Agradecemos a marca de 1000 visitas

Agradecemos a marca de 40.000 visitas

No nosso blog: Brasileiros, Norte Americanos, Portugueses, Canadenses, Russos, Ingleses, Italianos, Eslovenos, enfim, todos que gostam da cultura Brasileira e que tem nos acompanhado.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Ministério da Cultura em Morro Agudo: Conferências Municipais de Cultura em debate



Na ultima terça-feira (28), a equipe da Representação Regional de São Paulo do Ministério da Cultura -RRSP/MinC esteve reunida com gestores e fazedores de cultura de diversos municípios, na cidade de Morro Agudo. Participaram do Seminário Regional do Sistema Nacional de Cultura-SNC, representantes de  Taquaritinga, Ipuã, Miguelópolis, Nuporanga, Pontal, Colina, São José da Bela Vista, Olímpia, Patrocínio Paulista, Ribeirão Corrente, Orlândia, Ituverava, Miguelópolis e Morro Agudo. 
 
Na ocasião, Valério da Costa  Bemfica, Chefe da RRSP, apresentou o SNC, proposta do Governo Federal para a gestão da área em nosso país. Segundo Valério, a democratização dos processos decisórios, a perenidade das políticas públicas e o repasse de recursos para a área, são os principais ganhos do Sistema. O destaque nos debates foi para a agenda da 3º Conferência Nacional de Cultura, que estabelece a necessidade de realização de encontros municipais ou intermunicipais, até o dia 14 de julho. Nesta etapa, são eleitos os delegados que representarão a diversidade e heterogeneidade das cidades paulistas na etapa estadual, a ser realizada no mês de setembro. O encontro nacional acontecerá em Brasília, entre os dias 26 e 29 de novembro.
 
Durante o perído da manhã, Bemfica reuniu-se com o prefeito municipal de Morro Agudo, Amauri José Benedeti. Logo na sequência, aconteceu o Seminário Regional do SNC com a presença dos convidados regionais. Na parte da tarde, o vereador Vinícius de Castro, articulador do evento, em Audiência Pública na Câmara Municipal, apresentou os projetos  da Semana Municipal de Cultura e os anteprojetos de lei de incentivo à leitura e de salas de cinema,  com a presença da equipe do MinC e munícipes.
 

Funarte lança livro ‘Teatros do Rio’


Obra do diretor de arte e cenógrafo José Dias traz levantamento histórico inédito sobre as casas de espetáculos do Estado

Publicado em 27 de maio de 2013ImprimirAumentar fonte
Capa BAIXA Teatros do Rio
Capa
No dia 28 de maio, terça-feira, às 18h, no Teatro Dulcina, Centro do Rio de Janeiro, a Fundação Nacional de Artes – Funarte lança o livro Teatros do Rio – do Século XVIII ao Século XX, de José Dias. A obra é um inventário comentado das salas de espetáculos do Estado do Rio de Janeiro – um panorama inédito do desenvolvimento da arquitetura cênica, que também registra a história da atividade teatral no Estado. O trabalho traz análises de cada teatro; inclui estudos sobre os projetos e as condições de sua construção; e cita espetáculos, autores e artistas que marcaram época, de 1767 a 1999. O prefácio é de Barbara Heliodora.
Reconhecido diretor de arte, cenógrafo, professor e doutor em Artes, José Dias traça, na obra, um painel dos espaços culturais fluminenses e faz reflexões sobre sua transformação. A pesquisa não se limita à análise dos teatros da capital, mas também das salas do interior. “José Dias, nome reconhecido no meio teatral, produziu uma obra de muito valor, que, como ele mesmo diz, é como um estudo ‘arqueólogico’ do teatro”, afirma o Presidente da Funarte, Antonio Grassi. “O livro é fruto de uma difícil recuperação de dados sobre teatros do Rio de Janeiro, símbolos para a cultura brasileira, muitos deles já demolidos. O trabalho pode ser considerado referência para profissionais, pesquisadores e estudantes de arquitetura cênica e artes cênicas”, conclui Grassi.
Teatros do Rio analisa a atividade teatral no período colonial, no Rio e em outros estados, desde a abertura da Casa da Ópera do Padre Ventura, no Centro do Rio; as estreias de João Caetano e das peças de Martins Pena, no Séc. XIX, no Teatro de São Pedro de Alcântara; as históricas salas cênicas do Centro da capital carioca e os espaços do polo cultural da Praça Tiradentes; os cineteatros do Séc. XX; até a criação dos modernos teatros dos “shoppings” cariocas. Os teatros de bairros; a migração das salas para a Zona Sul; os centros culturais; e os espaços não convencionais, estão entre os temas do trabalho. Ele é fruto da tese de doutoramento que Dias s ubmeteu à Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) em 1999, a partir de material coletado em arquivos públicos, bibliotecas e até em fundos de quintal e porões, e de relatos de arquitetos, cenógrafos, técnicos e artistas.
No prefácio, Barbara Heliodora destaca que José Dias é conhecedor não somente da cenografia, como também de “todos os problemas e mistérios das instalações técnicas de que ela depende”. Para Bárbara, a obra “é uma contribuição preciosa não só para o teatro como também para todos os interessados em nossa vida cultural”.
Sobre o autor – O carioca José Dias, doutor em Artes pela ECA-USP, é professor associado da UFRJ e titular da Unirio, onde foi vice-reitor. Começou a carreira de cenógrafo em 1970, como assistente de Pernambuco de Oliveira. Desde então, já participou de mais de 370 espetáculos, no Brasil e no exterior. Foi premiado 12 vezes e recebeu 22 indicações para prêmios, como o Molière, o Mambembe e o Shell, entre outros. Na TV, trabalhou na antiga Tupi e na Globo (1974-1989), onde foi responsável pela cenografia de várias novelas, do seriado O Bem-Amado e de diversos programas. Fez mais de 20 filmes para cinema e publicidade. Prestou assesso ria técnica para mais de 90 teatros, em todo o Brasil. É autor do livro Odorico Paraguaçu – o Bem-Amado de Dias Gomes (2009).
Lançamento do livro
Teatros do Rio – do Século XVIII ao Século XXde José DiasEdição Funarte
744 páginas
Preço: R$ 70,00ISBN:978-85-7507-149-6
Dia 28 de maio, Terça-feira, às 18h
Teatro DulcinaRua Alcindo Guanabara, 17, CentroRio de Janeiro (RJ)
Compra do livro
Livraria Mário de Andrade – FunarteRua da Imprensa, nº 16 / Térreo – Centro, Rio de Janeiro (RJ)
Encomendas pelos tels.: (21) 2279 8071 e (21) 2279 8070
_________________________________
Mais informações
Fundação Nacional de Artes – Funarte
Centro de Programas Integrados
Gerência de Edições

Mais Cultura nas Escolas



Estão abertas desde o último dia 21 as inscrições para projetos de atividades culturais que serão desenvolvidas em parcerias com escolas públicas que integram os Programas Mais Educação e Ensino Médio Inovador do Ministério da Educação. A parceria criada por meio do Programa Mais Cultura nas Escolas foi assinada no dia 21 em Brasília pelos ministros da Cultura Marta Suplicy e da Educação, Aloizio Mercadante, e tem como objetivo promover o encontro entre iniciativas culturais e projetos pedagógicos ampliando a formação de estudantes no ensino público.
O Programa, que terá investimento de R$ 100 milhões em 2013 para financiar 5 mil projetos, prevê o desenvolvimento das atividades - que poderão acontecer dentro ou fora da escola - durante o ano letivo, por no mínimo 6 meses. O Mais Cultura pretende potencializar processos de ensino e aprendizado por meio da democratização do acesso à cultura e da integração de práticas criativas e da diversidade cultural brasileira à educação integral.
Segundo a ministra Marta Suplicy, a intenção é inserir a Cultura no cotidiano dos alunos de forma a criar uma integração com a comunidade. "Queremos que os agentes culturais que vivem nas proximidades das escolas as procurem, em todos os cantos do Brasil. Quem vai decidir quem pode ou não entrar são os diretores, mas o mais interessante é dar incentivo e apoiar esses produtores de Cultura a ir adiante, aprimorar a sua arte passando isso aos estudantes", afirmou a ministra.
Cada uma das atividades culturais contempladas disporá de valores entre R$ 20 mil e R$ 22 mil. Os recursos serão repassados diretamente às escolas via PDDE/FNDE (Programa Dinheiro Direto nas Escolas/ Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação).
A avaliação dos projetos inscritos será feita por pareceristas de universidade pública e, posteriormente,homologada por comissão interministerial formada por integrantes do MinC e MEC.
Os projetos culturais serão orientados por eixos temáticos propostos pelo Mais Cultura nas Escolas, voltados, entre outros temas, para a criação e circulação de teatro, audiovisual, música, dança, artes visuais, circo; diálogos com tradições orais, culturas indígenas e cultura afrobrasileira; residência e experimentação artística nas escolas; atividades em museus, pontos de cultura, cinema e outros espaços culturais.

