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No nosso blog: Brasileiros, Norte Americanos, Portugueses, Canadenses, Russos, Ingleses, Italianos, Eslovenos, enfim, todos que gostam da cultura Brasileira e que tem nos acompanhado.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Grupo de dança promove integração na Favela da Maré, no Rio


A presença da Lia Rodrigues Cia. de Danças na Favela da Maré, no Rio de Janeiro, iniciada em 2003, vem mostrando um caminho diferente para as experiências que se autonomeiam "sociais". Um de seus frutos foi a criação, em 2011, da Escola Livre de Dança da Maré, que retomou um projeto realizado lá mesmo pela professora e crítica Silvia Sotter, em 2005.


 
Coreografias surgem das sugestões e experiências das crianças e jovens (Divulgação)
Financiada pela Petrobrás, a escola começou no programa cultural e agora está migrando para o social, mas a sua continuidade ainda não está acertada. Aberta a todos os moradores de todas as idades, hoje reúne 300 praticantes em seus cursos livres. Outro fruto foi a criação do Núcleo 2, graças ao apoio da Fundação Hermès, dedicado à formação de intérpretes para a dança. São eles que estreiam nesta segunda-feira (29) seu primeiro trabalho: Exercício M, de Movimento e de Maré, lá mesmo, onde fica a sede da Lia Rodrigues Cia de Danças.

Lia explica que o projeto do Núcleo 2 tem como proposta juntar 80% de membros da comunidade com 20% vindos de outros lugares. "Queremos trabalhar o encontro entre jovens que vêm de formações e lugares diferentes, assim como o encontro deles com a companhia. Nesta primeira ação, cada um trouxe o que era seu e construímos algo juntos. E também trabalhamos com os materiais coreográficos da companhia. Escolhemos um trecho do Aquilo de Que Somos Feitos, obra de 2000, e ele foi multiplicado por 16. Os dois momentos são apresentados com o público acomodado ao redor do mesmo quadrado em que o Aquilo acontece. E Zeca Assunção compôs uma música nova para os duos que surgiram, o que também faz uma ligação musical com a trilha original."

Para formar o Núcleo 2, foi realizada uma audição. Apresentaram-se 50 interessados, 26 foram selecionados e, ao final do processo de um ano de quatro horas diárias de dedicação, restaram doze. São jovens entre 17 e 24 anos, que recebem uma bolsa de R$ 280, um lanche e o dinheiro para seu transporte. A eles se juntaram quatro convidados.

"É muito vital essa experiência. Eles são muito autônomos, trabalham com uma garra que hoje é cada vez mais rara. Não são corpos de bailarinos, mas agora estão muito mais treinados. Tem quem nunca tivesse feito dança antes, tem quem está conosco desde nosso primeiro projeto, o Dança para Todos."

Apoio. O Núcleo 2 é formado por Allef dos Reis Victor Estevão, Danielle Pereira Rodrigues, Diego Farias Alves da Cruz, Gustavo Glauber dos Santos Vieira, Ingrid Cristine C. Santos, Jeniffer Rodrigues da Silva, Lohana Pereira Severo, Luciana Barros Ferreira, Marilena Manuel Alberto, Raquel Alexandre David Silva, Sidney Rafael Galdino dos Santos, Thaina Farias de Barcelos. E as quatro convidadas são Clara Ramos de Castro, Dora Mendonça Murillo Selva, Gabriela Cordovez da Costa Franco, Marta Eugenia Frattini.

O desenvolvimento do Exercício M, de Movimento e de Maré foi possível porque recebeu o Fundo de Apoio à Dança - FADA -, criado no Rio de Janeiro durante a gestão de Emílio Kalil na Secretaria Municipal de Cultura. "Com a troca de governo, ainda não sabemos o que acontecerá com essa política pública de financiamento à dança recém-implantada."

Em meio a toda essa insegurança, o ânimo não diminui. "Quando você está em um ambiente onde é preciso tirar o pó que se acumula a cada novo dia, no qual o moço que precisa tirar o carro do lugar onde está estacionado não tira, onde existe tráfico, onde somos nós mesmo que colocamos e lavamos o linóleo a cada vez que vamos usá-lo, acho que se pratica dança de forma diferente da de outros ambientes." Talvez esse jeito de fazer tenha algo de importante a dizer para quem se interessa pela qualidade da dança, da democracia e da cidadania.

Fonte: Estadão

Revolução Bolivariana transforma cena cultural da Venezuela


O teatro Teresa Carreño, construído nos tempos em que a Venezuela era conhecida por ter a Caracas Saudita – em alusão à abundância dos recursos do petróleo — é uma metáfora da cultura no país. Outrora proibido para o público geral, o teatro da era Chávez é cenário de atos públicos, shows gratuitos e de democratização cultural. Comunista, e “cultor”, o ator Antonio Machuca é um dos militantes deste projeto de cultura revolucionária. 


Por Vanessa Silva, de Caracas


Alba Caracas
Machuca
Machuca, durante ato de apoio à candidatura de Maduro no Teresa Carreño no começo de abril
Ator desde os 15 anos, Machuca é famoso por suas participações em inúmeras novelas nos anos 1980/90, mas, ao ver seu país sacudido pela revolução comandada por Hugo Chávez, resolveu participar do processo ativamente. Sua posição política passou então a incomodar os meios privados para as quais trabalhava. Incompreendido, saiu dos estúdios e voltou para o teatro, onde começou.

Há oito anos trabalha em um projeto pessoal batizado de “Monólogos – Conversações”, uma montagem onde o ator incita a participação do público sobre temas políticos, históricos e sociais. Em suas próprias palavras, o projeto tem como objetivo fazer com que as pessoas “se reconheçam como protagonistas da história”. 

Opulento e majestoso, no coração de Caracas, o Teresa Carreño foi o cenário da entrevista concedida pelo poeta Machuca ao Portal Vermelho:

Porta Vermelho: Chávez trabalhou muito a questão da autoestima dos venezuelanos. Qual é o impacto que isso tem para a cultura do país? 
Antonio Machuca: Eu venho de uma luta do Partido Comunista há anos e trabalhei muito tempo na televisão, o que me permitiu estar em um meio e perceber que era preciso mudar o lugar onde estava trabalhando. Por minha formação comunista, comecei a trabalhar com este sentido de busca da pátria. Nós começamos a nos encontrar com todos os coletivos [de cultura do país], com todas estas pessoas que estavam estimuladas pela efervescência produzida pelo Comandante há 14 anos. 

Isso permitiu que nos identificássemos com este ardor que Chávez tinha. Ele desapareceu, mas ficou em uma parte do povo e sobretudo, nos cultores saudáveis. Não nos “artistas” que trabalham nos meios televisivos com a cultura superficial. Aqui nós temos um Ministério da Cultura, que agora é chavista e, por meio dele, estamos projetando a cultura revolucionária necessária para consolidar a pátria que estamos construindo.
Prensa MinCi
Machuca recebe do Ministério da Cultura o título de Maestro Honorário

Fale mais sobre este conceito de cultor…
Eu defino da seguinte forma: o artista é o que trabalha no meio comercial, é um ser superficial, que vende um produto, que não vê sentido no que está fazendo. Já o cultor é o que conscientiza: é a arte em benefício de sua pátria. É uma diferenciação que eu faço. Me conhecem como artista, mas não quero ser reconhecido assim, quero ser reconhecido como cultor, pelo meu valor, meu sentimento, minha essência. 

E estes cultores, que papel desempenham na manutenção da revolução bolivariana?
São muito importantes. Os cultores são os valores autênticos da pátria que não estavam contemplados antes. Agora temos um Ministério da Cultura trabalhando em todas as regiões. Camponeses da parte mais longínqua do país e que são cultores. Geralmente são desconhecidos e agora estamos trazendo-os para este cenário conosco. Então temos esta cena mais linda do que a que é feita pelo mercado comercial. 

Nossos valores internos estão sendo desenvolvidos e isso é lindo, maravilhoso, porque têm valor revolucionário, combativo. Esta é a diferença entre o ser artista e o ser cultor, que está em toda a pátria. Nós levamos [cultura] para lugares que nunca tiveram oportunidade e fazemos intercâmbio entre províncias, entre estados. Muitas vezes a cultura de um estado é totalmente diferente do outro em sons, essência, e levamos isso para toda a pátria, distribuindo nossos saberes.

