Uma viagem pela obra do pintor russo Wassily Kandinsky mostra as raízes do seu pensamento, as influências marcantes de sua trajetória artística, sua relação com a espiritualidade e com a cultura popular. Essas são as principais características da exposição Kandinsky: Tudo Começa num Ponto, que promete um mergulho completo no universo criativo de um dos pintores mais influentes do século 20, considerado o pioneiro do abstracionismo.


“Esta exposição é um conjunto de obras nunca antes vistas em nenhum outro lugar do mundo dessa forma. São obras raras, pois em sua maioria correspondem a períodos bem do começo da criação da arte abstrata, em meados dos anos 1920. Isso é inédito para um acervo dessa magnitude e um evento bastante importante para a programação cultural brasileira”, disse à Agência Brasil o coordenador da exposição, Rodolfo de Hatayde.
As obras vieram, principalmente, da coleção do Museu Estatal Russo, de São Petersburgo, além de quadros do acervo de mais sete museus da Rússia e coleções procedentes da Alemanha, Áustria, Inglaterra e França.
A exposição está organizada em cinco blocos, que contam a trajetória artística do pintor. O primeiro deles mostra as raízes de sua obra e a relação com a cultura popular, o folclore russo, as lendas e contos que o artista vinculou à sua criação. Outro espaço está é reservado para a influência do universo espiritual e estético do xamanismo nas obras de Kandinsky.
Há também espaços dedicados às experiências no movimento Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul), fundado na Alemanha pelo pintor, à amizade de Kandinsky com o compositor alemão Arnold Schonberg, e um bloco voltado para os artistas contemporâneos a Kandinsky .


“Ele foi um dos primeiros a criar uma teoria especial sobre as cores e sua a composição no sentido estrábico. Kandinsky abriu as portas para que uma pintura fosse alguma coisa mais que uma simples representação da realidade e que a arte permitisse expor sentimentos, ideias estrábicas e fazê-lo de um modo tão belo como ele o fez nas suas obras”, finaliza Rodolfo de Hatayde.
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