Inscrições
Todas as escolas públicas do Mais Educação e Ensino Médio Inovador, contempladas em 2012, além de artistas e iniciativas culturais, poderão inscrever e enviar projetos do Mais Cultura nas Escolas via SIMEC (Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação) - http://simec.mec.gov.br/ <http://emkt.entrelinhasnaweb.net/emkt/tracer/?2,1412029,77a22bf8,a5e1,1>  . O processo de avaliação será conduzido pelo MinC e pelo MEC.

Universidade das Artes
Durante o lançamento do Programa Mais Cultura nas Escolas também foi anunciada a criação de um Grupo de Trabalho (GT) com representantes dos dois ministérios para elaborar o projeto da Universidade das Artes, uma instituição de ensino que formará profissionais das artes e da cultura voltados ao desenvolvimento da Economia Criativa.
O grupo terá 100 dias para elaborar o projeto da nova universidade, que deverá ser instalada em um município selecionado por meio de edital público. A coordenação do GT ficará a cargo do assessor especial do Ministério da Educação (MEC), Márcio Meira.  A Secretaria da Economia Criativa (SEC) e a Diretoria de Educação e Comunicação para a Cultura da Secretaria de Políticas Culturais (SPC) do Ministério da Cultura integram o grupo.
A Universidade das Artes deverá contemplar a produção cultural em sentido amplo, englobando áreas como design, moda, gastronomia, cinema, audiovisual, artes plásticas, visuais e digitais e literatura entre outras.
Para o secretário substituto de Políticas Culturais do Ministério da Cultura, Américo Córdula, o projeto é "uma iniciativa louvável do Mec mostrando que essa parceria – educação e cultura – vem consolidar um caminho duradouro".
A diretora de Educação e Comunicação para a Cultura da SPC, Juana Nunes, lembrou que a Universidade das Artes contribuirá consideravelmente para o alcance da meta 16 do Plano Nacional de Cultura. A meta prevê um aumento, até 2020, em 200% de vagas de graduação e pós-graduação nas áreas de conhecimento relacionadas às linguagens artísticas, patrimônio cultural e demais áreas da cultura.   

Nova Friburgo
Após lançamento pelos Ministérios da Educação e Cultura, em Brasília, na última terça, 21, Nova Friburgo foi o primeiro município do estado a receber representantes dos ministérios para conhecer o programa Mais Cultura nas Escolas. O programa foi apresentado, nesta quinta, 23 de maio, durante a reunião do Comitê Territorial de Educação Integral do Estado do Rio de Janeiro, que aconteceu no auditório do Centro Administrativo César Guinle e que tratou também do Programa Mais Educação e do Programa Esporte da Escola (Segundo Tempo).
O Mais Cultura nas Escolas foi apresentado pela diretora de Educação e Comunicação para a Cultura da Secretaria de Políticas Culturais, Juana Nunes. Ela fez uma apresentação detalhada sobre o Programa para os representantes de dezenas de municípios presentes ao encontro.

(Texto: Ascom MinC)
(Fotos: Elisabete Alves /Ascom MinC)

Athos em Lisboa


Parceria entre o Ministério da Cultura do Brasil, a CCR e o Museu Nacional do Azulejo, a FundAthos realiza a mostra que oferece um passeio que ultrapassa os séculos e posições geográficas.

por Régia Vitória
A exposição “Azulejos em Lisboa Azulejos em Brasília.  Athos Bulcão e a tradição da azulejaria barroca” desembarca em Portugal com algumas das obras primas de Athos Bulcão. Leva, ainda, discussões sobre a influência da azulejaria portuguesa na azulejaria brasileira, em especial a do professor Bulcão. A mostra acontecerá de 29 de maio a 28 de julho no Museu Nacional do Azulejo em Lisboa.

Parceria entre o Ministério da Cultura do Brasil, a CCR e o Museu Nacional do Azulejo, a FundAthos realiza a mostra que oferece um passeio que ultrapassa os séculos e posições geográficas revelando as possibilidades estéticas da composição modular do Brasil e do país lusitano.

Athos Bulcão é um dos principais artistas brasileiros e deixou um imenso legado para novas gerações que entram no universo da arte integrada à arquitetura. Com obras em várias cidades do mundo, a arte de Athos se destaca em Brasília, pois foi aqui que ele teve a oportunidade de colorir a cidade inteira a convite de Oscar Niemeyer, desde sua construção.
A exposição revelará a aproximação entre a azulejaria tradicional portuguesa, sua relação com a arquitetura, a conseqüente influência na arquitetura colonial brasileira e depois na que se estabelece no Brasil após a vinda da corte portuguesa. O Brasil recebe a azulejaria barroca portuguesa, usada no Brasil Colônia e com o neoclássico da vinda da corte e que ainda se mantém. Dentro desse princípio trazemos a obra de Athos Bulcão, em Brasília, como herdeira da tradição barroca.
Com a curadoria da professora Marília Panitz e produção da Fundação Athos Bulcão, a proposta é expor as plantas dos painéis criados por Athos Bulcão, fotografias dos locais onde eles se encontram, plotagens de alguns dos padrões e azulejos emoldurados, além de uma amostragem da azulejaria brasileira tradicional e de Portinari. Essas amostragens deverão ser colacadas em paralelo à produção da azulejaria tradicional portuguesa, como forma de demonstrar as proximidades e especificidades. Para isso pretendemos contar com a colaboração do Museu do Azulejo em Lisboa para conseguir emprestada alguma das obras do seu acervo, possibilitando-nos viajar pela raiz do azulejo português na azulejaria mudéjar e sua geometria como uma possível influência também na azulejaria de Athos, conforme contatos já realizados.
Mostra organizada para comemoração do Ano do Brasil em Portugal - 2013
Local Museu Nacional do Azulejo – Lisboa, Portugal
Abertura 28 de maio, 19h, para convidados
Exposição 29 de maio a 28 de julho de 2013
Entrada Franca
Classificação Livre para todos os públicos
Curadoria Marília Panitz
Projeto Expográfico Caetano Albuquerque
Apoio Embaixada do Brasil em Portugal e Gabinete C
Informações (61) 3322 7801 e fundathos@fundathos.org.br


Prêmio Culturas Populares



O Ministério da Cultura, através de sua Representação Regional, vai realizar  no Estado do Rio de Janeiro, no período de 5 a 19 de junho, sete oficinas de orientação para os interessados em concorrer ao Edital Culturas Populares 2013, que homenageia o centenário do ator de cinema Mazzaropi, estrela da época da chanchada.
Além das oficinas, já está em funcionamento, no 15º andar do Palácio Capanema, sede da Representação do MinC, o plantão de atendimento  para orientar e tirar dúvidas dos interessados.

Os proponentes poderão pegar material informativo  sobre o edital, assim como as fichas de inscrição. O serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h. Mais informações pelos telefones  (21) 3733-7123 e 3733-7124.
As inscrições  vão até 5 de julho e podem ser feitas  por via postal ou pela  internet, através do Salic Web, disponível no sitehttp://www.cultura.gov.br. Nos dois casos, o candidato deverá encaminhar  pelo Correio a documentação e os anexos exigidos pelo Edital.
Mestres e Grupos
A 4ª Edição do Prêmio Culturas Populares  vai destinar R$ 5 milhões de reais a 350 selecionados  em quatro categorias:  Mestres,  Mestres in memorian , Grupos ou Comunidades Informais  e Grupos ou Comunidades Formais. Cada premiado vai receber R$ 10 mil, já descontados os impostos. Os candidatos só podem se inscrever em uma das categorias. Serão distribuídos 170 prêmios na categoria Mestre, 170  para Grupos e Comunidades Formais e Informais e dez prêmios a Mestres in memorian.
Na categoria Mestre, podem  se inscrever as pessoas  com  grande  experiência  e conhecimento dos saberes e fazeres populares, dedicadas às expressões culturais populares, com capacidade de transmitir seus conhecimentos e que tenham o reconhecimento da comunidade onde vivem e atuam, assim como de outros setores culturais.
Os mestres  já falecidos serão premiados em categoria especial  e, neste caso, as inscrições deverão ser feitas por herdeiro responsável pelo espólio . As demais exigências são as mesmas da categoria Mestre.
Na categoria Grupos e Comunidades Informais,  podem se candidatar grupos formados espontaneamente pelos membros da própria comunidade, sem registro oficial, que se dediquem às manifestações artísticas das culturas populares . O grupo deve ter no mínimo três anos de existência.
Já a categoria  Grupos e Comunidades Formais se destina aos grupos que disponham de registro oficial. Estes grupos, considerados pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos , devem atuar na área das culturas populares e ter, no mínimo, dois anos de criação.
Edições anteriores
A 1ª Edição do Prêmio Culturas Populares foi realizada em 2007 em comemoração aos 100 anos do frevo, homenageando Mestre Duda. A 2ª edição, em 2008, homenageou Mestre Humberto Maracanã, por sua contribuição às manifestações artísticas do Maranhão, incluindo o Bumba meu Boi. E a 3ª edição do prêmio lembrou Mestra Dona Izabel, artesã e ceramista do Vale do Jequitinhonha.