Chávez trabalhou muito pela integração latino-americana. Alguns falam que o caminho para a integração real é pela via cultural. Crê que a cultura seja capaz de agregar e transformar o imaginário coletivo para nos vermos como irmãos, como iguais e não como distintos nas pequenas coisas que nos diferenciam?
Estou certo que sim. A cultura é a arma mais poderosa para a transformação e é importante termos o reconhecimento de que podemos, ao menos ao nível sul-americano, ter os sete países integrados a esta forma de pensar. O império do norte se encarregara de nos dividir e isso é reforçado com o valor de nossa cultura porque ela é a arma mais consistente que temos e que por muito tempo esteve nas mãos da oligarquia. Agora estamos estendendo [este projeto] a todos os países da Alba [Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América]. Estamos com muita força, entendemos que é isso que vai nos fazer unidos, grandes. Mas não para atacar, maltratar ninguém, e sim para nos defender e nos manter em paz diante de todo o mundo. Temos que conseguir o respeito porque é isso que nos dará a paz a nível mundial. 


Dilma reafirma que os royalties do petróleo serão para educação


A presidenta Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (29) que enviará ao Congresso Nacional uma nova proposta sobre o uso integral dos royalties do petróleo da camada pré-sal na área da educação. O objetivo é que a verba do pré-sal seja usada exclusivamente nessa área.


 
A presidenta Dilma esteve em Campo Grande (MS) para entregar 300 ônibus escolares
A comissão mista que analisa a proposta não chegou a acordo para a votação e decidiu adiá-la até que o Supremo Tribunal Federal (STF) se manifeste a respeito das regras de divisão dos royalties.

 “Nessa questão da educação, somos teimosos, somos insistentes, e vamos enviar uma nova proposta para uso dos recursos, royalties, participações especiais e o recurso do pré-sal, para serem gastos exclusivamente na educação, disse a presidenta durante discurso em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Ela participou da entrega de chaves de 300 ônibus escolares para transporte crianças e jovens da zona rural de 78 municípios de Mato Grosso do Sul.

O Brasil precisa de duas coisas para melhorar a educação: da vontade de todos nós, a vontade política do governo e a paixão das famílias, mas também precisa de recursos”, 

Dilma Rousseff recebeu o título de cidadã sul-mato-grossense da Assembleia Legislativa do estado e ressaltou que nenhum país do mundo se torna desenvolvido sem educação em tempo integral. A presidenta disse que o governo e as famílias devem valorizar a educação desde a creche, onde, segundo ela, as desigualdades começam a ser combatidas, com as crianças recebendo os mesmos incentivos e estímulos educacionais. Depois, segundo a presidenta, é preciso buscar que todas as crianças estejam plenamente alfabetizadas até os oito anos, para que o desenvolvimento posterior se torne mais fácil.

A vinculação dessa verba à educação é tida como um compromisso pessoal de Dilma. "O Brasil tem de destinar essa sua grande riqueza para ser gasta em educação", afirmou.

A presidenta disse, no fim de seu pronunciamento, que o país tem avançado e deixado para trás o complexo de vira-lata. “Nós mudamos, somos respeitados no mundo, somos um país forte, somos uma das maiores economias, temos uma agricultura forte e competitiva, uma indústria forte e competitiva, temos uma população trabalhadora, capaz, que não desiste nunca, que entra pra ganhar. Nesses últimos dez anos, enterramos o complexo de vira-lata. Vamos aproveitar, levantar bem o nariz e ter muita autoconfiança, porque nós somos de um país vencedor”, finalizou Dilma.

Com agências

Dilma apresentará nova proposta sobre destinação dos royalties do petróleo


Brasília - A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (29) que enviará ao Congresso Nacional uma nova proposta sobre o uso integral dos royalties do petróleo da camada pré-sal na área da educação. A Medida Provisória (MP) 592 perderá validade no dia 12 de maio, caso não seja votada no Congresso. A comissão mista que analisa a proposta não chegou a acordo para a votação e decidiu adiá-la até que o Supremo Tribunal Federal (STF) se manifeste a respeito das regras de divisão dos royalties.

“Nessa questão da educação, somos teimosos, somos insistentes, e vamos enviar uma nova proposta para uso dos recursos, royalties, participações especiais e o recurso do pré-sal, para serem gastos exclusivamente na educação. O Brasil precisa de duas coisas para melhorar a educação: da vontade de todos nós, a vontade política do governo e a paixão das famílias, mas também precisa de recursos”, disse a presidenta durante discurso em Campo Grande. Ela participouda entrega de chaves de 300 ônibus escolares para transporte crianças e jovens da zona rural de 78 municípios de Mato Grosso do Sul.
Dilma Rousseff recebeu o título de cidadã sul-mato-grossense da Assembleia Legislativa doEstado e ressaltou que nenhum país do mundo se torna desenvolvido sem educação em tempo integral. A presidenta disse que o governo e as famílias devem valorizar a educação desde a creche, onde, segundo ela, as desigualdades começam a ser combatidas, com as crianças recebendo os mesmos incentivos e estímulos educacionais. Depois, segundo ela, é preciso buscar que todas as crianças estejam plenamente alfabetizadas até os oito anos, para que o desenvolvimento posterior se torne mais fácil.
A presidenta disse, no fim de seu pronunciamento, que o país tem avançado e deixado para trás o complexo de vira-lata. “Nós mudamos, somos respeitados no mundo, somos um país forte, somos uma das maiores economias, temos uma agricultura forte e competitiva, uma indústria forte e competitiva, temos uma população trabalhadora, capaz, que não desiste nunca, que entra pra ganhar. Nesses últimos dez anos, enterramos o complexo de vira-lata. Vamos aproveitar, levantar bem o nariz e ter muita autoconfiança, porque nós somos de um país vencedor”.

Niemeyer: Paris influenciou a vida e o trabalho do arquiteto



Na semana em que Paris recebe a maior exposição já realizada sobre Oscar Niemeyer fora do Brasil, o jornal Correio Braziliense refaz os passos do mestre modernista na capital francesa para mostrar como a Cidade-Luz influenciou a obra do arquiteto no pós-Brasília. E para revelar como Oscar se transformou em um ícone que ainda influencia gerações de parisienses encantados com a genialidade de sua obra.

Por Helena Mader*


De um lado, a repressão da ditadura militar brasileira, que transformou um arquiteto declaradamente comunista em inimigo público. De outro, a liberdade e o liberalismo da Paris dos anos 1960. Festas, discussões existencialistas, debates aprofundados e sem censura nos cafés e nos boulevards.

Logo após o golpe militar, o coração de Oscar Niemeyer se dividiu entre esses dois mundos opostos. Pressionado pelos militares, ele partiu para um exílio da França em 1964. Mas o deslumbramento com a boa vida parisiense era sempre confrontado com a dura situação brasileira enfrentada por seus camaradas. Essa dualidade marcou a temporada de Oscar fora do país e influenciou sobremaneira sua vida e seu trabalho.



A exposição Brasília, meio século da capital brasileira, aberta ao público desde sábado (27) na sede do Partido Comunista Francês, é uma homenagem ao maior arquiteto brasileiro de todos os tempos. O belo edifício ao norte de Paris foi seu primeiro projeto no exterior — e talvez um dos mais reconhecidos fora do Brasil. A temporada de Oscar na França foi frutífera: ele projetou construções nos arredores de Paris e em outras cidades francesas.

A exposição Brasília, meio século da capital do Brasil foi dividida em sete setores. O primeiro é dedicado à Missão Cruls e tem fotos e textos sobre o trabalho do belga Luiz Cruls, ainda no século 19.



O segundo espaço é dedicado às fotos da construção de Brasília e o terceiro traz imagens de monumentos históricos da cidade, registradas pelo fotógrafo Fábio Colombini. O quarto setor é uma homenagem à JK, Lucio Costa e Athos Bulcão.

Um dos pontos altos da mostra é a maquete gigante de Brasília, feita por Antônio José Pereira da Costa. O trabalho revela a genialidade do Plano Piloto de Lucio Costa e mostra com clareza o formato de avião da cidade. A exposição tem entrada gratuita e ficará aberta até 30 de junho, na sede do Partido Comunista Francês, em Paris.

*Helena Mader é repórter do Correio Braziliense e viajou a convite do Partido Comunista Francês para acompanhar a exposição. (Fotos: Martin Bureaup/AFP)

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Altamiro Borges: A candidatura de Amaury Ribeiro Jr para a ABL


O jornalista Amaury Ribeiro Júnior enfrentará o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso por uma cadeira na Academia Brasileira de Letras (ABL). Ato de lançamento ocorrerá nesta sexta-feira (26), às 15 horas, na sede do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro.

