mas jamais terá eco em nosso país. A caricata ironia com que prega a violência sexual será derrotada pelos órgãos de justiça e da corregedoria do Parlamento. Um Bolsonaro incomoda muita gente, mas para os indivíduos e grupos que pensam como ele, a nossa democracia incomoda muito mais.
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