Quadro de Portinari é um dos destaques em leilões de arte em Nova York


O aquecimento do mercado de arte e o interesse dos compradores asiáticos devem contribuir para bons resultados em dois leilões de arte latino-americana, nesta semana, em Nova York. "Meninos Soltando Pipas" (óleo sobre tela, 1941), de Cândido Portinari, deve ser a obra brasileira mais valorizada dos leilões, com um valor estimado pela casa Christie's em US$ 1,2 milhão (US$ 2,4 milhões).


  "Meninos Soltando Pipas" (óleo sobre tela, 1941), de Cândido Portinari.
A pintura é parte de uma fase na carreira do pintor paulista marcada por referências às brincadeiras infantis, segundo a Christie's.

Entre os demais destaques nas vendas da Christie's e Sotheby's estão uma escultura de bronze de um casal dançando, do colombiano Fernando Botero, e telas do mexicano Alfredo Ramos Martínez e do chileno Roberto Matta.

O mercado artístico está estimulado pelo sucesso de recentes leilões de arte impressionista e contemporânea. Uma sessão da Christie's em 15 de maio angariou US$ 495 milhões (R$ 1 bi), maior valor já registrado em um leilão de arte.

"Obviamente, a venda de arte contemporânea foi histórica", disse Virgilio Garza, diretor de arte latino-americana da Christie's. "Então esperamos continuar com esse nível de energia que o mercado está."

A Sotheby's espera conseguir entre US$ 20,7 a 28,7 milhões (de R$ 42,4 a R$ 58,8 mi) no seu leilão de arte latino-americana que se realizará nesta terça (28) e quarta-feira (29).

Fonte: Folha de S. Paulo

Juventude brasileira unida para pensar em um novo Brasil


Congresso da UNE se converte em um mar de de jovens que juntos discutem e propõem um novo rumo para a construção de um novo Brasil. O primeiro dia do 53º Conune preencheu Goiânia com um pouco de cada pedaço de Brasil.


Após horas de viagem em caravanas que partiram de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Acre, Maranhão, Bahia, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e tantos outros lugares, a irreverência da juventude brasileira tomou conta da Praça Universitária que leva o nome de um dos heróis do movimento estudantil, Honestino Guimarães. A cidade se tornou mais uma vez a “capital dos estudantes”.



Fonte: TV UNE


terça-feira, 28 de maio de 2013

Perdendo a própria memória

Volta Redonda segue deixando escapar a oportunidade
de preservar uma história peculiar no Brasil

FERNANDO PEDROSA

A morte da vice-presidente da AAP-VR (Associação dos Aposentados e Pensionistas de Volta Redonda), Bergonsil de Oliveira Magalhães, no último dia 14, mais uma vez nos remete à perda de uma personalidade que acompanhou, de perto, o desenvolvimento da cidade do aço. Remete também à oportunidade que Volta Redonda segue desprezando de constituir um dos mais ricos acervos entre os municípios brasileiros no registro de sua própria história. E que história!
Nenhuma cidade do Brasil surgiu como Volta Redonda. Pode ser que uma ou outra, também nascida para abrigar um grande investimento, guarde alguma semelhança com a cidade do aço, mas certamente não há trajetória igual. Escolhida, quando ainda era distrito de Barra Mansa, para receber a CSN, Volta Redonda se constituiu de forma muito peculiar. Pela época, pelo que era o Brasil entre o final da década de 1940 e início dos anos 1950, e pelo que representava uma usina siderúrgica para o país naquele momento, Volta Redonda tem uma história extremamente singular.
Lembro de uma entrevista que fiz, por ocasião do cinquentenário do município, com o sociólogo e professor Waldyr Bedê, que viria a falecer dois anos depois. Chegou menino, acompanhando o pai, e resumiu numa frase a primeira impressão que teve de Volta Redonda: "Parecia a conquista do oeste americano". Foi a imagem que guardou enquanto viveu.
O que me faz voltar ao tema, após a morte de Bergonsil, é constatar que nossa cidade segue menosprezando a riqueza de detalhes de sua história e de seus personagens. Prestes a completar 59 anos, a cidade do aço não tem um órgão destinado a colher e preservar a memória daqueles que a construíram. Já defendi, em outras ocasiões, a criação de um Museu da Imagem e do Som. É só uma ideia, mas, seja lá qual fosse a denominação, o objetivo seria produzir e guardar não só depoimentos, mas todo o material que muitas famílias têm do passado de Volta Redonda.
Tive a ideia justamente ao produzir um programa de TV sobre os 50 anos do município, em que pude ouvir depoimentos emocionados de famosos e anônimos. Que, mesmo falando sobre o mesmo tema, tinham detalhes que acresciam uns aos outros, sendo capazes de despertar em mim o desejo de com eles conversar não por algumas horas, mas por dias inteiros.
Quem, em Volta Redonda, tem um depoimento de dona Bersonsil? Ninguém. A Fundação Getúlio Vargas tem, mas somente um áudio. Hoje, com os recursos tecnológicos disponíveis e muito baratos – levando-se em conta sua praticidade e capacidade de armazenamento – montar um acervo histórico é algo extremamente simples.
Fico impressionado que nem o prefeito Antônio Francisco Neto se sensibilize com o assunto, embora tanto fale que é preciso valorizar aqueles que construíram Volta Redonda. Valorizá-los, evidentemente, não é somente dar seus nomes a ruas, praças e escolas.
Temos agora uma nova secretária de Cultura, Rosane Gonçalves. Quem sabe ela não consegue liderar uma iniciativa neste sentido? Do secretário anterior, Moacir de Carvalho, o Moa, era perda de tempo esperar um passo neste sentido. Não sei se Rosane comunga do mesmo pensamento que cultura é apenas shows e Carnaval. Tomara que não. Nos últimos anos, Volta Redonda perdeu Jamil Rizkalla, Alkindar Cândido da Costa, Waldyr Bedê, Adauto Mendes de Oliveira (autor da música do hino da cidade) e, agora, dona Bergonsil. O que o município tem guardado em relação a eles? Sequer a palavra. É dose.
Foco Regional
Rosane Gonçalves: Tomara que sua visão de Cultura vá além dos shows e Carnaval

BM renova convênio com Escola Doméstica Cecília Monteiro de Barros


O prefeito de Barra Mansa, Jonas Marins, assinou nesta terça-feira, termo de renovação do convênio com a Escola Doméstica Cecília Monteiro de Barros, administrada pela Congregação Franciscana de Nossa Senhora do Amparo. O ato, promovido no gabinete do prefeito, contou com a presença da diretora da escola, Irmã Sandra Lima; da superiora da Congregação, Irmã Tatiana Regina; e da orientadora pedagógica da escola, Angélica Campos.
O convênio, renovado até maio de 2018, prevê a cessão de profissionais da secretaria municipal de Educação para trabalharem na escola. No total, 12 professores de Ensino Fundamental, duas merendeiras, um auxiliar de serviços gerais e instrutores do Projeto Música nas Escolas continuaram cedidos para a unidade de ensino, que atende a 248 alunos.
“Além dos profissionais, a prefeitura fornece a merenda escolar e, quando necessário, material de higiene e limpeza”, explicou o prefeito, que aproveitou o momento para elogiar o trabalho das freiras da congregação. “Reconhecemos a importância da escola para o município e queremos estreitar ainda mais essa parceria. Coloco o governo municipal à disposição da escola”, afirmou Jonas.
A diretora agradeceu a parceria com a prefeitura e ressaltou o quão importante é o convênio para o funcionamento da escola. “Sem o apoio da prefeitura não teríamos condições de atender aos alunos e com certeza teríamos que fechar as portas”, disse a freira, lembrando que em 2015 a escola completa 100 anos de fundação. 

"Frente da Cultura focará no resgate dos Pontos de Cultura"


Foi o que declarou a deputada federal Luciana Santos (PCdoB/PE), durante entrevista ao programa "Palavra Aberta" da TV Câmara, ao falar sobre as atribuições da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cultura, que reúne deputados e senadores, ao longo de 2013.


Segundo a parlamentar, um dos objetivos da frente é ampliar o diálogo entre a sociedade, os artistas e os poderes Legislativo e Executivo e se voltar para a aprovação de projetos prioritários para a arte e a cultura.