Por Altamiro Borges, em seu blog



Já está tudo certo para o ato de lançamento da candidatura do jornalista Amaury Ribeiro Júnior, autor do livro "A privataria tucana", para a Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele ocorrerá no dia 26 de abril, sexta-feira, às 15 horas, na sede do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro (Rua Evaristo da Veiga, nº 16, 17º andar, Centro).

Na sequência, os apoiadores sairão em passeata, acompanhados por um animado bloco carnavalesco, para registrar a candidatura na ABL. Por último, como ninguém é de ferro, haverá uma confraternização etílica na Cinelândia. Todos estão convidados para o ritual dos "imortais".

Reproduzo abaixo o manifesto de apoio a Amaury Ribeiro, que já conta com mais de 6 mil adesões e ainda está aberto a novos apoios. Não deixe de assinar a petição e de participar do ato irreverente.

A privataria é imortal - Amaury Ribeiro Júnior para a ABL

Não é a primeira vez que a Academia Brasileira de Letras tem a oportunidade de abrir suas portas para o talento literário de um jornalista. Caso marcante é o de Roberto Marinho, mentor de obras inesquecíveis, como o editorial de 2 de abril de 64:

"Ressurge a Democracia, Vive a Nação dias gloriosos" – o texto na capa de "O Globo" comemorava a derrubada do presidente constitucional João Goulart, e não estava assinado, mas trazia o estilo inconfundível desse defensor das liberdades. Marinho tornou-se, em boa hora, companheiro de Machado de Assis e de José Lins do Rego.

Incomodada com a morte prematura de "doutor" Roberto, a Academia acolheu há pouco outro bravo homem de imprensa: Merval Pereira, com a riqueza estilística de um Ataulfo de Paiva, sabe transformar jornalismo em literatura; a tal ponto que – sob o impacto de suas colunas – o público já não sabe se está diante de realidade ou ficção.

Esses antecedentes, "per si", já nos deixariam à vontade para pleitear – agora - a candidatura do jornalista Amaury Ribeiro Junior à cadeira 36 da Academia Brasileira de Letras.

Amaury, caros acadêmicos e queridos brasileiros, não é um jornalista qualquer. É ele o autor de "A Privataria Tucana" – obra fundadora para a compreensão do Brasil do fim do século XX.

Graças ao trabalho de Amaury, a Privataria já é imortal! Amaury Ribeiro Junior também passou pelo diário criado por Irineu Marinho (o escritor cubano José Marti diria que Amaury conhece, por dentro, as entranhas do monstro).

Mas ao contrário dos imortais supracitados, Amaury caminha por outras tradições. Repórter premiado, não teme o cheiro do povo. Para colher boas histórias, andou pelas ruas e estradas empoeiradas do Brasil. E não só pelos corredores do poder.

Amaury já trabalhou em "O Globo", "Correio Braziliense", "IstoÉ", "Estado de Minas", e hoje é produtor especial de reportagens na "TV Record". Ganhou três vezes o Prêmio Esso de Jornalismo. Tudo isso já o recomendaria para a gloriosa Academia. A obra mais importante do repórter, entretanto, não surge dos jornais e revistas. "A Privataria Tucana" – com mais de 120 mil exemplares comercializados – é o livro que imortaliza o jornalista.

A Privataria é imortal - repetimos!


O livro de Amaury não é ficção, mas é arte pura. Arte de revelar ao Brasil a verdade sobre sua história recente. Seguindo a trilha aberta por Aloysio Biondi (outro jornalista que se dedicou a pesquisar os descaminhos das privatizações), Amaury Ribeiro Junior avançou rumo ao Caribe, passeou por Miami, fartou-se com as histórias que brotam dos paraísos fiscais.

Estranhamente, o livro de Amaury foi ignorado pela imprensa dos homens bons do Brasil. Isso não impediu o sucesso espetacular nas livrarias - o que diz muito sobre a imprensa pátria e mais ainda sobre a importância dos fatos narrados pelo talentoso repórter.

A Privataria é imortal! Mas o caminho de Amaury Ribeiro Junior rumo à imortalidade, bem o sabemos, não será fácil. Quis o destino que o principal contendor do jornalista na disputa pela cadeira fosse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

FHC é o ex-sociólogo que – ao virar presidente – implorou aos brasileiros: "Esqueçam o que eu escrevi". A ABL saberá levar isso em conta, temos certeza. É preciso esquecer.

Difícil, no entanto, é não lembrar o que FHC fez pelo Brasil. Eleito em 1994 com o apoio de Itamar Franco (pai do Plano Real), FHC prometeu enterrar a Era Vargas. Tentou. Esmerou-se em desmontar até a Petrobras. Contou, para isso, com o apoio dos homens bons que comandam a imprensa brasileira. Mas não teve sucesso completo.

O Estado Nacional, a duras penas, resistiu aos impulsos destrutivos do intelectual Fernando.

Em 95, 96 e 97, enquanto o martelo da Privataria tucana descia velozmente sobre as cabeças do povo brasileiro, Amaury dedicava-se a contar histórias sobre outra página vergonhosa do Brasil - a ditadura militar de 64. Em uma de suas reportagens mais importantes, sobre o massacre de guerrilheiros no Araguaia, Amaury Ribeiro Junior denunciou os abusos cometidos pela ditadura militar (que "doutor" Roberto preferia chamar de Movimento Democrático).

FHC vendia a Vale por uma ninharia. Amaury ganhava o Prêmio Esso...

FHC entregava a CSN por uns trocados. Amaury estava nas ruas, atrás de boas histórias, para ganhar mais um prêmio logo adiante...

As críticas ao ex-presidente, sabemos todos nós, são injustas. Homem simples, quase franciscano, FHC não quis vender o patrimônio nacional por valores exorbitantes. Foi apenas generoso com os compradores - homens de bem que aceitaram o duro fardo de administrar empresas desimportantes como a Vale e a CSN. A generosidade de FHC foi muitas vezes incompreendida pelo povo brasileiro, e até pelos colegas de partido - que desde 2002 teimam em esquecer (e esconder) o estadista Fernando Henrique Cardoso.

Celso Lafer - ex-ministro de FHC - é quem cumpre agora a boa tarefa de recuperar a memória do intelectual Fernando, ao apresentar a candidatura do ex-presidente à ABL. A Academia, quem sabe, pode prestar também uma homenagem ao governo de FHC, um governo simples, em que ministros andavam com os pés no chão - especialmente quando tinham que entrar nos Estados Unidos.

Amaury não esqueceu a obra de FHC. Mostrou os vãos e os desvãos, com destaque para o caminho do dinheiro da Privataria na volta ao Brasil. Todos os caminhos apontam para São Paulo. A São Paulo de Higienópolis e Alto de Pinheiros. A São Paulo de 32, antivarguista e antinacional. A São Paulo de FHC e do velho amigo José Serra - também imortalizado no livro de Amaury.

Durante uma década, o repórter debruçou-se sobre as tenebrosas transações. E desse trabalho brotou "A Privataria Tucana".

Por isso, dizemos: se FHC ganhar a indicação, a vitória será da Privataria. Mas se Amaury for o escolhido, aí a homenagem será completa: a Privataria é imortal!

*****

Se você apoia Amaury para a ABL, deixe abaixo seu nome, profissão e/ou entidade. Veja quem já aderiu à campanha "A Privataria é imortal":

Altamiro Borges
Antonio Cantisani Filho
Breno Altman
Conceição Lemes
Daniel Freitas
Dermi Azevedo
Diogo Moysés
Elis Regina Brito Almeida
Emiliano José
Emir Sader
Enio Squeff
Ermínia Maricato
Flavio Wolf Aguiar
Gilberto Maringoni
Inácio Neutzling
Ivana Jinkings
Joaquim Ernesto Palhares
Joaquim Soriano
João Brant
José Arbex Jr.
Julio Guilherme De Goes Valverde
Katarina Peixoto
Ladislau Dowbor
Laurindo Leal Filho
Lúcio Manfredo Lisboa
Luiz Carlos Azenha
Luiz Fernando Emediato
Luiz Gonzaga Belluzzo
Marcel Gomes
Marcio Pochmann
Marco Aurelio Weissheimer
Marcos Dantas
Paulo Henrique Amorim
Paulo Salvador
Raul Millet Filho
Reginaldo Nasser
José Reinaldo Carvalho
Renato Rovai
Rodrigo Vianna
Samuel Pinheiro Guimarães
Venício Lima
Wagner Nabuco

Em maio, museus paulistas serão grátis aos sábados


Quem curte visitar museus precisa reservar tempo em maio. Isto porque a Secretaria de Estado da Cultura vai promover uma série de atividades especiais ao longo do mês em 17 instituições estaduais. Trata-se do evento Museu MeUeSEU: De Todo Mundo, com exposições inéditas, instalações, palestras e oficinas. E o melhor: entrada grátis em todos os sábados do mês (dias 4, 11, 18 e 25).


