O livro Cabanagem – peça teatral do dramaturgo Nazareno Tourinho deixa de lado os grandes heróis cabanos como Antônio Vinagre e Eduardo Angelim, para dar voz aos personagens que também foram importantes na revolta popular, mas não tiveram sua história contada ao longo do tempo.
Divulgação
Capa do livro Cabanagem - Peça teatral
Por meio de uma série de pesquisas em jornais, artigos e publicações como o livro História do Pará de
Ernesto Cruz, Nazareno buscou não deixar os fatos históricos e a
cronologia de lado e ressaltou a atuação de personagens simples que até
então não tinham vindo à luz em outras obras. “Na história do Brasil, a Cabanagem figura como a única revolução armada que o povo pobre de uma região, no caso a Amazônia, derrubou o governo legalmente constituído e assumiu de fato o poder político”, diz autor.
Em sua peça, Tourinho coloca os personagens mais simples junto dos nomes ilustres da revolução. Eles também são protagonistas dos acontecimentos, aparecem logo no início da leitura e vão ganhando força revolucionária a cada nova ação, compartilhando a ideia de uma sociedade mais justa e verdadeiramente livre.
A tomada da capital paraense, ocorrida no dia 7 de janeiro de 1835, talvez seja o ápice da leitura. Este momento no livro guarda a essência da tentativa de resgatar o movimento pelo aspecto que o diferencia das outras revoluções travadas no Brasil, um levante popular.
Nazareno Tourinho é um consagrado dramaturgo paraense e com ainda muito jovem, antes dos 35 anos, foi eleito membro efetivo e perpétuo da Academia Paraense de Letras. Entre os diretores renomados que dirigiam peças de Tourinho estão Cláudio Correa e Castro e Wolff Maia.
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