Fonte: Programa "Palavra Aberta" da TV Câmara

Comissão aprova 100% dos royalties do pré-sal para educação


A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça-feira (28) relatório favorável do senador José Pimentel (PT-CE) ao projeto de lei da Câmara que trata sobre o Plano Nacional de Educação (PNE). O texto estabelece a destinação de 10% do PIB para políticas educacionais e 100% dos royalties do petróleo para a educação e mais 50% do Fundo Social do petróleo extraído da camada pré-sal.


joventude Primeira fase de aprovação do novo Plano Nacional de Educação ocorreu nesta terça-feira (28) com a aprovação na CAE.
Começou nesta terça-feira (28), a primeira fase de debate do novo Plano Nacional de Educação que ocorreu com a aprovação do relatório do projeto de lei sobre o PNE.

O relator da matéria na CAE, senador José Pimentel (PT-CE), incorporou ao PNE parte do projeto de lei enviado pela presidenta Dilma Rousseff ao Congresso que destina 100% dos royalties do petróleo mais 50% do Fundo Social extraído da camada pré-sal para a educação.

O Plano estabelece ainda uma série de obrigações para serem cumpridas no setor nos próximos dez anos (até 2020), entre elas a erradicação do analfabetismo
, oferecimento de educação em tempo integral e prazos máximos para alfabetização de crianças (todas as crianças até os 8 anos). 
Após ser aprovado pela CAE, onde recebeu 83 emendas, o projeto será analisado nas Comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e de Educação, Cultura e Esporte (CE), antes de ser votado em Plenário.

O senador Pimentel, que acatou algumas das mais de 80 emendas apresentadas ao PLC 103/2012, ateve-se principalmente a questões econômicas da proposição.

Alguns senadores já avisam que pretendem discutir melhor a matéria nas próximas comissões.

Prioridade do governo
O anúncio do envio do projeto foi feito pela presidenta Dilma Rousseff em discurso de comemoração do Dia do Trabalho, veiculado em cadeia nacional de Rádio e Televisão. Em seu pronunciamento, Dilma afirmou que, a partir de agora, o governo “vai privilegiar como nunca o instrumento que mais amplia o emprego e o salário: a educação”.

“Para isso, várias medidas estão sendo executadas e outras estão em discussão. A mais decisiva delas é a que determina que todos os royalties, participações especiais do petróleo e recursos do pré-sal sejam usados, exclusivamente, na educação. Anuncio hoje [1º de maio] a vocês que enviei ao Congresso Nacional uma nova proposta para que isso possa virar realidade”, disse Dilma.

Luta dos movimentos de juventude 
Há quase cinco anos, representantes da UNE estão na luta sugerindo a presidenta Dilma Rousseff o envio de um Projeto ao PNE que destinasse os 10% do PIB para a educação e que tal medida só seria possível a partir de recursos do Pré-sal.

A partir de então, a presidenta se pronunciou sobre esse assunto, apoiando uma bandeira levantada pelos estudantes, desde que a camada do Pré-sal foi descoberta no Brasil.

A UNE comemorou o compromisso público e oficial do Palácio do Planalto com a luta dos estudantes em defesa da destinação de 100% dos royalties do petróleo e 50% do fundo social do Pré-sal para a educação.

Em novembro do ano passado, a UNE lançou nota em defesa dos 100% dos royalties para a educação e deu início a um movimento que resultou na campanha #fazogoldilma, um protesto bem humorado que tomou conta das redes sociais com objetivo de sensibilizar a presidenta da República sobre a questão dos royalties para a educação.

Da redação,

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Prefeitura de Barra Mansa apoia artesãs de Amparo



Barra Mansa
A prefeitura de Barra Mansa, por meio da secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico, busca apoiar o artesanato da cidade. O trabalho começou a ser feito no distrito de Amparo, onde cerca de 20 artesãs trabalham em parceria. "A nossa vontade é, após fazer um cadastramento dessas profissionais, ajudá-las a montar uma cooperativa eficiente", informou o gerente da secretaria, Rogério Queiroz Alves.
Segundo ele, o ponta pé inicial foi dado. "Já fizemos uma reunião com as artesãs, mas ainda precisamos do cadastramento para saber ao certo quantas pessoas estão interessadas no projeto", disse, explicando que a próxima etapa será oferecer um curso de cooperativismo e propiciar participações em feiras do setor. A expectativa é que o cadastramento das artesãs seja finalizado neste semestre.

Concurso

A secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Serviços, através do Programa de Artesanato do estado do Rio de Janeiro, iniciou um concurso de bordados e a prefeitura de Barra Mansa apoia o evento, fazendo a inscrição de artesãos da cidade. "Para fazer as inscrições e participar do concurso, o interessado deve ir até a sede do Sine, no Centro, portando documentos de identificação", explicou Rogério.
O programa do governo do Estado realiza feiras, exposições e eventos no Rio de Janeiro e em outros estados, além de manter uma exposição permanente de artesanato na sua sede. "O intuito é promover um cadastro de artesãos de todo estado e dessa forma conquistar melhorias para a classe, além de promover os trabalhos", contou o gerente.
Vitrine virtual
A prefeitura também está elaborando uma vitrine virtual onde os artesãos de toda a cidade, além de outros empresários e microempreendedores, poderão expor produtos em uma espécie de classificados na internet. "É mais um canal para fazermos o artesanato de Barra Mansa, que é muito rico, ficar mais conhecido", garantiu Rogério.


Leia mais: http://diariodovale.uol.com.br/noticias/0,74044,Prefeitura-de-Barra-Mansa-apoia-artesas-de-Amparo.html#ixzz2UWxsipYX

Grupo Arte em Cena apresenta amanhã a peça ‘Capitães da Areia’



Divulgação
Peça tem uma mensagem de respeito às diferenças
No palco: Peça tem uma mensagem de respeito às diferenças


Apresentado pela primeira vez no XIII Festival de Teatro Arte em Cena, o espetáculo "Capitães da Areia" volta ao palco do Teatro Gacemss amanhã, dia 28, a pedido do público. Em duas apresentações: uma às 9h e outra às 15h, a peça conta a história de crianças abandonadas que cometem pequenos furtos pelas ruas de Salvador, na Bahia.

- Esta reapresentação foi solicitada pelo público e, principalmente, pelas escolas, que estão utilizando os livros nas aulas. Para a apresentação de amanhã já temos confirmada a presença de cerca de sete escolas, mas o espetáculo não é restrito, toda a população está convidada - explica a diretora Stael de Oliveira.

Escrita por Stael, juntamente com o assistente de direção Nei Rafael, o espetáculo é uma releitura do romance, de mesmo nome, do autor baiano Jorge Amado.

- A peça foi montada o ano passado para o XIII Festival de Teatro Arte em Cena, e nos inspiramos na obra de Jorge Amado para poder homenagear o autor que completou 100 anos em 2012, e pela história social que o livro retrata - conta a diretora.

O texto é uma narrativa contada pela personagem Dora, representada por várias atrizes.
- A Dora é interpretada por várias atrizes, e cada uma delas dá à personagem uma personalidade diferente - afirma.

Além dos atores, que são alunos de teatro do Grupo Arte em Cena, apresenta no palco um grupo de capoeira.

- Com a intenção de dar mais verdade para a história, que se passa na Bahia, convidamos um grupo de capoeira para dar mais brilho ao espetáculo - diz.

Como um diferencial desta apresentação, ao final da peça, o público será convidado para um debate sobre a história contada.

- Já que teremos muitos jovens na plateia e as escolas estão trabalhando com o livro que inspira o texto da peça, ao final da apresentação vamos promover um grande bate-papo sobre a história e Jorge Amado - ressalta, destacando seu sentimento sobre o autor e o livro.

- O livro é maravilhoso, quem leu nunca esquece. Jorge Amado é incrível, é um autor que soube retratar o Brasil muito bem, além do modo especial que tem de descrever o personagem, onde cada um pode se identificar - relata.

Segundo a diretora, todos os atores leram o livro e essa é uma iniciativa bacana para incentivar a leitura.

- Para poder conhecer melhor o personagem, todos os envolvidos no espetáculo leram o livro e, por se tratar de um clássico da literatura brasileira, mostrar um ângulo diferente da história para os jovens influencia e desperta o gosto pela leitura - conta.

O espetáculo traz ao público uma mensagem social muito importante, que faz cada um dos espectadores parar para refletir.

- A peça tem uma mensagem de respeito às diferenças muito forte. Apresentar o drama que existe nas ruas e a discriminação vivida pelas pessoas, é importante para cada espectador sentir como o outro é. O teatro tem a veia do respeito para com o outro, pois consegue unir o grupo e emocionar as pessoas - diz.