A programação paulista é uma ação expandida da Semana Nacional de Museus, que ocorre tradicionalmente todos os anos em instituições museológicas do País – neste ano de 13 a 19 de maio. Isto porque no dia 18 se comemora o Dia Internacional dos Museus.

Na capital paulista, participam Casa das Rosas, Casa Guilherme de Almeida, Catavento, Museu Afro Brasil, Museu de Arte Sacra, Memorial da Resistência, Museu da Casa Brasileira, Museu da Imagem e do Som, Museu do Futebol, Museu da Língua Portuguesa, Paço das Artes, Pinacoteca e Estação Pinacoteca. Integram a programação outras quatro instituições: o Museu Felícia Leirner (de Campos do Jordão), Museu do Café (Santos), Museu Índia Vanuíre (Tupã) e Museu Casa de Portinari (Brodowski). Este último, mesmo fechado para restauro, fará programação na esplanada em frente ao museu.

“No ano passado, a gente já fez uma tentativa de programação compartilhada”, afirma a coordenadora da unidade de Museu da Secretaria da Cultura, Claudinéli Ramos. “Mas é a primeira vez que há um esforço para concentrar atividades de todos os museus durante um mês inteiro.” A expectativa é que os resultados sejam ainda melhores do que em 2012, quando o público registrado nos museus paulistas em maio foi 40% superior ao mesmo período do ano anterior.

Destaques. Na programação do mês, há diversas aberturas de exposições. Na Pinacoteca do Estado, serão duas as novidades. No dia 4, estreia a mostra Seis Séculos de Arte Chinesa na coleção do Musée Cernuschi, um dos mais antigos e importantes museus de arte asiática da França. A mostra reúne 120 pinturas, apresentando desde os mais importantes artistas da China imperial até pintores chineses que depois da década de 1930 escolheram Paris como lugar de formação e espaço de criação. E está agendada para o dia 25 a abertura da exposição do artista português Alexandre Estrela, cujo trabalho tem como ponto de partida as práticas conceituais dos anos 70.

O Museu da Língua Portuguesa, por sua vez, realiza o passeio História à La Carte, em que os visitantes são apresentados, no Parque e na Estação da Luz, ao contexto da relação dos alimentos com a organização sociocultural brasileira. Dentro do museu, destaca-se a atividade Chuva de Versos, que pretende envolver a criançada em uma brincadeira cheia de música e poesia.
No Museu do Futebol, o visitante será convidado a interagir com uniformes antigos e contemporâneos de times de futebol – a experiência é batizada de Com Que Roupa Eu Vou.

Visitação. Desde o ano passado, a Secretaria da Cultura tem promovido diversas ações para aumentar o público dos museus. Os resultados já ficaram claros no balanço de 2012: foi registrado um número de visitantes 19% maior do que em 2011.

Recentemente, para comemorar o recorde de 3 milhões de visitantes, o Museu da Língua Portuguesa, por exemplo, anunciou que ficaria aberto para visitação grátis às terças até 2 de julho – além dos sábados, quando o ingresso já é de graça tradicionalmente. Também para atrair mais público, desde janeiro o museu funciona em horário expandido todas as terças, até as 22h.
Outro equipamento público que é sucesso de visitação, o Museu do Futebol também ganhou um dia a mais de visitação grátis neste mês – até 7 de julho, não há cobrança de ingresso aos domingos, além das quintas-feiras, em que já não havia taxa de entrada.

Veja mais: Calendário dos museus grátis.

Fonte: O Estado de S.Paulo

Jandira cria o "Expresso 168" para debater cenário cultural

  Por solicitação da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), presidente da Comissão de Cultura da Câmara, foi criado o ato cultural “Expresso 168” na agenda de atividades do colegiado. O evento tem como objetivo fomentar o debate sobre o setor entre gestores, artistas, produtores e sociedade em reuniões informais. 


“Queremos iniciar um processo de incitar a conversa e a discussão sobre diferentes eixos da cultura nacional de forma descontraída, sem o rigor regimental da Comissão, que pode ser aplicado em audiências públicas ou sessões deliberativas”, explica Jandira.

O “Expresso 168” – que leva o número da sala da Câmara onde ocorrerá os encontros – possui agenda definida focando datas comemorativas e assuntos de repercussão nacional, como por exemplo o Dia do Circo. “Vamos trazer artistas conhecidos e propor uma discussão sobre o trabalhador da área, seus incentivos e estrutura social-urbana”, adianta a parlamentar.

Da Redação em Brasília

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Secretário diz que vereadores usam casas para distribuir cargos


O secretário municipal de cultura de São Paulo, Juca Ferreira, afirmou que luta para que as Casas de Cultura da cidade voltem para a responsabilidade de sua pasta. Atualmente, os espaços são geridos pelas subprefeituras. Segundo ele, alguns vereadores usam essas casas para distribuir cargos.


 
O secretário de Cultura demonstrou insatisfação com os serviços prestados nos equipamentos públicos. (Foto: Folhapress/Vanessa Carvalho)
Segundo o secretário, os equipamentos –  conforme informa o site da prefeitura –, localizados em regiões periféricas, passaram a ser usados para ocupação de cargos por pessoas indicadas por vereadores.

“As Casas têm a obrigação de fazer parte da estrutura municipal de cultura. São equipamentos avançados na periferia que devem responder a políticas culturais estabelecidas publicamente. Mas nos últimos anos, elas viraram outra coisa. Não estão sob a responsabilidade da secretaria. Eu estou demandando que voltem a ser. Tem uma dificuldade, porque se criou um sistema de ocupação dos cargos que é fora da secretaria e passa por outras legitimidades”, afirmou.

Grafiteiros, rappers e Djs afirmaram enfrentar dificuldades para desenvolver atividades nesses equipamentos, mesmo voluntariamente. Entre as razões apontadas está a burocratização e a intensa militarização das subprefeituras na gestão anterior. Dos 31 subprefeitos, 30 eram policiais militares aposentados.

Juca também demonstrou insatisfação com o serviço prestado nos equipamentos. “Do jeito que é hoje, ela não atende a demanda e nem realiza a missão dela, que é fortalecer os processos culturais locais e levar processos que não são levados localmente”, definiu.

Segundo ele, desde sua chegada à secretaria, a questão está na pauta. Mas indicou não existir soluções de curto prazo encaminhadas. “Não é fácil. Porque elas entraram em um circuito que tem força. Mas é uma disputa que tem de ser feita e nós já estamos travando”, afirmou. “Se eu disser qualquer data aqui, eu estou mentindo”, respondeu, ao ser pressionado por um dos presentes a apresentar um cronograma para a concretização de mudanças.

Ele justificou a dificuldade enfatizando os interesses envolvidos. “Eu estou falando claramente, com todas as letras: é uma disputa. Porque ou elas continuam como são hoje ou elas voltam a fazer parte do sistema de cultura.” A proposta paliativa do secretário para as dificuldades da população, elaborada durante o debate, é a criação de um conselho de cultura em todas as casas, eleitos pela comunidade local.

Juca afirmou, que as casas de cultura seriam importantes, por exemplo, na solução dos problemas relacionados ao funk. A Polícia Militar tem desenvolvido operações para evitar que os bailes que ocorrem nas ruas, principalmente nos bairros da periferia da cidade, aconteçam. As medidas feitas dentro do âmbito da operação delegada da própria prefeitura têm revoltado produtores e frequentadores.

“O poder público tem obrigação de abrir espaço para atividades culturais. Por isso que eu acho que tem de estender a estrutura popular da prefeitura até a periferia, por isso que é tão importante que as casas de cultura sejam instrumentos de política pública, exatamente para que a juventude tenha a possibilidade de se divertir, de ter acesso à cultura, sem ser disponibilizada para influências que não sejam benignas”, defendeu.

Fonte: Rede Brasil Atual

Luciana Santos é a nova presidente da Frente de Cultura da Câmara


 A deputada Luciana Santos (PCdoB-PE), assumiu nesta quarta-feira (24) a presidência da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cultura. “Queremos continuar estimulando o diálogo entre a sociedade, os artistas e os poderes legislativo, executivo e continuar contribuindo para a tramitação e aprovação de projetos prioritários para o fomento à arte e à cultura”, comentou Luciana.


