Em
sua posse, na manhã desta segunda-feira (12), em Brasília, o novo
ministro da Cultura, Juca Ferreira, destacou que “é preciso ter
confiança no povo e não fugir de lutas como o combate à segregação
cultural, reconhecimento de povos e mudança de comportamento.” Ele
garantiu o fortalecimento das relações culturais e o enfrentamento à
segregação cultural como focos do seu mandato.
Em sua primeira gestão à
frente do Ministério da Cultura, Ferreira trabalhou na construção de
importantes projetos de lei.
Para o novo ministro, “a Cultura se afirma como um dos elementos
constitutivos da própria democracia. Somente ela pode agregar valor ao
desenvolvimento e abrir caminho para a inovação no seio da sociedade.
Uma grande nação precisa de um desenvolvimento da cultura do tamanho da
sua grandeza”, analisou.Juca Ferreira também demonstrou a intenção de fortalecer as relações culturais do Brasil com países de todo o mundo, principalmente da América Latina. Para ele, a troca de experiências pode ser benéfica para todos.
“É o início de um trabalho conjunto para que a gente construa relações culturais onde não é só apresentar a cultura brasileira fora, mas também receber outras culturas no nosso País”, disse, lembrando ainda que o trabalho do Ministério da Cultura deve ser feito em cooperação com outras instituições, tanto particulares quanto públicas, oferecendo diálogo a todos.
Reformas estruturais
Juca vai para segundo mandato à frente da pasta de cultura. Ele exerceu o cargo por dois anos e meio, de julho de 2008 até o final do governo do ex-presidente Lula. Baseado em sua experiência anterior, ele designou o novo período como “de mudanças para garantir reformas estruturais”.
O novo ministro também destacou em seu primeiro discurso que pretende lutar por iniciativas como a aprovação da PEC da Cultura, integração de novas tecnologias para novos autores, ampliação dos bens digitais e busca por mais investimentos na pasta.
Logo no primeiro dia de trabalho, o novo ministro já tem uma extensa agenda. Às 15h, terá reunião fechada com os secretários estaduais de Cultura e, às 17h, participará da Roda de Conversa, aberta ao público, no Teatro Plínio Marcos, em Brasília, que será transmitida ao vivo pelo portal do Ministério da Cultura.
Perfil
Nascido em Salvador (BA), Ferreira atuou na militância estudantil, tendo sido eleito presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) em 1968. Não chegou a assumir o cargo, já que a eleição ocorreu no mesmo dia da instituição do AI-5. Atuou na resistência à ditadura militar, o que lhe rendeu nove anos de exílio no Chile, na Suécia e na França.
De volta ao Brasil, após a Anistia, trabalhou como assessor especial da Fundação Cultural do Estado da Bahia, onde desenvolveu diversos projetos ligados à área cultural. Na década de 1990, foi secretário de Meio Ambiente da cidade de Salvador e presidente da Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente.
Foi eleito duas vezes vereador pela capital baiana. Durante a segunda legislatura, em 2003, foi convidado por Gilberto Gil para assumir a Secretaria-Executiva do Ministério da Cultura, cargo que exerceu por cinco anos e meio. Com a saída de Gil, assumiu o ministério de julho de 2008 até o final do governo do ex-presidente Lula.
Em sua primeira gestão à frente do Ministério da Cultura, Ferreira trabalhou na construção de importantes projetos de lei, como o Vale-Cultura e o ProCultura, na modernização do direito autoral e na consolidação do Programa Cultura Viva, atualmente Política Nacional de Cultura Viva, que busca fomentar atividades culturais já existentes por meio dos Pontos de Cultura e das manifestações culturais da diversidade brasileira. Nos últimos dois anos, Ferreira foi secretário municipal de Cultura de São Paulo.
Da Redação em Brasília
Com informações do Ministério da Cultura
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