A apresentação conta com trilha sonora que retrata a Bahia, com músicas principalmente de Dorival Caymmi e cenário que utiliza material reciclado retratando cartões postais baianos, confeccionado por Felipe Tonioni.
Serviço
A peça ‘Capitães da Areia' será encenada amanhã, dia 28, em duas sessões: às 9h e às 15, no Teatro Gacemss, na Vila Santa Cecília, em Volta Redonda. Informações e ingressos pelo telefone (24) 3343-3033.


Leia mais: http://diariodovale.uol.com.br/noticias/3,74024,Grupo-Arte-em-Cena-apresenta-amanha-a-peca-%E2%80%98Capitaes-da-Areia%E2%80%99.html#ixzz2UWwvKY5X

São Paulo sedia Seminário Internacional sobre papel da fotografia


A Caixa Cultural São Paulo promove, nos dias 28 a 30 de Junho, o seminário internacional “O sequestro da imagem: apropriações na fotografia”, realizado pela Porto de Cultura e organizado em parceria com o curso de “Arte: história, crítica e curadoria” da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP).


  Exposição fotográfica Caixa Cultural São Paulo.
O evento é gratuito e tem um número limitado de vagas. Os interessados devem fazer a pré-inscrição no site http:// www.portodecultura.com.br.

A fotografia, surgida no século 19 como um recurso para documentar a realidade, ganhou ao longo do século seguinte um espaço antes ocupado pela estética e pintura. Nesse contexto, o seminário traçará um panorama histórico sobre o caminho trilhado pela fotografia, propondo ainda reflexões teóricas sobre seu diálogo com a produção artística.

Em “O sequestro da imagem: apropriações na fotografia”, o debate vai além da discussão sobre o alargamento das fronteiras iniciais delineadas para a fotografia. Ele propõe um pensar sobre as novas potencialidades criativas e, principalmente, sobre a apropriação de imagens.

O seminário terá como palestrantes o historiador e especialista em fotografia David Evans e a crítica e curadora Francesca Lazzarini. Integram o debate os artistas: Dor Guez, Oscar Muñoz, Rosângela Rennó e Cássio Vasconcellos. Atuarão como mediadores: Elaine Caramella (professora do Departamento de Arte da PUC-SP) e o jornalista Fabio Cypriano. Além do patrocínio da Caixa, o evento conta com o apoio institucional da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, do Transamérica Hospitality Group, do Instituto Votorantim e da Avianca.

Sobre os participantes:
David Evans – Primeiro membro do Departamento de História e Teoria da Fotografia do Centro de Pesquisa do Birkbeck College na Universidade de Londres. Autor do livro “Appropriation” entre outros é articulista e comentarista em publicações de renome (dentre elas Afterimage, Eye, Foam, History of Photography).

Francesca Lazzarini
Artista, crítica e curadora. Desde 2011, colabora como coordenadora do programa e professora da Bienal Master of Fine Arts in Imaging Arts – Photography – na cidade de Modena. Colaborou para a fundação e desenvolvimento da Fondazione de Fotografia de Modena, projeto promovido pela Fondazione Cassa di Risparmio di Modena.

Dor Guez
Artista multidisciplinar, cujas instalações combinam práticas de vídeo e fotografia. É professor no Departamento de História e Teoria na Bezalel Academy of Arts and Design, em Jerusalém, e pesquisador de arquivos afiliado à Universidade de Tel Aviv.

Oscar Muñoz
O foco de sua obra na relação entre imagem e memória. Investiga a natureza da representação, borrando as fronteiras entre a fotografia, gravura, desenho, instalação, vídeo e escultura, muitas vezes fazendo uso de materiais inusitados. Suas obras podem ser vistas em importantes coleções de arte como Museum of Modern Art de New York, Colección Cisneros (Caracas), Tate Modern (Londres).

Cássio Vasconcellos
Fotógrafo paulistano, integra o seleto grupo do Blink – 100 photographers, 10 curators, 10 writers, livro publicado pela Phaidon Press, Inglaterra. Sua série Noturnos recebeu os prêmios de Melhor Exposição de Fotografia do ano de 2002, eleita pela APCA e o Prêmio Porto Seguro de Fotografia, em 2001. Destaca-se pela especialização de fotos aéreas.

Rosângela Rennó
Doutora em artes pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, São Paulo (1997). Como artista, já expôs em diversas mostras coletivas e individuais ao redor do mundo. A mais recente foi a exposição individual em 2012 Frutos Estranhos/ Seltsame Früchte / Strange Fruits. Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa - Portugal e Fotomuseum Winterthur, Winterthur – Suiça. Seu trabalho está presente na coleção de importantes instituições como Tate Modern, Art Institut of Chicago, Inhotim, Museo Reina Sofia, Guggenheim NY, entre outros.

Elaine Caramella (mediadora)
Doutora livre docente em Linguagem e valor artístico pela UNESP (2004), professora e pesquisadora do Departamento de Arte da PUC/SP, onde coordena o Curso de Graduação em Arte: História Crítica e Curadoria e é líder do grupo de pesquisa cadastrado no CNPq, sob título - História da Arte, Crítica e Curadoria- é autora de livros, capítulos de livros e artigos sobre Teoria e História da Arte.

Fabio Cypriano (mediador)
Jornalista e doutor em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É professor da PUC-SP, crítico de artes plásticas da Folha de S. Paulo e colaborador das revistas Frieze (Inglaterra) e Flash Art International (Itália), entre outras.

ProgramaçãoMesa 1 - Momentos de ruptura
Data: 28 de junho de 2013 - sexta-feira
Horário: 15h às 17h
A valorização da experimentação e o rompimento dos paradigmas estabelecidos pela fotografia gerando uma pluralidade de experiências estéticas a partir da apropriação de imagens
Participantes: Francesca Lazzarini – David Evans – Elaine Caramella (mediação);
Provocadora: Rosângela Rennó.

Mesa 2 – Apropriação e Colecionismo
Data: 29 de junho de 2013- sábado
Horário: 15h às 17h
Decomposição e recomposição de imagens em trabalhos artísticos que usam o processo de apropriação e o acúmulo de objetos pertencentes ao contexto emblemático da cultura de massa e da sociedade de consumo.
Participantes: Oscar Muñoz – Cassio Vasconcellos – Fabio Cypriano (mediação);
Provocadora: Francesca Lazzarini.

Mesa 3 – Contra o esquecimento
Data: 30 de junho de 2013- domingo
Horário: 15h às 17h
O uso da fotografia como registro e preservação de memória, a partir estratégias que questionam os limites de sua linguagem
Participantes: Rosângela Rennó – Dor Guez – Fabio Cypriano (mediação);

Serviço:

Seminário “O sequestro da imagem: apropriações na fotografia”
Data: 28 a 30 de Junho de 2013 (vide programação acima)
Horários: 15h às 17h
Capacidade: 60 Lugares
Local: Caixa Cultural São Paulo –Auditório 6º andar - Praça da Sé, 111 – Centro – São Paulo/SP
Informações: A pré inscrição pode ser feita através do site: www.portodecultura.com.br, mas não garante a vaga, por isso é necessário chegar com uma hora de antecedência.
Acesso para pessoas com necessidades especiais
Entrada: Franca

Graciliano Ramos: Da ficção ao documentário

graciliano Graciliano Ramos

Fruto de vasta pesquisa literária e de campo, documentário leva a vida de Graciliano Ramos para o cinema

Por Gabriela Nogueira Cunha


Após clássicos do cinema, como Vidas Secas e Memórias do Cárcere, ambos de Nelson Pereira dos Santos, outra obra de Graciliano Ramos emocionou um cineasta a ponto de ele prometer levá-la às telas.

Nesta oportunidade, foi a vez de Angústia, que inspirou o cineasta Sylvio Back a escrever um roteiro, cerca de uma década atrás. Back se empolgou tanto em suas pesquisas literárias e de campo em Maceió e no Agreste sobre o alagoano de Palmeira dos Índios que ficou com vontade de biografá-lo. Foi assim que nasceu o documentário O Universo Graciliano, sobreo escritor que morreu há 60 anos e que teve seus 120 anos de nascimento celebrados no ano passado.

“Recenseando contemporâneos vivos, e arregimentando um repertório iconográfico (fixo e em movimento), além de músicas de compositores alagoanos, senti que poderia adentrar uma personalidade multifacetada que jamais se deixou conhecer fora dos seus romances e contos”, contou Back,que já rodou Lost Zweig, ficção sobre outro escritor, o austríaco Stefan Zweig. No documentário sobre Graciliano, o romancista é revelado a partir de depoimentos de dezenas de parentes e amigos, como Oscar Niemeyer (1907-2012). O objetivo é retraçar seu perfil existencial, político, moral e, claro, literário.