A militância na temática de cultura não é estranha à deputada Luciana Santos. Ela atuou como coordenadora da Frente para Pernambuco e, como líder da bancada do PCdoB, participou de articulações e debates sobre projetos estruturantes para a política nacional de cultura. 

Luciana também tem em seu currículo o fato de ter sido a prefeita de Olinda (PE), cidade com forte intervenção de políticas públicas voltadas à cultura e com intensa atuação nos Pontos de Cultura. 

A deputada disse que é preciso fazer valer o esforço da população brasileira em preservar sua identidade cultural que é bastante diversa. “Temos muitos desafios para que de fato a cultura seja consolidada como política pública de estado. Como ações da Frente destaco o debate sobre direitos autorais e sobre os pontos de cultura”, ressaltou a deputada, acrescentando que “não vai faltar dedicação e abertura para trabalhar de forma coletiva”.

A Frente Parlamentar Mista da Cultura foi reinstalada em 22 de Março e lançada em 6 de Abril de 2011. É uma dos mais importantes colegiados do Congresso Nacional e reúne mais de 300 congressistas, que pretendem debater temas estruturantes para a consolidação das políticas públicas culturais no país.

Atuação decisiva

Em 2012 sua atuação, sob a presidência da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), foi decisiva para aprovação de projetos importantes como o Sistema Nacional de Cultura, o Vale-Cultura e a PEC da Música. 

Para Jandira Feghali, que entregou o cargo a Luciana e hoje ocupa a presidência da Comissão de Cultura da Câmara, o apoio da comissão de cultura e o trabalho conjunto com a frente estão garantidos. “A Frente de Cultura se consolidou na casa. Fico feliz que Luciana assuma a presidência e tenho certeza que será realizado um trabalho de qualidade, que dará continuidade aos esforços que já foram feitos para a promoção da cultura”.

Além da diretoria, a Frente conta com o apoio de um Conselho Consultivo composto por 19 representantes da sociedade civil, gestores públicos, movimentos sociais e instituições ligadas às mais diversas linguagens artísticas e culturais.

Da Redação em Brasília
Com informações da Ass. Dep. Luciana Santos

quarta-feira, 24 de abril de 2013

"O Levante" vence Festival de Cinema Brasileiro de Paris


O filme "O Levante", dirigido por Raphael Aguinaga, foi premiado no Festival de Cinema Brasileiro de Paris, informaram nesta quarta-feira (24) os organizadores do evento.


  O Levante para randômica
A rocambolesca história ambientada em um asilo de idosos foi o filme selecionado pelo público no único prêmio da competição.
A rocambolesca história ambientada em um asilo de idosos foi o filme selecionado pelo público no único prêmio da competição.

A XV edição do Festival contou com o apadrinhamento do cineasta Cacá Diegues, que foi homenageado com a projeção de boa parte de sua obra.
A atriz e diretora portuguesa Maria de Medeiros foi uma das convidadas do festival e a encarregada de entregar o prêmio ao ganhador.
Sinópse (La Sublevación)

A pacata vida no asilo La Milagrosa vira um caos quando a enfermeira que cuida amorosamente dos velhinhos sai de férias e é substituída por seu filho, um jovem opressor apelidado pelos velhinhos de “A Bruxa”. Após a chegada do rapaz, eles veem na única TV do asilo a notícia de que a Igreja Católica clonou Jesus Cristo, e que o clone desapareceu pelo mundo na busca pela cura de uma doença.

Com o resto do mundo em polvorosa, os velhinhos acreditam que precisam ajudar Jesus nessa jornada. Em represália contra a Bruxa e para reafirmar seu lugar na sociedade, os idosos deixam para trás suas limitações físicas para fugir do asilo e ajudar o novo Jesus.

Diretor Raphael Aguinaga
Roteiro Raphael Aguinaga
Fotografia Martin Legrand
Montagem Rodrigo Lima
Música Rica Amabis, Tejo Damaceno, Luca Raele
Elenco Marilu Marini, Arturo Goetz, Luis Margani, Lidia Catalano
Produtor João Queiroz
Produção Querosene Filmes

Com agências

Manoel Rangel é aprovado para terceiro mandato na Ancine


A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado aprovou por unanimidade, nesta quarta-feira (24), a recondução de Manoel Rangel Neto para o terceiro mandato como diretor-presidente da Agência Nacional de Cinema (Ancine). A matéria segue agora para o Plenário do Senado. 


Relator da indicação na Comissão, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) se manifestou favoravelmente à recondução de Manoel Rangel ao cargo. O senador disse que acompanhou os trabalhos da Agência Nacional de Cinema e a evolução do mercado audiovisual no Brasil nos últimos anos e disse que o diretor da Ancine “exerceu dois excelentes mandatos”.

Antes de votar, a Comissão de Educação sabatinou o indicado. Manoel Rangel falou sobre os principais trabalhos realizados pela Ancine e sobre as mudanças no mercado audiovisual, destacando os efeitos da Lei que estabeleceu novas regras para os serviços de televisão por assinatura.

Melhor colocação

De acordo com o presidente da Ancine, o Brasil subiu do 15º para o 12º lugar entre os principais mercados audiovisuais do mundo, com o aumento da produção de obras cinematográficas e da disponibilidade de salas de exibição e com a expansão do serviço no interior e na periferia das grandes cidades. Além disso, informou, a TV paga já chega a 30% dos domicílios brasileiros, tendo crescido principalmente entre as classes C e D.

Manoel Rangel afirmou que com apenas um ano e meio de vigência da Lei que estabelece cotas mínimas de exibição de conteúdo nacional na TV paga, os programas feitos no país já ocupam quatro vezes mais espaço nas grades de programação.

Para os próximos anos, Manoel Rangel estabeleceu como metas da Ancine ampliar o acesso à TV paga, de modo que 50% dos domicílios tenham acesso a ele até 2016, e fazer do Brasil um dos cinco maiores mercados mundiais de audiovisual até 2020.

“Nos próximos quatro anos, a Agência Nacional de Cinema deverá estar atenta a estes e outros desafios e priorizar a consolidação da lei 12.485/2011, buscando menos burocracia e mais eficiência. Deveremos acompanhar a evolução tecnológica e procurar também reestruturar a Ancine para que ela desempenhe melhor suas funções”, disse.

Questionado pelo senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) quanto à regionalização da produção de conteúdo audiovisual, o presidente da Ancine disse que existe o objetivo de incentivar a formação de mão de obra especializada e a elaboração de roteiros e projetos em polos regionais, além de estabelecer parcerias com emissoras públicas estaduais e canais de TV universitários e comunitários a fim de estimular produções independentes.

Da Redação em Brasília
Com Agência Senado


Meia-entrada é aprovada na Câmara; recurso obriga nova votação


A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou, nesta quarta-feira (24), o projeto que regulamenta a meia-entrada para estudantes e idosos em espetáculos culturais e competições esportivas. Pelo texto, a concessão do direito é assegurada a 40% do total dos ingressos disponíveis para cada evento.


Meia-entrada é aprovada na Câmara; recurso obriga nova votação Para a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), a aprovação é uma grande vitória para um processo que dura cinco anos na Casa.  
Para a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), a aprovação é uma grande vitória para um processo que dura cinco anos na Casa. “A aprovação se traduz em espetáculos mais cheios e juventude bem informada. A Câmara dos Deputados tem cumprido o seu papel e temos ainda pela frente o ProCultura, a discussão da questão do direito autoral que precisam chegar a sua aprovação”, lembra.

A luta de cinco anos ainda não acabou. Um recurso do deputado Ademir Camilo (PSD-MG) obriga o projeto a ser votado pelo Plenário da Casa. Ele já obteve 125 assinaturas de apoio, muito mais do que os 10% necessários para que o recurso seja acatado.

Camilo questionou a exclusividade da emissão da Carteira de Estudante pelas entidades estudantis do ensino secundário, superior e de pós-graduação , respectivamente Ubes, UNE e ANPG. Ele lembrou que o texto do Estatuto da Juventude, reenviado à Câmara após aprovação pelo Senado, não fala em exclusividade de emissão da carteira para estudantes, mas apenas prioriza a emissão pelas entidades estudantis.

“O Estatuto da Juventude fala de emissão preferencial por essas entidades. Teremos conflito de leis e isso atrasará o projeto”, afirmou. Ele também questionou a falta de um padrão para as carteiras emitidas e uma regularização mais clara sobre como será feita a fiscalização da meia-entrada.

Sobre o tema da padronização, Camilo se reunirá às 17h30 de hoje com representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), que também é favorável à padronização, de acordo com o deputado.

O relator do projeto, deputado Vicente Candido (PT-SP), disse que a exclusividade faz parte do acordo entre estudantes e artistas. A proposta determina que a meia-entrada para estudantes será concedida mediante a apresentação, pelo estudante, da Carteira de Identificação Estudantil, que terá um modelo único em todo o País.

Outra emenda define que o documento apenas poderá ser emitido pela Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), pela União Nacional dos Estudantes (UNE), pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), pelas entidades estaduais e municipais filiadas a elas e pelos Diretórios Centrais dos Estudantes (DCEs), além de centros e diretórios acadêmicos.

O relator também aceitou emendas para inibir fraudes nas carteiras para conseguir a meia-entrada. Quem fraudar pode perder a possibilidade de emitir carteiras. Sobre a fiscalização, ele disse que o governo estabelecerá os mecanismos para acompanhar a emissão dos documentos.

Outros beneficiários

Candido acatou emendas que incluiu entre os beneficiários da meia-entrada pessoas com deficiência e seu acompanhante, se for necessário. Também poderão ter direito à meia-entrada os cidadãos de 15 a 29 anos inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, cuja renda familiar mensal seja de até dois salários mínimos.

Todas as categorias de beneficiários ficam incluídas no percentual de 40%, que não valerá para a Copa das Confederações deste ano, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Direito dos idosos

O deputado Esperidião Amin (PP-SC), que apresentou um dos destaques à proposta, acredita na ação do Executivo para alterar o projeto. Ele lembrou que a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República foi contra a limitação do direito à meia-entrada para idosos em 40% do total. O Estatuto do Idoso não prevê limite para a aquisição de meia-entrada por idosos.

A CCJ rejeitou os destaques para retirar os idosos do projeto. “Estamos reduzindo em 60% a possibilidade de o idoso exercer um direito que ele tem”, disse Espiridião Amin. Segundo o parlamentar, a Secretaria de Direitos Humanos do governo pediu para o Congresso rever a medida.

Da Redação em Brasília


Amaury Jr. se candidata à ABL para evitar que "FHC a privatize"


“O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, se eleito, vai privatizar a Academia Brasileira de Letras. Para evitar que isso ocorra, defendemos a candidatura de Amaury Ribeiro Júnior para imortal”. Com bom-humor, os jornalistas e blogueiros presentes na coletiva de imprensa oferecida nesta terça-feira (23) na sede do Barão de Itararé pelo autor de A Privataria Tucana sintetizaram o teor da campanha lançada no último dia 8 de abril: “Amaury para a Academia porque A Privataria é Imortal”.


Felipe Bianchi
Amaury
O blogueiro e presidente da Barão de Itararé, Altamiro Borges, o escritor Amaury Júnior e o jornalista Paulo Henrique Amorim durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (23)
Nesta sexta-feira (27), a candidatura do jornalista será oficializada na ABL no Rio de Janeiro. Cerca de 100 pessoas são esperadas para o ato que contará com irreverência e bom-humor. O ato terá início no Sindicato dos Jornalistas e será acompanhado por um bloco de carnaval até a sede da ABL. Após a formalização, o encerramento será realizado no bar Amarelinho, na Cinelândia.

A disputa com FHC

Quando questionado sobre qual a sensação de concorrer à vaga com o ex-presidente FHC, Amaury se mostrou entusiasmado: “é uma honra muito grande. Na verdade, quem está concorrendo é “A Privataria Tucana” porque o livro é que é imortal. É a marca que vai ficar para sempre do governo deles. Muita gente sofreu, se matou por causa da privatização. Eu fico muito admirado porque hoje não tem um promotor, juiz, delegado que não tenha um livro”.

Bem-humorado, Amaury contou que está preparando o livro A Privataria Tucana 2 e que compôs uma salsa cubana em homenagem ao jornalista Merval Pereira, autor do livro “Mensalão”. E relatou que a nova versão de seu best seller, terá personagens novos, mas também contará com a participação dos antigos atores de A Privataria. O escritor não quis adiantar os assuntos presentes no livro, mas deixou escapar que o primeiro capítulo aborda a lista de Furnas “uma verdadeira bomba atômica” e que um dos personagens da obra será o governador de Minas Gerais, Aécio Neves.

Mídia contra o povo

Pesquisas de opinião em toda a América Latina revelaram que a população é contra as privatizações levadas a cabo por governos neoliberais. “A privatização que a mídia mostra é uma maravilha, mas na prática as pessoas sofreram. Foram verdadeiras catástrofes. A Companhia Pará de Energia, por exemplo, não indenizou as pessoas até hoje. A empresa quebrou e agora a estão devolvendo para o Estado”.

“O que nós revelamos com o livro é pouco. Pegamos só uma parte, mas tem muito mais dinheiro que sei onde está, mas não tenho provas. É muito simples: dinheiro tem que ter origem. Se alguém compra uma coisa de 100 milhões, tem que provar de onde veio o dinheiro”, exclamou ao se referir ao ex-candidato à presidência, José Serra e seus familiares. “Eu não investigo político porque eles lavam dinheiro com a mãe, sobrinho, filhos...”.

Assassinato de reputação

Amaury Ribeiro Júnior já trabalhou em O Globo, Correio Braziliense, IstoÉ, Estado de Minas, e hoje é produtor especial de reportagens na TV Record.Com mais de 50 prêmios na bagagem, ganhou três vezes o Prêmio Esso de Jornalismo, mas ao ingressar neste tema, passou a receber um tratamento diferenciado por parte dos mesmos veículos para os quais trabalhou. 

“Acontece que a imprensa nunca antes tinha tirado a máscara, tentavam disfarçar suas posições políticas, mas na última eleição perderam a vergonha. Até uma ficha falsa para a Dilma fizeram, partiram para a baixaria … Só não foi uma tragédia eleitoral graças aos blogs sujos e à mídia alternativa. Não fossem vocês, seria um massacre, eu mesmo estaria morto, seria aniquilado. Me colocaram como bandido no Jornal Nacional, a polícia me indiciou porque disse que eu quebrei sigilo, coisa que nunca fiz”, desabafou o jornalista.

Amaury é candidato à cadeira 36 da ABL, a mesma que será pleiteada por Fernando Henrique. “Esta cadeira 36 lembra a tragédia da Plataforma 36 da Petrobras, que afundou no governo FHC”, brinca o jornalista postulante à imortalidade.

Da Redação do Vermelho,
Vanessa Silv

Professores protestam no Congresso Nacional por lei do piso e PNE


A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação estima que pelo menos 22 estados aderiram à greve nacional da categoria, que paralisou as atividades desde a terça-feira (23). O movimento grevista continuará até a quinta (25). Nesta quarta (24), os professores realizaram um ato na Câmara dos Deputados. A principal bandeira é o cumprimento da Lei Nacional do Piso (11.738/2008).



“Essa mobilização têm como objetivo melhorar a qualidade da educação pública no país. Estamos mais uma vez exigindo o cumprimento do piso nacional, com jornada de 40 horas semanais, que ainda alguns estados não o fazem e outros pontos importantes como o PNE[Plano nacional de Educação], que ainda não foi votado", declarou Roberto Leão, presidente da CNTE, que participou da manifestação nesta quarta.

Atualmente, o piso nacional é de R$ 1.567 e estados como São Paulo não cumprem a jornada de 40 horas semanais (estabelecida pela lei), de acordo com a categoria no estado, que está paralisada por tempo indeterminado. 

Já o PNE foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara em 16 de outubro de 2012 está atualmente na Comissão de Educação do Senado. Se aprovado pelos senadores sem alterações, o texto vai para sanção presidencial. De acordo com Leão, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB), se comprometeu em acompanhar pessoalmente a tramitação da matéria. 

O projeto de lei que cria o Plano Nacional de Educação (PNE) que deveria vigorar entre 2011 a 2020, foi enviado pelo governo federal ao Congresso em 15 de dezembro de 2010. “Já temos três anos sem um Plano Nacional para a Educação. Por isso, tem que ser aprovado o quanto antes e sem mudança, mantendo os 10% do PIB[Produto Interno Bruto] para a Educação”, completou Leão.

A aplicação em até dez anos de 10% do Produto Interno Brutno (PIB) na educação está entre as proposições do PNE. Atualmente, União, estados e municípios aplicam juntos cerca de 5% do PIB no setor por ano.

Outros pontos reivindicados pela categoria são: a destinação de 100% do royalties do pré-sal para a educação, a regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que estende o direito de negociação coletiva a servidores públicos.