Curiosamente, a ficção – origem de todo o trabalho – empacou por causa de direitos autorais, enquanto o documentário deslanchou. Já pronto, foi selecionado para o festival “É tudo verdade”, o maior do gênero no Brasil, e teve suas primeiras exibições abertas ao público em abril, em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília.

O diretor espera que o documentário entre logo em cartaz. Segundo ele, não é tarefa das mais simples. “Lançar um filme no Brasil, ainda mais em se tratando de um ‘doc’ com pegada explicitamente autoral, é tão ou mais complexo do que a realização em si”, reclama.

Para a doutora em história pela UFF, Marisa Schincariol, revisitar vida e obra de Graciliano no cinema é como olhar para a própria história do país. “O cinema pode contribuir para explorar as relações entre literatura e política que permeiam tanto a obra quanto a trajetória de Graciliano, além de ampliar o interesse pelos livros do escritor”. O autor de São Bernardo – livro que também foi levado às telas por Leon Hirszman, em 1972 – ainda será lembrado outra vez este ano. Ele é o grande homenageado da Festa Literária de Paraty (Flip) de 2013.

Fonte: Revista de História da Biblioteca Nacional

Cartola, um sambista que se reconstruía com seu tempo



A história de um dos compositores mais importantes da música brasileira. A história do samba a partir de um dos seus expoentes mais nobres. Utilizando linguagem fragmentada, "Cartola" traça um painel da formação cultural do Brasil, convidando a uma reflexão na construção da memória deste país. O retrato de um homem que se reconstruía com seu tempo.


Música para os Olhos é um documentário brasileiro, lançado em 2006. Filmado com recursos digitais, o documentário conta, por meio de imagens de arquivo e depoimentos, a vida do sambista Cartola, um dos compositores mais admirados da música brasileira.


Roberto Amaral: As esquerdas e a pauta conservadora


Acovardadas, nossas esquerdas permitem que a direita estabeleça a pauta nacional: ‘mensalão’, redução da menoridade penal, violência, fracasso da política...“...e quando finalmente a esquerda chegou ao governo tinha perdido a batalha das ideias”. Perry Anderson.

Por Roberto Amaral*, em seu site


A frase de Perry Anderson (editor da New Left Review), tomei-a de um texto de Emir Sader (‘Neoliberalismo x posneoliberalisno na America Latina’), referia-se à França – à pobre França do Partido Socialista de François Hollande— mas poderia referir-se à Espanha (a pobre Espanha do Partido Socialista Operário Espanhol), ou à Itália na qual a preeminência política do Partido Comunista Italiano, o PCI de Gramsci e Togliatti – ‘o maior partido do Ocidente’ – foi substituída pela era Berlusconi, o grotesco. Mas, e é o que nos interessa, a observação se aplica igualmente ao Brasil de hoje, após a queda da ditadura (1984) e a derrota eleitoral do neoliberalismo conservador (2002/2006/2010), derrota a qual, todavia, não se propagou para o campo da política.

Ao contrário, e apesar do agravante constituído pela tragédia europeia, é a visão neoliberal, reiteradamente desmentida pela realidade, que domina o debate, o noticiário e até mesmo ações de governo.

Em pleno 2013, a tese do candidato das oposições é retomar as privatizações de FHC. Qual é, agora, o objeto da sanha, se pouco nos sobrou: a Petrobras? O Banco do Brasil? A Caixa Econômica?

Nosso atraso ideológico vai beber água nas circunstâncias em que se deu a redemocratização.
Refiro-me ao fato de a ditadura haver conseguido transformar a ruptura necessária em transação negociada, assumindo o papel de sujeito do processo, e assim contendo em suas rédeas a transição ‘lenta e gradual’, nos termos da equação do general Geisel, que compreendeu uma reforma política reacionária, que sobreviveu à própria Constituinte em dois aspectos essenciais: a ampliação das bancadas que representam os estados menos populosos, distorcendo mais ainda o princípio democrático que estabelece que a cada cidadão deve corresponder um voto, e a obrigatoriedade de remunerar os vereadores, transformando-os nos indivíduos mais bem remunerados na maior parte dos municípios do País.

Aquela reforma teve como fruto perene a entronização do ‘baixo clero’ como principal bancada da Câmara dos Deputados, permeando todas as legendas nela representadas. Até aqui.
A sociedade resistiu durante 20 anos à ditadura, o movimento das ‘diretas-já’ --verdadeiro não plebiscitário à ditadura-- terminou por implodir o Colégio eleitoral e derrotar o candidato do regime, mas os termos da ‘transição’ foram concertados entre generais e políticos autoimitidos no mandato de delegados da sociedade brasileira. O povo, em nome do qual tudo foi feito, teve de contentar-se com o papel que lhe reserva sempre uma História comandada pelos interesses da classe dominante: a plateia.

Por tramas do processo histórico, a esquerda não teve condições de conduzir o debate, e esse, paulatinamente, é dominado pelo pensamento neoliberal, ao qual aderem, primeiro, setores liberais que vinham da luta contra a ditadura, em seguida setores atrasados da própria esquerda, uns interessados em ocupar espaços na nova nomenclatura, outros, assustados com os ventos que sopravam do Leste, a partir da Queda do Muro de Berlim.

O Ocidente acenava com as vitórias de Thatcher, Reagan e, a seguir, Tony Blair. A desmontagem dos Partidos Comunistas em quase todo o mundo, e no Brasil a implosão do Partido Comunista Brasileiro (o ‘Partidão’) a que se seguiu a contrafação do PPS, foram um elemento a mais no arrefecimento da reflexão marxista.

Estavam criadas as condições propícias à ditadura do pensamento único. O imperialismo, dominante na política, dominante a cultura, na língua internacional, na linguagem tecnológica, na literatura, no cinema, na televisão, na globalização do american way of life, dominante do pensar, domina principalmente onde não precisa da força de suas tropas. Dominava e domina no plano ideológico, dominando corações e mentes.

Entre nós, de um lado a crise do movimento sindical e a astenia da Academia; de outro, o monopólio da informação e da opinião, professada por uma imprensa monopolizada ideologicamente. Todos os jornais, reproduzindo as mesmas opiniões, se julgam ‘algo mais que um jornal’. O reacionarismo, o antinacional e o antipopular, o primitivo, o antidesenvolvimentismo, a superveniência do que vem de fora, a alienação, a superstição, o atraso, o não-Brasil são a característica ideológica de uma imprensa militante, hoje o principal partido político brasileiro.

Falo da televisão, do rádio e da imprensa escrita.

Falo de sua programação, de seu conteúdo, não apenas da desinformação dos noticiosos.
Não avanço o sinal mesmo quando afirmo que a grande imprensa brasileira é racista e de direita, à direita mesmo do empresariado nacional.

As palavras são do mais conspícuo representante do pensamento autoritário conservador brasileiro, o ministro Joaquim Barbosa, em recente conferencia na Costa Rica. Some-se a tudo isso a aliança entre a falsa fé religiosa (explorada mercantilmente no nível do charlatanismo) e a política partidária, uma se servindo da outra e ambas, a fé politizada e a política explorando a fé, alienando a população que subjuga ideologicamente para melhor explorar, construindo impérios econômicos e midiáticos e partidos políticos que vão disputar as entranhas do poder.

E as esquerdas, e os governos progressistas, como o avestruz da fábula que enterra a cabeça para não ver o perigo, fazem de conta de que nada veem, a se dizerem, empolgados por algumas vitórias eleitorais, que essa imprensa ‘não faz mais opinião’.

Não quero suprimi-la, nem mesmo diminuir sua força. Reclamo, apenas, o contraditório.
Mas essa imprensa é a única opinião a trafegar e é por seu intermédio que até os militantes dos partidos de esquerda se informam e muitos se formam. E eis como muitos setores da esquerda brasileira passam a incorporar valores da direita e a reproduzi-los, pensando em posar de ‘moderna’. Em nome da governabilidade, nossos governos são obrigados a compor com a direita, pois só caminhando à direita é que a esquerda soma votos.

E, por essas artes, entramos todos a falar em choque de gestão, em lucratividade (sim, até a previdência social deve dar lucro!), em ‘métodos científicos’ de administração, em eficiência do setor privado, em despolitização da administração pública, em gigantismo do Estado, em excesso fiscal, em baixar a maioridade legal para 16 anos, em mais jovens negros e pobres na cadeia a título de política de segurança.

Quem dorme com morcego acorda de cabeça para baixo, diz o povo.

Os partidos de esquerda fogem do debate ideológico, ensarilham suas teses, saem de campo, tudo em nome da conciliação.

Os Programas e Manifestos são reservados para as dissertações de mestrado. Nada de confronto, nada de enfrentamento, como se a paralisia pudesse ser instrumento de avanço, e assim terminam reforçando o statu quo. Qual seu papel pedagógico e doutrinário no Congresso, nas Assembleias e nos governos?