O senador Renan Calheiros e o deputado Henrique Alves (PMDB), presidente da Câmara, receberam os docentes em audiência anunciaram que deverá ser criada uma comissão mista especial para acompanhar o andamento dos projetos que tem como objetivo melhorar a educação do país.

Ainda hoje, os docentes têm audiência com o ministro da Educação e com o senador José Pimentel (PT), relator do PNE. Mais cedo, o senador Wellington Dias (PT) propôs trabalhar na construção de uma solução sobre a distribuição dos royalties do pré-sal.

Deborah Moreira
Da redação do Vermelho


Cia DançanteAto - Turnê 2013






      A Cia DançanteAto foi criada em 1998 em Paraty/RJ através da iniciativa da bailarina Vanda Mota, quem dirige até hoje a Companhia. Ao longo desse período a Companhia foi assistida por um público diversificado, num total de mais de 70 apresentações e circulou por 10 cidades, aproximadamente.
     O repertório da Cia DançanteAto é variado, que vai do espetáculo infantil ao adulto, criando uma linguagem própria ao abordar diversos temas com densidade, utilizando a linguagem contemporânea da dança. O ano de 2013 é o terceiro em que a Companhia sai em turnê por cidades da região, ações previstas no convênio firmado com a Eletrobrás Eletronuclear.
     Neste mês de Abril a Cia DançanteAto viajou com o espetáculo “De porto e alma” por cidades dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, que fazem parte da Rede Caiçara de Cultura. No fim de semana, dias 05, 06 e 07, fez apresentação em São Sebastião, Ilha Bela e pela primeira vez em Santos. Nos dias 12, 13 e 19 percorreu pelas cidades de Ubatuba, Angra dos Reis e Caraguatatuba, respectivamente. A montagem do Espetáculo se deu a partir de laboratórios com o grupo, bailarinos da cidade de Paraty. O ponto de partida foi o “modo de viver” nesta cidade e sua relação com o turismo, levando em consideração que cada corpo reflete na dança sua própria bagagem – técnica, emoção e relações socioculturais.
     Este espetáculo é o primeiro em que Vanda Mota, diretora da Cia, participa como bailarina e que o grupo foi acompanhado por Silvina Hurtado, preparadora corporal. 
      As apresentações são sempre experiências importantes para a profissionalização dos bailarinos.

Ficha Técnica
Direção e Coreografia: Vanda Mota
Preparação Teatral e Orientação Dramatúrgica: Silvina Hurtado
Preparação Corporal: Carol Raed e Francisco Sidcley
Produção Turnê: Paula Fabricante Nascimento
Consultoria dramatúrgica: Valéria Cano

Elenco: Aline Gama, Carol Raed, Diana Seelaender, Francisco Sidcley, George Sander, 
Marcella Generoso, Vanda Mota e Victor Costa.

    Serviço



Confira fotos da turnê:


Teatro Guarany, Santos

Teatro Guarany, Santos

Teatro Municipal de São Sebastião

Ilha Bela

terça-feira, 23 de abril de 2013

Guia lista roteiro no Vale do Café

Atrações formadas por fazendas históricas foram catalogadas e separadas em quatro regiões

O Vale do Café, que envolve 15 municípios do Centro-Sul e Médio Paraíba do estado, acaba de ganhar um guia, que detalha sobre atrações turísticas da região. Com 114 verbetes, em 168 páginas com textos e fotos, o Guia Cultural do Vale do Café lista os atrativos da região, separados por categorias e áreas geográficas. Cerca de oito mil exemplares do livro serão distribuídos gratuitamente nas secretarias locais de turismo e nos próprios pontos de visitação.
As categorias vão dos espaços culturais aos parques e áreas de proteção ambiental, passando pelo artesanato, fazendas históricas, hospedagem, cafés, bares, restaurantes temáticos e personagens cativantes. As atrações estão catalogadas por quatro regiões: a primeira compreende Resende, Barra Mansa e Volta Redonda; a segunda, Barra do Piraí, Piraí, Pinheiral e Rio Claro; a terceira, Vassouras, Paty do Alferes, Miguel Pereira, Engenheiro Paulo de Frontin, Paracambi, Mendes e Paraíba do Sul; e a última, as cidades de Valença e Rio das Flores.
Em meados do século 19, esse conjunto de cidades abrigava fazendas responsáveis pela produção de 75% do café consumido no mundo. Hoje, cerca de 30 fazendas de arquitetura colonial estão abertas à visitação. Desde 2003, a região sedia no mês de julho o Festival Vale do Café, evento com concertos de música nas fazendas e shows em praças públicas – idealizado pela harpista Cristina Braga, da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio. O festival tem direção artística do violonista Turíbio Santos.
Descendente dos Breves, uma das famílias pioneiras do vale, Aloyzio Clemente Breves Beiler é o curador do guia cultural. Segundo ele, foram percorridos mais de três mil quilômetros para o mapeamento. "Do pequeno centro cultural que promove a música e o artesanato ao grande festival encontramos uma miríade de atividades que valorizam a cultura local. Elas mostram que é possível produzir cultura por meio do grande incentivo ou da sabedoria popular", contou Aloysio Breves.
A publicação, organizada pelo Instituto Cultural Cidade Viva, traz um calendário com as principais festas e eventos da região. Além da distribuição gratuita, o guia está disponível no site da Editora Cidade Viva. O único custo é o da postagem. O projeto tem apoio da Secretaria Estadual de Cultura e patrocínio de empresas privadas e do Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena e Média Empresa (Sebrae).
Fotos: Divulgação
Fazendas históricas do Vale do Café: Mantendo a tradição elas se tornaram atrações turísticas
e ganharam um guia especial com 114 verbetes em 168 páginas

Editoras independentes inauguram livraria em São Paulo


Quando idealizou sua editora há dois anos e meio, Joaquim Pereira queria, além de publicar títulos acadêmicos e um pouco de literatura, criar um ponto de encontro de escritores, editores e leitores. Escolheu a casa n.º 40 da Rua Luis Murat, atrás do Cemitério São Paulo, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, e deu a ela o nome de Intermeios - Casa de Artes e Livros.


  Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Quase na mesma época da inauguração da editora, outro editor independente, Vanderley Mendonça, da Demônio Negro, participava da Feira de Frankfurt no estande coletivo do Brasil. Ao ver que cada editora, rica ou pobre, tinha o mesmo espaço de prateleira naquela que é a maior feira de livros do mundo, logo imaginou uma livraria tão justa quanto aquele estande. Agora, com o apoio de colegas que também não conseguem competir com editoras best-sellers por um lugar nas estantes das grandes redes, os dois fundaram a Livraria de Microeditoras.

Aberta hoje ao público e instalada numa sala de 32 m² na entrada da casa onde funciona a Intermeios, a loja reúne livros de editoras independentes como Patuá, Terracota, Edith, Iara e, claro, a Intermeios e Demônio Negro. Nas prateleiras, estão títulos de jovens autores e também de outros já clássicos, como Ezra Pound e Octávio Paz. Há livros no formato padrão, e há edições caprichadas. Publicações de artista e livros-objeto. Por ora, o preço dos volumes é o mesmo oferecido pelos sites dessas editoras, mas a ideia é dar descontos.

A venda de livros pela internet, aliás, tem sido a estratégia das pequenas para continuarem vivas. "Mas quisemos ter um lugar físico por uma questão simbólica. E esperamos que isso seja um incentivo para que outras sejam abertas", comenta Vanderley.

Aos poucos, novas editoras vão chegando e são aguardados para breve volumes da Bolha (RJ), da Arte & Letra (PR) e da Jovens Escribas (RN), entre outras. Editoras estrangeiras e autores autopublicados também serão convidados.

Fonte: O Estado de S. Paulo.

Rio: museu exibe ícones das artes plásticas do Brasil


A partir deste sábado (20), duas obras consideradas ícones das artes plásticas brasileiras poderão ser vistas na mesma mostra, uma delas será exibida pela primeira vez ao público. Com o mesmo título - A Primeira Missa no Brasil - o quadro de Victor Meirelles (1832-1903) e o painel de Cândido Portinari (1903-1962) fazem parte da exposição Quando o Brasil Amanhecia, que o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) inaugurou, pela manhã.


A mostra, que fica em cartaz até 5 de junho, permite ao público comparar interpretações diferentes do mesmo momento histórico – a missa celebrada em 26 de abril de 1500, quatro dias depois o Descobrimento do Brasil – de duas escolas de pintura: o romantismo acadêmico do catarinense Meirelles, grande pintor do século 19, e o modernismo do paulista Portinari, um dos maiores nomes da pintura brasileira no século 20.