Silentes, acovardadas nossas esquerdas permitem que a direita, sucessivamente derrotada nas urnas, estabeleça a pauta nacional, e nela nos enredamos: ‘mensalão’, redução da menoridade penal, violência, fracasso da política, fracasso dos políticos... o eufemismo de ‘fracasso da democracia’.
No governo e fora dele, os partidos socialistas não falam mais em socialismo, governo e partidos de esquerda passam a operar a ‘conciliação de classes’ com a qual acenam para a grande imprensa e o sistema financeiro. Nos sindicatos, a ‘política de resultados’ substitui a luta política ideológica. O somatório de tudo isso – e assim se descortina o cenário da emergência do pensamento de direita – é uma Justiça reacionária e um Supremo afoito, tentando judicializar a política, e, ao arrepio da Constituição, assumindo funções legislativas, ademais de condicionar a vida interna de um Congresso acuado.

O próprio presidente do STF, de novo o inefável ministro Barbosa, aliás de forma coerente, agride a vida congressual e os partidos, sem os quais não haverá democracia alguma em nosso país. E sabe disso. E por saber é que fala essas coisas. Cumpre, assim, a tarefa que lhe cabe nesse festival de agressões ao processo democrático: embala os sonhos de uma classe média reacionária em busca de um novo redentor.

O debate das eleições de 2010, lamentavelmente ditado pela direita, concentrou-se, num primarismo digno da TFP, num sim e num não ao aborto. Qual a nossa proposta de debate para 2014?

*Roberto Amaral é cientista político e ex-ministro da Ciência e Tecnologia entre 2003 e 2004.

Leia mais em www.ramaral.org

sexta-feira, 24 de maio de 2013

PAÍS COM A MELHOR EDUCAÇÃO DO MUNDO, FINLÂNDIA APOSTA NO PROFESSOR


Tem um documentário falando sobre seu sistema educacional.
Vamos comparar a matéria do G1 com a nossa realidade quando fala sobre o bônus, a autonomia e os salários?

24/05/2013 06h00
Professores possuem mestrado e têm liberdade para criar currículo.
Finlândia lidera rankings internacionais de qualidade de ensino.
Vanessa Fajardo  -  Do G1, em São Paulo


Universidade na Finlândia (Foto: AFP)

O país com a melhor educação do mundo é a Finlândia. Por quatro anos consecutivos, o país do norte da Europa ficou entre os primeiros lugares no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que mede a qualidade de ensino. O segredo deste sucesso, segundo Jaana Palojärvi, diretora do Ministério da Educação e Cultura da Finlândia, não tem nada a ver com métodos pedagógicos revolucionários, uso da tecnologia em sala de aula ou exames gigantescos como Enem ou Enade. Pelo contrário: a Finlândia dispensa as provas nacionais e aposta na valorização do professor e na liberdade para ele poder trabalhar.

Jaana Palojärvi esteve em São Paulo nesta quinta-feira (23) para participar de um seminário sobre o sistema de educação da Finlândia, no Colégio Rio Branco. A diretora do ministério orgulha-se da imagem de seu país "tetracampeão" do Pisa. O ranking é elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e aplicado a cada três anos com ênfase em uma área do conhecimento. No último, em 2010, o Brasil ficou na 53ª colocação entre 65 países. Uma nova edição do Pisa será lançada em dezembro.

Na Finlândia a educação é gratuita, inclusive no ensino superior. Só 2% das escolas são particulares, mas são subsidiadas por fundos públicos e os estudantes não pagam mensalidade. As crianças só entram na escola a partir dos 7 anos. Não há escolas em tempo integral, pelo contrário, a jornada é curta, de 4 a 7 horas, e os alunos não têm muita lição de casa. "Também temos menos dias letivos que os demais países, acreditamos que quantidade não é qualidade", diz Jaana.

A diretora considera que o sistema finlandês de educação passou por duas grandes mudanças, uma na década de 70 e outra em 90. A partir do início da década de 90, a educação foi descentralizada, e os municípios, escolas e, principalmente, os professores passaram a ter mais autonomia.

"Fé e confiança têm papel fundamental no sistema finlandês. Descentralizamos, confiamos e damos apoio, assim que o sistema funciona. O controle não motiva o professor a dar o melhor de si. É simples, somos pragmáticos, gostamos de coisas simples."

Jaana Palojärvi é diretora do Ministério da Educação
da Finlândia (Foto: Vanessa Fajardo/ G1)

O governo também não costuma inspecionar o ensino das 3.000 escolas que atendem 55.000 estudantes na educação básica. O material usado e o currículo são livres, por isso podem variar muito de uma unidade para outra.

"Os professores planejam as aulas, escolhem os métodos. Não há prova nacional, não acreditamos em testes, estamos mais interessados na aprendizagem. Os professores têm muita autonomia, mas precisam ser bem qualificados. Esta é uma profissão desejada na Finlândia."

Os docentes da Finlândia ganham, em média, 3 mil euros por mês, em torno de R$ 8 mil reais, considerado um salário "médio" para o país. Para conquistar a vaga é preciso ter mestrado e passar por treinamento. O salário aumenta de acordo com o tempo de casa do professor, mas não há bônus concedidos por mérito. A remuneração não é considerada alta. "Em compensação, oferecemos ao professor um ambiente de trabalho interessante."


Os professores têm muita autonomia, mas precisam ser bem qualificados. Esta é uma profissão desejada na Finlândia"

Jaana Palojärvi, diretora do Ministério da Educação da Finlândia
Jaana diz que a educação na Finlândia faz parte de uma cultura, resultado de um trabalho longo, porém, simples, mas evita dar lições ou conselhos a outras nações. "Temos muitas diferenças em relação ao Brasil, que é enorme, somos um país pequeno de 5,5 milhões de habitantes. Na Finlândia não temos a figura do Estado, a relação fica entre governo, município e escola. O sistema é muito diferente. A Finlândia não quer dar conselhos, nós relutamos muito em relação a isso", afirma.
Mais do que o bom resultado do país no Pisa, Jaana comemora a equidade entre as escolas – também apontada pelo exame. "Para nós, é o mais importante. Queremos que as escolas rurais localizadas nas florestas, ou do Norte que ficam sob a neve em uma temperatura negativa de 25 graus, tenham o mesmo desempenho das da capital, das áreas de elite. E (este desempenho) é bem semelhante."

saiba mais
País modelo em educação, Finlândia tem 'mestrado' em ensino técnico

Entre todos os países testados pelo Pisa, a Finlândia tem a menor disparidade entre as escolas. O resultado tem explicação. Lá, os alunos mais fracos estão sob a mira dos docentes. "Os professores não dedicam muita atenção aos bons alunos, e sim aos fracos, não podemos perdê-los, temos de mantê-los no sistema."

'Tecnologia é ferramenta, não conteúdo'
Tecnologia também não é o forte das escolas finlandesas, que preferem investir em gente. "Não gostamos muito de tecnologia, ela é só uma ferramenta, não é o conteúdo em si. Tecnologia pode ser usada ou não, não é um fator chave para a aprendizagem."

A educação básica dura nove anos. Só 2% dos estudantes repetem o ano, o índice de conclusão é de 99,7%. O segredo do sucesso não está ligado ao investimento, segundo
Jaana, que reforça que o país investe apenas 6% de seu PIB no segmento. "O sistema de educação gratuito não sai tão caro assim, é uma questão de organização", afirma.

A diretora do ministério da Finlândia esteve na terça-feira (21) em uma audiência pública na Comissão de Educação e Cultura do Senado, em Brasília, para apresentar o modelo de educação do seus país aos parlamentares brasileiros.

Jaana Palojärvi, diretora do Ministério da Educação da Finlândia, apresenta o sistema finlandês em São Paulo (Foto: Vanessa Fajardo/ G1)

Theatro Municipal do Rio estreia temporada de O Lago dos Cisnes


A partir desta sexta-feira (24), o público terá a oportunidade de assistir a mais uma série de apresentações do balé O Lago dos Cisnes. Depois de sete anos da última temporada, o famoso balé se apresenta no Theatro Municipal, em uma versão criada em 2006 por Yelena Pankova.


  As apresentações nos dias 24, 28, 29 e 31 serão às 20h. Nos dias 25, 26, 30 e 2 de junho, ocorrerão às 16h e no dia 1º de junho, às 21h.
Os primeiros bailarinos do San Francisco Ballet, a cubana Lorena Feijoo e o brasileiro Vitor Luiz, são convidados especiais. Os destaques do balé do Theatro Municipal - Márcia Jaqueline, Cláudia Mota, Filipe Moreira e Denis Vieira - completam o corpo de bailarinos.

Na avaliação do diretor artístico do balé do Theatro Municipal, Hélio Bejani, O Lago dos Cisnes é uma das mais importantes obras do repertório do balé clássico mundial. “Ele traz para a cena uma integração de música e coreografia com tamanha genialidade que, mesmo sem o conhecimento da história, é possível perceber as variações ambientais e sentir toda a emoção e dramaticidade sugeridas dentro das características de cada ato. Esta versão de Yelena Pankova foi criada especialmente para a nossa companhia e terá a participação do bailarino Vitor Luiz , que já foi um de nossos artistas principais e retorna”, analisou.

Para a presidenta da Fundação Theatro Municipal, Carla Camurati, a obra é referencial e fundamental no repertório não só do balé do Municipal, como das grandes companhias clássicas do mundo. “É uma das histórias mais importantes pela sua simbologia, ao mesclar magia com os contraditórios sentimentos humanos, brilhantemente traduzidos em movimentos pelos coreógrafos Marius Petipa e Lev Ivanov ”, disse.

A primeira apresentação do balé, em 1877, com coreografia de Julius Reisinger, no Teatro Bolshoi, em Moscou, não teve boa receptividade, mas em 1894, um ano após a morte de Tchaikovsky, autor da música, O Lago dos Cisnes alcançou o sucesso.

O maestro titular da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal, Silvio Viegas, disse que a música de Tchaikovsky é uma aula de orquestração. “Uma obra que exige excepcional técnica e virtuosismo por parte da orquestra, como conjunto ou nas partes solistas, com grande destaque para o violino, agraciado com alguns dos mais belos solos da literatura sinfônica. Música de pura emoção, de incrível beleza e que só poderia sair da pena de um compositor inspirado e genial como Tchaikovsky ”.

Junto com a temporada, começa o projeto Falando de Ballet. As palestras estarão à disposição do público, gratuitamente, diante da apresentação dos ingressos para o balé. Elas vão ocorrer no Salão Assyrio do Theatro Municipal, sempre uma hora e meia antes do início da sessão. Além do diretor do balé do Municipal, a primeira bailarina Ana Botafogo vai participar do projeto conversando com o público sobre a história de O Lago dos Cisnes e apresentando detalhes da montagem.

As apresentações nos dias 24, 28, 29 e 31 serão às 20h. Nos dias 25, 26, 30 e 2 de junho, ocorrerão às 16h e no dia 1º de junho, às 21h.

Os bailarinos convidados Lorena Feijoo e Vitor Luiz participam da montagem nos dias 24, 26 e 29. Nos dias 25, 30 e 1º de junho, os solistas serão Márcia Jaqueline e Filipe Moreira e nos outros dias, Cláudia Mota e Denis Vieira.

Fonte: Agência Brasil

A magia do preto e branco no Festival de Cannes


Praticamente na reta final do Festival de Cannes, a magia do preto e branco entra na corrida pela Palma de Ouro com a projeção do filme estadunidense "Nebraska", dirigido por Alexander Paine.


Prática abandonada desde meados do século passado pela invasão de cores nas telas, vários autores a retomam por suas grandes vantagens na linguagem visual e dramática da narração.

Um exemplo disso são "A lista de Schindler", de Steven Spielberg, atual presidente do júri no festival, e o multipremiado "O artista", cujo diretor Michel Hazanavicius presta, além disso, homenagem ao cinema mudo.

"Nebraska" conta a história de um pai de família, velho e alcoólatra, que diz ter ganhado uma loteria por correspondência e começa junto a um de seus filhos uma longa viagem de carro para receber o prêmio.

Narrada no tom de uma comédia leve com alguns tons amargos, a obra é um alívio num festival dominado até agora por produções de uma extrema e irracional violência, o que começa a ser fruto de numerosas críticas.

Outro tema recorrente na edição 66 do Festival de Cannes é a homossexualidade, presente na competição com a produção franco-belga-espanhola “A vida de Adele”, baseada em uma série em quadrinhos chamada "O azul é uma cor quente".

O tema é também abordado nos filmes “Behind the Candelabra” (Por trás do candelabro), sobre a vida do excêntrico pianista estadunidense Liberace, e “L'Inconnu du lac” (O desconhecido do lago), apresentado na mostra Um Certo Olhar.

Cannes Classics prestou homenagem nesta quinta-feira (23) ao emblemático realizador francês Jean Cocteau com a projeção da cópia restaurada de "A bela e a fera", de 1946.

O Festival começou em 15 de maio e termina neste domingo, quando serão entregues os principais prêmios do tradicional evento na Riviera francesa.

Prensa Latina

Mostra de documentários africanos vai até 2 de junho em São Paulo

   Evento traz 18 documentários do continente africano.

A 2ª edição da mostra de documentários África Hoje começou terça-feira (21) e vai até 2 de junho na Caixa Cultural, em São Paulo. Serão 18 filmes que vão abordar temas múltiplos do universo dos países africanos, alguns muito próximos da realidade brasileira.


Entre os filmes que serão exibidos está o “Rouge Parole” (Tunísia/ 2011), um dos principais relatos sobre a revolução da Tunísia. O documentário foi eleito um dos 12 melhores do ano passado pelo Museu de Arte Moderna de Nova York.
A Copa do Mundo de 2010, realizada na África do Sul, também é tema de outro documentário. “Fahrenheit 2010” (África do Sul – 2009) mostra o que significou o mega-evento para os sul-africanos, e quem se beneficiou realmente com os milhões de dólares que foram investidos no país.

Outro destaque da mostra é o filme “Onde a Água Encontra o Céu” (Reino Unido/2008), narrado pelo vencedor do Oscar, Morgan Freeman, e escrito por Jordan Roberts (Marcha dos Pinguins). O longa conta a história de um grupo de mulheres em uma região remota do norte da Zâmbia que aprendem a fazer um filme como uma forma de falar sobre suas vidas.

Com curadoria da cineasta Luciana Hees, a amostra traz documentários realizados por cineastas de diversas nacionalidades como Senegal, Tunisia, Moçambique, Portugal, Egito, Inglaterra, EUA entre outros.

Confira a programação da mostra África Hoje a partir desta quinta-feira (23).

Dia 23/05 – quinta-feira
16h – As Duas Faces da Guerra (Guiné Bissau, Cabo Verde e Portugal, 2007,100′)
18h – Lobolo, O Preço da Noiva (Moçambique, 2010, 35′)
18h30 – Uma Outra História da França (França, 2006, 93′)

Dia 24/05 –sexta-feira
16h – A Ópera das Mascarenhas (França, Madagascar, Bélgica, 2012, 96′)
18h – Saudades a Dakar (Senegal, 2005, 52′)
19h – Rough Aunties (Reino Unido, 2008, 104′)

Dia 25/05 – sábado
15h30 – A Virgem, os cristãos e eu (Egito, 2011, 85′)
17h – Onde a água encontra o céu (Reino Unido, 2008, 60′)
18h – Benda Bilili (República Democrática do Congo, 2010, 85′)
19h30 – Debate com os Convidados: Eduardo Lyra e Emir da Silva

Dia 26/05 – Domingo
16h – Saudades a Dakar ( Senegal, 2005, 52′)
17h – Fahrenheit 2010 ( África do Sul, 2009, 52′)
18h – O dia que eu nunca esquecerei (Reino Unido, 2002, 92′)
19h30 – Perguntas a Terra Natal (Senegal, 2007, 52′)

Dia 28/ 05 – terça
18h – A Virgem, os cristãos e eu (Egito, 2011, 85′)
19h30 – Na Espera dos Homens (Senegal, Bélgica, 2007, 56′)

Dia 29/ 05 – quarta-feira
17h – Uma Outra História da França (França, 2006, 93′)
18h30 – De Corpo e Alma (Moçambique, 2007, 53′)
19h30 – Tarrafal : Memórias do Campo da Morte Lenta (Portugal, 2010, 91′)

Dia 30/ 05 – quinta-feira
17h – O dia que eu nunca esquecerei (Reino Unido, 2002, 92′)
18h30 – A Casa da Mãe (África do Sul, 2007, 76′)

Dia 31/ 05 –sexta-feira
17h – Na Espera dos Homens (Senegal, Bélgica, 2007, 56′)
18h – Fahrenheit 2010 ( África do Sul, 2009, 52′)
19h – As Duas Faces da Guerra (Guiné Bissau, Cabo Verde e Portugal, 2007, 100′)

Dia 01/ 06 – sábado
16h – Lobolo, O Preço da Noiva ( Moçambique, 2010, 35′)
17h – Rough Aunties (Reino Unido, 2008, 104′)
19h – Debate com os Convidados: Miguel Sayad e Magda Khouri

Dia 02/ 06 – domingo
15h – Ceuta, Prisão pelo mar (França, 2012, 96′)
16h30 – Onde a água encontra o céu (Reino Unido, 2008, 60′)
17h30 – Rouge Parole (Tunísia, 2011, 94′)

Fonte: Brasil de Fato