Pintado entre 1858 e 1860, o quadro de Victor Meirelles, uma gigantesca tela de 2,70 metros (m) por 3,57 m, é um dos clássicos do acervo do MNBA. O painel de Cândido Portinari só chegou ao museu em janeiro deste ano, depois de comprado no final de 2012 pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), vinculado ao Ministério da Cultura.

Pintado em 1948, o painel, de 2,71 m x 5,01m, foi encomendado a Portinari por Thomaz Oscar Pinto da Cunha Saavedra, terceiro barão de Saavedra (1890-1956), para decorar a sede do então Banco Boavista, do qual era presidente. Até ser comprado pelo Ibram, o mural só era conhecido pelas pessoas que tinham acesso ao mezanino do prédio, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012).

De acordo com o curador Pedro Xexéo, o título da exposição - Quando o Brasil Amanhecia - foi sugerido em parte por um livro do historiador pernambucano Alberto Rangel, que narrava os fatos iniciais da terra brasileira. Além das duas imensas pinturas, fazem parte da exposição estudos, fotos, documentos e objetos relacionados às obras de Meirelles e Portinari.

O MNBA também inaugura neste sábado a exposição Portinari e os Painéis da Capela Mayrink , dedicada ao pintor modernista. A mostra apresenta quatro obras com temas religiosos produzidas pelo artista em 1944 para decorar o interior da capela, localizada no Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro. Os painéis foram doados ao MNBA pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.

As exposições podem ser visitadas de terça a sexta-feira, das 10 às 18 horas, e sábados, domingos e feriados, das 12 às 17 horas. Os ingressos custam R$ 8, a inteira e, aos domingos a entrada é grátis. O MNBA fica na Avenida Rio Branco, 199, na Cinelândia, centro do Rio.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Exposição sobre orixás pode ser vista em Resende


 

Divulgação
Em destaque: Mostra explora cores, formas, detalhes e atributos
Em destaque: Mostra explora cores, formas, detalhes e atributos


A Prefeitura de Resende, por meio da Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda, promove, em parceria com a Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), a exposição "Agbara Orixás", do artista Sidiney Rocha, que reúne indumentária de 15 orixás - Exu, Iemanjá, Xangô, Oyá, Oxum, Obá, Ogum, Oxóssi, Obaluaê, Nanã, Oxumarê, Ossaim, Logum Edé, Ewa e Oxalá, promovendo um encontro com as culturas africanas, explorando cores, formas, detalhes e atributos.

A mostra está no Espaço Z, e pode ser visitada até dia 13 de maio, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.

A exposição faz parte do projeto de itinerância de mostras, realizado pelo Departamento Cultural da Sub-Reitoria da Uerj, com o objetivo de fortalecer a atuação da instituição em cidades do interior do estado. A mostra já passou pela Galeria Candido Portinari, no campus Maracanã da Uerj, em 2012, e agora chegou a Resende.

De acordo com o Departamento Cultural da Universidade, "a exposição não tem nenhuma intenção religiosa e pretende provocar um encontro com um capítulo da história do Brasil por meio da estética, de formas plásticas e da arte, escrito pelas mulheres africanas. Ela retrata um período da história do Brasil que culminou com a junção de elementos africanos e brasileiros. Naquele momento, negros de diversas etnias eram trazidos ao Brasil para servirem como escravos, e com eles vieram suas crenças, costumes e tradições que, adaptados ao novo contexto, sobreviveram e hoje exercem presença no cenário cultural do Brasil".

Através da representação dos orixás por meio de seus figurinos, Sidiney Rocha aplicou seus conhecimentos de estilismo, desenho de estamparia e educação artística, adquiridos no curso de Estilismo em Confecção Industrial realizado no Senai. O artista, que já atuou como carnavalesco em diversas escolas de samba cariocas, como Estrelinha da Mocidade Independente de Padre Miguel (2007 e 2006) e Unidos de Padre Miguel (2002), é formado em Licenciatura em Educação Artística, com habilitação em História da Arte, pela Uerj; e em Belas Artes, com ênfase na indumentária, pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Serviço
Exposição ‘Agbara Orixás' pode ser vista no Espaço Z, em Resende, até o dia 13 de maio, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.


Leia mais: http://diariodovale.uol.com.br/noticias/3,72396,Exposicao%20sobre%20orixas%20pode%20ser%20vista%20em%20Resende.html#ixzz2RDeODqvo

Primeira Missa e Painéis da Capela Mayrink

As ministras da Cultura, Marta Suplicy, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, inauguraram, neste sábado (20/4), no Museu Nacional  de Belas Artes, no Rio de Janeiro, as  exposições Quando o Brasil Amanhecia – A Primeira Missa no Brasil vista por Victor Meirelles e Candido Portinari e Portinari e os painéis da Capela Mayrink (foto à esquerda). Na cerimônia foram assinados também os termos de doação das cinco obras de Portinari ao MNBA (foto à direita). Aberta ao público logo após a solenidade, a mostra poderá ser vista até 5 de junho.

"Este é um dia esplendoroso para a cultura e o Museu Nacional de Belas Artes", afirmou Marta Suplicy."A história viva da nossa arte é o que faz o povo ter referências", acrescentou a ministra . Segundo ela, num momento festivo em que o MNBA amplia seu acervo com cinco obras no valor total de R$ 17 milhões, "é preciso repensar como digitalizar os acervos e recuperar os museus brasileiros". Marta lembrou  também que é preciso estimular as doações por colecionadores privados ou então os empréstimos, sob a  forma de comodato, hábito ainda pouco comum no país.

A ministra Izabella Teixeira se disse emocionada com a doação dos painéis da Capela Mayrink pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio/MMA) ao MNBA.  Segundo ela,  é um prazer trabalhar em conjunto com o Ministério da Cultura para que todos os brasileiros tenham acesso aos bens culturais. "País desenvolvido, tem povo educado", destacou Izabella. A ministra  garantiu que a cooperação do MMA com o MinC não se restringirá a esta doação. E informou que já pediu à sua equipe um inventário completo do acervo de arte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para que seja todo doado ao MinC.

Além das duas ministras, também estiveram presentes à solenidade, o Presidente do Instituto Chico Mendes (órgão que pertence ao MMA), Roberto Ricardo Vizentin; o diretor do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro (Inepac), Paulo  Vidal; a presidente interina do Instituto Brasileiro de Museus (ibram/MinC), Eneida Braga Rocha; a diretora do MNBA, Mônica Xexéo; a  representante do Projeto Portinari, Maria Duarte; e diretores de outros museus vinculados ao Ibram.

Primeira Missa

Essa será a primeira vez que a obra A Primeira Missa no Brasil, de Candido Portinari, será exibida ao público. Com dimensões de 271 cm X 501 cm, a tela foi produzida  para a sede do Banco Boa Vista, instituição comprada, anos mais tarde, pelo Bradesco. O painel é tombado  pelo Patrimônio Histórico, por isso, quando a família proprietária quis vender a obra,  no final de 2012, foi dada preferência ao Ibram, que a comprou por R$ 5 milhões. Transferida ao MNBA em janeiro, passou por restauração antes de ser mostrada ao público.

Na exposição, o público pode ver também  a versão de Victor Meirelles  para a  primeira missa rezada no Brasil. A tela, com 270 cm x 357 cm, é uma das mais conhecidas do acervo do MNBA. Foi pintada entre 1858 e 1860 e o autor se inspirou na carta de Pero Vaz de Caminha. Além dos dois quadros,  estão em exibição um autorretrato de Portinari, estudos, fotos, documentos e objetos que ajudam a contextualizar as criações das duas obras. A mostra, dá oportunidade ao público de comparar duas escolas de pintura: o Romantismo acadêmico de Victor Meirelles (1832-1903) em contraposição à liberdade modernista de Candido Portinari (1903-1962).

Capela Mayrink

Simultaneamente à exposição Primeira Missa no Brasil, os visitantes do MNBA poderão apreciar a mostra Portinari e os painéis da Capela Mayrink, com quatro obras pintadas por encomenda do colecionador e empresário Raimundo de Castro Maya, para adornar o interior da Capela Mayrink, no Parque Nacional da Tijuca. Os quadros retratam  Nossa Senhora do Carmo, São João da Cruz, São Simão Stock e o  Purgatório.

(Texto: Heloísa Oliveira / MinC RJ
Fotos: Fotos Alexandre Arruda)